Crítica de Ponta #65

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Crítica de Ponta

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.

 
 
Uma arena ‘multiuso’ que só vale para um esporte em PG?
 
      Quando o assunto é esporte, a cidade se destaca com a Arena Multiuso. Obra que custou mais de R$ 10 milhões, projetada em 2008 e só inaugurada em 2017. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa, o ginásio atualmente é reservado para o vôlei, “devido à participação da equipe do Caramuru/Ponta Grossa em competições como a Superliga Nacional e com representatividade em diversas categorias”.

      Mas a arena tem estrutura para handebol, futsal e basquete. Além de outras modalidades, como a ginástica rítmica, com aulas para a comunidade. E uma piscina, que, segundo a atual administração de PG, ainda está em fase de adequação para sediar um projeto de iniciação esportiva.

    Apesar da estrutura, o espaço do ginásio é mal aproveitado e a quadra principal é destinada somente ao vôlei, descaracterizando inclusive o sentido do nome: “multiuso”. Além disso, os espaços de academia e refeitório não são conhecidos por maior parte da população.

      As amplas arquibancadas permitem conforto para o espectador, mas a mobilidade para chegar ao local é complicada. Em alguns lugares de fora do ginásio, não há asfalto ou calçada, a grama e a terra causam transtorno ao público quando chove. A arquitetura do ginásio indica que existe manutenção e quem passa pela Avenida dos Vereadores encontra as paredes pintadas com obras de arte.

     A arena chegou a ser interditada em março de 2019 pelo Corpo de Bombeiros, pois alguns ajustes deveriam ser feitos dentro do ginásio, como a troca das placas de sinalização e a adaptação de saídas de emergência.

   Após os R$ 10 milhões gastos na construção do Complexo e os diversos processos que paralisaram a obra, parece que o resultado não valeu a pena para o povo ponta-grossense.

Serviço:
Local: Arena Multiuso, Avenida dos Vereadores, Olarias, Ponta Grossa, Paraná;

 

                                                                                       Por: Thailan de Pauli Jaros
 
Um hambúrguer bem acompanhado
 
     Você gosta de hambúrguer artesanal? Em Ponta Grossa, os hambúrgueres feitos pelo próprio estabelecimento já fazem sucesso, e uma opção para os apreciadores é a Hamburgueria Doris Burger. A lanchonete oferece mais de 20 tipos de lanches, entre eles 3 são opções vegetarianas.  
   
    Com um espaço amplo e arejado, o ambiente pode receber cerca de 50 pessoas. Pra quem prefere o conforto de casa, são feitas entregas com uma taxa de 10 reais e, dependendo do dia, 5 reais. No local há uma varanda inteira de vidro, onde são distribuídas mesas para quem opta por fazer o lanche com uma vista bonita e em um lugar arejado.

    O cardápio com as variedades de hambúrgueres são entregues aos clientes na entrada do estabelecimento. Ao sentarem nas mesas, eles recebem, gratuitamente, uma bandeja de batatas fritas raladas e secas que o cliente pode repetir quantas vezes quiser e sem custo. Os clientes recebem as batatas como adicional nos pedidos pelos aplicativos e na hamburgueria, mas somente no Doris eles têm o direito a repetir a bandeja.

    Os preços variam de 13,90 com o “Doris Salada” até 28,90 com o “Cordeiro Especial Doris”. Os lanches também são acompanhados de um molho caseiro que dá o “tcham” à refeição. Apesar dos lanches serem grandes e ter a opção de diversos tamanhos, mesmo com o ambiente quase vazio, a demora dos hambúrgueres é, em média, de 20 a 30 minutos.

    Apesar do imprevisto de refrigerantes quentes, os atendentes são atenciosos e oferecem soluções como a troca do produto ou acrescentar gelo. O cliente ainda pode escolher o ponto do hambúrguer entre “mal-passado”, “ao ponto” e “bem-passado”. No entanto, o excesso de queijo tira a atenção e o gosto do ingrediente principal, o hambúrguer.

