O projeto de extensão ligado à Agência de Jornalismo, Democracia & Direitos Humanos (D&DH) – do curso de Jornalismo da UEPG, em parceria com a rádio comunitária Princesa (87,9 FM e internet) – completa e março/21 um ano da última atividade presencial. De iniciativa das professoras Ângela Aguiar e Hebe Gonçalves, o programa manteve as produções no período de atividades remotas, com inserções diárias até junho do ano passado. Atualmente, o projeto conta com a colaboração do professor Sérgio Gadini e vai ao ar toda quinta-feira, às 9h30min, no programa Princesa News e na plataforma ‘SoundCloud’.

 Estudante Larissa Godoi (esq.) entrevista o professor Arcelio Benetoli. Foto: Registro em 16/03/2020, última atividade presencial do Democracia & Direitos, quando UEPG acabara de suspender atividades presenciais devido à pandemia da Covid-19. 

 

Para a coordenadora Hebe, a extensão funciona como uma maneira de trabalhar assuntos de importância dentro do curso e com a colaboração de acadêmicos desde o primeiro ano até a pós-graduação. “Os assuntos vão desde a comunidade LGBT+, os direitos das mulheres, o armamento e os direitos trabalhistas”, afirma a professora sobre alguns temas trabalhados nas edições, que precisam debate sistemático pelo jornalismo.

A participação dos estudantes é parte fundamental do programa, pois eles são responsáveis pela edição, entrevistas e narração. As pautas são pensadas junto com os professores responsáveis, que sugerem os temas trabalhados na semana e acompanham edição, até o dia anterior da apresentação na emissora (Princesa FM 87.9). A participante e voz da vinheta da edição, Isadora Ricardo, diz que aprendeu muito com a atuação, desde a parte técnica (editar, criar pauta e entrevistar) até o entendimento de pautas socioeconômicas não vistas na mídia tradicional.  “Escutamos toda semana histórias diferentes e falamos de projetos sociais e acontecimentos que impactam diretamente a população”, diz a estudante.

A pandemia modificou a forma de se fazer jornalismo de áudio, visto que antes os entrevistados iam até o estúdio de gravação do Departamento de Jornalismo e, nesse momento, passou a ser feito de modo completamente virtual. As pautas mudaram para acomodar os entendimentos sobre a situação no formato defendido pelo D&DH. “A pandemia reforça todos os ataques aos direitos humanos, que é o direito à vida", explica Hebe Gonçalves.

Com isso, é possível entender a importância de manter o projeto durante um período no qual os direitos estão cada vez mais ameaçados. Para a acadêmica de Jornalismo, Catharina Iavorski Edling, a manutenção do programa de modo remoto traduz o significado de projeto de extensão, que é voltado à comunidade. “A permanência do programa, em uma rádio comunitária, possibilita alcançar diversos públicos e transmitir pautas de relevância para todos, de modo simplificado”, diz a ouvinte.

Ficha Técnica:

Repórter: Tamires Limurci

Publicação: David Candido

Supervisão: Sérgio Gadini