Serviço:

Em Ponta Grossa: R. Augusto Ribas, 294 – Centro.
Celular: (42) 99842-5396
Em Castro: R. Cel. Jorge Marcondes, 88 – Vila Rio Branco.
Telefone: (42) 3232-1696
Horário de Atendimento: aberto das 18h às 00h, exceto domingo e terça-feira que o estabelecimento não abre. Em feriados, os horários podem alterar.

      Por Bruna Kosmenko

 
OSPG e grupo internacional hibridizam gêneros musicais 
 
     Um espetáculo clássico que sintetiza duas variações de gêneros musicais diferentes em cima de um terceiro estilo, o tango, harmonizou a Cine-Teatro Opera no domingo dia 5. A Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa se apresentou junto ao grupo argentino Tango Jazz Quartet, a apresentação contou com nove obras.

      O repertório foi organizado com canções que remetem ao tango. Porém em alguns momentos o som do jazz se destaca com o Saxofone, em outros a orquestra toma o ambiente com os violinistas, mas no auge das canções os diferentes estilos musicais se mesclam de forma equilibrada e harmoniosa. 

      Destaque para a canção Zita, que cresce ao longo de sua melodia, e com um solo de piano que passa do ritmo jazz para o clássico de maneira sutil de forma que deixa o público paralisado. Também a melodia de H. Stamponi, Flor de Lino, vibrou os ouvidos de todos aqueles que acompanhavam a percussão junto ao contrabaixo, e com ênfase nos instrumentos de corda, violino e violoncelo.
 
      O único apontamento negativo para a noite foram as cadeiras dos músicos. Para conseguir a altura certa, os violoncelistas precisaram empilhar duas cadeiras. De forma alguma atrapalhou na melodia, porém a questão estética é, de certa forma, prejudicada.
Ao final, a estrutura do teatro escutou o público batendo palmas em sincronia, querendo mais. Foram tocadas mais duas músicas para agradar ao público que apreciou uma noite prazerosa aos sentidos, e já ansioso para a próxima apresentação.

Serviço:
Facebook: Tango e Jazz Quartet

 
                                                                                  Por Maria Fernanda Laravia
Artes marcial como estratégia de defesa pessoal para mulheres
 
      Movimentos circulares, uso da força do oponente contra ele mesmo, equilíbrio físico e mental, movimentos conscientes e fluídos. Estes são alguns dos componentes da arte marcial pa-kua, que vem sendo procurada cada vez mais por mulheres que desejam aprender técnicas de defesa pessoal, já que trata-se de uma filosofia não competitiva baseada nas mutações da natureza. 

      O mestre Carlos Penna, que também é fisioterapeuta, trabalha com artes marciais a 32 anos e trouxe o pa-kua para Ponta Grossa. Nas aulas, os participantes aquecem e iniciam os movimentos orientados pelo mestre, tentando enfrentar os próprios limites e medos: “o inimigo, na arte marcial, somos nós mesmos”. .  Em cada série de exercícios, cada um é incentivado a fazer o seu máximo.
Quanto à defesa pessoal, a prática exercita o uso dos pontos fracos do oponente como técnica, o raciocínio rápido e a confiança. A ideia, para as mulheres, é que elas saibam usar o corpo como uma arma e usá-la de forma consciente.

        As aulas são atrativas. O mestre é atencioso e consegue atender todos alunos, já que o grupo por aula tem de 5 a 10 participantes. O problema é que, pela área limitada do espaço, algumas atividades como a corrida em volta do tatame, no aquecimento, acabam prejudicadas. A academia de pa-kua fica na região central da cidade e o custo das mensalidades gira em torno de 120 reais, podendo aumentar de acordo com o número de aulas contratadas.

      Iniciativas como essa são importantes, mas a segurança das mulheres não pode ficar refém dessas atitudes. A sociedade precisa de políticas públicas eficientes para que os índices de violência contra elas não continuem a crescer no Brasil e no mundo.

 
Por Raylane Martins
Um bar exposto até demais
   
     Já pensou em ir a um bar e a atração não ser apenas uma cerveja e sim a decoração diferenciada? É isso que acontece no Boteco da Visconde, em Ponta Grossa. O local é uma verdadeira exposição. Camisetas de times de futebol, relógios, grafites e cadeiras no teto são algumas das diversas atrações do bar.

    Fundado em 2011, o Boteco fica localizado na Rua Visconde de Sinimbú (rua que dá nome ao estabelecimento) e começou pela proposta diferenciada. Desde então, mantém exposições, mesmo que em um número muito menor do que o atual. Além dos objetos colocados pelo dono, clientes e amigos levam lembranças para complementar o contexto. A quantidade não é exata, em toda extensão do bar existe algum objeto presente, mesmo que passe despercebido.

    Por ser um estabelecimento que, apesar de se chamar “Boteco”, é familiar, as crianças ficam impressionadas e se divertem com tantos objetos. Mas não pense que só elas ficam assim. Clientes se surpreendem com a decoração, que é um diferencial em relação a outros bares da cidade pois, além da comida e bebida, você vive uma experiência completa. E pode ir a vários lugares do mundo, ver diversas camisetas de time e conhecer a história do proprietário sem sair do lugar.

    O sucesso da “Visconde” levou outros bares a aderir à ideia nos estabelecimentos. Existe uma história em cada objeto, das câmeras antigas, placas de carro e bicicletas, o que dá sentido à quantidade de imagens ao mesmo tempo. Para quem gosta de diversidade, o local completa o requisito. Porém, depois de um tempo, as exposições tornam-se sufocantes pela quantidade de informações e, segundo alguns clientes, pode não ser agradável.

Serviço:
Boteco da Visconde
Rua Visconde de Sinimbú, 383, bairro Órfãs, Ponta Grossa\PR
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 18h às 23h30 e aos sábados do 12h as 23h30

 
Por Ane Rafaely Rebelato
Celulares comprometem qualidade da cobertura jornalística?
 
     Cada vez mais, os editores de telejornais locais têm utilizado vídeos, imagens e até mesmo passagens de repórteres gravados com celulares para incorporar informações à programação. A referida técnica, entretanto, traz questionamentos na perda de qualidade, seja na imagem, enquadramento ou comprometimento da informação veiculada.

        A reportagem do Crítica de Ponta analisou uma edição dos três telejornais de emissoras abertas de Ponta Grossa (RPC TV, Rede Massa e TVE PG), num mesmo horário e dia para verificar o uso de gravações amadoras de terceiros no programa, feitas com celular. Um dos telejornais, inclusive, utilizou o formato selfie para uma reportagem.

            O uso do aparelho celular possui as vantagens de ser prático se comparado a uma câmera especializada em gravar audiovisual, rapidez ao enviar arquivos e até mesmo dispensar a necessidade de um cinegrafista, quando os repórteres gravam com o enquadramento selfie de imagem, utilizando a câmera frontal.

            Entretanto, o uso frequente do telefone celular como técnica pode comprometer a qualidade da produção jornalística. A dúvida quanto ao uso frequente amplifica, quando envolve gravações que são enviadas por telespectadores ou terceiros e a emissora transmite imagens que não são domínio da redação. Lembrando que o profissional, e consequentemente a redação, estão expostos ao público, que também conta com os meios de checagem de informações. A checagem de fatos é fundamental.
 

Serviço:
Meio dia Paraná:
https://globoplay.globo.com/meio-dia-parana-ponta-grossa/p/5126/
Tribuna da Massa: https://redemassa.com.br/tribuna-da-massa-3/2019/05/01/edicao-completa-de-quarta-feira-01-05-2019-52767/v/ 
Jornal da Cultura 1ªEdição: https://tvcultura.com.br/playlists/62_jornal-da-cultura-primeira-edicao-jornal-da-cultura-1a-edicao_M-qHAk4uAuI.html

Por Gustavo Camargo
 
Screenshot do canal Historiô no YouTube.

Filme destaca dupla jornada da mulher, pressões do trabalho e da família
    

       Um filme com bom humor, leve de se assistir e que traz no roteiro uma comédia com temas da realidade atual estreou nos cinemas do Brasil no mês de abril e aqui em Ponta Grossa. “De Pernas Pro Ar 3” traz a história humorada de Alice, empresária de uma sex shop. A trilogia dos filmes marca a trajetória da personagem para se tornar uma mulher bem-sucedida. No terceiro filme Alice atinge o auge na carreira, mas cansada de se dedicar apenas ao trabalho e perdendo o crescimento dos filhos, principalmente da filha de seis anos, ela decide se aposentar.
    
    Após deixar a empresa para a mãe e também sócia, a personagem se vê em um dilema para se adaptar à vida em casa e cuidar dos filhos. Alice ainda se sente infeliz e a falta do trabalho aumenta quando conhece a namorada do filho, Leona, que inventou um óculos de realidade virtual, e se torna uma concorrente nos negócios.
    
    Alice vive o dilema da mulher que quer trabalhar e também precisa cuidar dos filhos. O  filme demarca a vida da mulher contemporânea e que trabalha, mas vive uma dupla jornada. Observamos isso na relação da personagem com o marido (João), que passa a cobrar a presença dela em casa. Outro aspecto do relacionamento é a inferioridade que ele sente em relação ao sucesso da empresa da esposa.
    
    O filme destaca os impasses que as mulheres enfrentam quando decidem trabalhar e também são cobradas para estar em casa criando os filhos. Embora a história não seja diferente das que mostram a dupla pressão que a mulher vive na família e no trabalho, o terceiro filme traz com humor, o equilíbrio que Alice buscava, fazendo a personagem entender que pode ser mãe e também empresária de sucesso.

Serviço:
Produção: Morena Filmes, Paris Filmes, Downtwon Filmes, Globo Filmes, Duas Mãos Produções
Direção: Julia Rezende
Duração: 108min
Gênero: Comédia
Exibição: cinemas Lumière shopping total
Ingresso: 10 reais meia entrada


Por Rafael Santos


     

Elas sentem, ouvem e fazem

      Sinestesia é uma condição neurológica que cruza diferentes sentidos nas pessoas. Por exemplo: Ao ler algum texto ou comer algum alimento podem estimular outras áreas do corpo humano como ter lembranças de um momento ou ainda ouvir um som. É isso que a autora do livro Sinestesia, Andressa Marcondes quis retratar. 

     O livro é uma obra fotográfica que associa textos às imagens e tem a intenção de provocar sensações aos leitores, em uma tentativa de romper com as publicações padrão sobre fotos, em que há apenas a exibição de alguns fragmentos captados pelo fotógrafo. Sinestesia traz nas suas páginas uma ideia de movimento, continuação. Ideias e fotos que se conectam e se fundem umas com as outras.

       A autora comentou que teve influências de fotógrafos como Evandro Teixeira, Valêncio Xavier e Nair Benedito, além de Klaus Mitteldorfe, de quem extraiu o lado artesanal e a vontade de uma publicação não convencional. Por ser sua primeira obra, ela contou que passou por dificuldades financeiras com relação ao lançamento do livro porque alega a fotografia ser uma área difícil de se conseguir editora.

      O livro Sinestesia foi lançado ano passado, mas também apresentado este ano no 6º Colóquio Mulher e Sociedade, um evento organizado pelo mestrado em Jornalismo da UEPG e que aconteceu entre os dias 23 e 24 de abril.



Serviço:
Livro: “sinestesia”
Autor: Andressa Marcondes
Editora: Texto e Contexto

 
Por Francielle Ampolini
Produzido pela Turma A - Jornalismo UEPG