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Feira da Afesol movimenta as dependências do Campus Central da UEPG (Foto: Laísa Braga)

 

O aumento da procura pelo projeto de extensão Incubadora de Empreendimentos Solidários (IESol), da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos últimos quatro anos, revela que a economia solidária tem se tornado um novo estilo de vida. Segundo a técnica de economia solidária da IESol, Manuela Salau Brasil, a procura pelo programa cresceu, mas há falta de recursos para atender a essa demanda. Três empreendimentos estão na lista de espera.

 

Incubando projetos de Ponta Grossa e região, a IESol conta, atualmente, com 12 empreendimentos. O crescimento da adesão ao programa teve início a partir do ano de 2014 e, desde então, é avaliado pela equipe da IESol como positivo. Porém, com a dependência de recursos governamentais para o desenvolvimento dos empreendimentos, o número de participantes do programa oscila ao longo de cada ano, conforme o início e o término destes. De acordo com a técnica, esse é o motivo para a limitação do número de empreendimentos incubados.

 

Sediada na UEPG, a iniciativa  atrai a atenção de trabalhadores que buscam a autogestão de seus negócios a partir de uma alternativa ao modelo capitalista. O suporte aos empreendimentos tem o apoio de professores, estagiários bolsistas e voluntários.

 

A partir dos anos 1980 esse modelo de empreendedorismo coletivo se mostrou uma “saída à crise”, se tornando um novo estilo de vida. Para Manuela, é possível enxergar novos horizontes através desse tipo de programa. “Visando maior valorização na cooperação mútua, o empreendimento deixa de ser só um meio de retorno financeiro e passa a desenvolver uma conexão social maior, criando qualidade de vida de forma justa para todos”, analisa.

 

Com ações voltadas à prática da economia solidária, busca-se capacitar os empreendimentos pertencentes ao programa, proporcionando um retorno financeiro. De forma coletiva, desde a confecção dos produtos destinados à venda até a definição do modelo de gestão de cada grupo, todas as práticas implantadas baseiam-se nos princípios da solidariedade e da igualdade.

 

A Associação de Feirantes de Economia Solidária (Afesol) promove uma feira, às quintas-feiras, no Bloco B do Campus Central da UEPG. São disponibilizados para venda produtos artesanais, como roupas, guardanapos, bijouterias, alimentos, entre outros. A Afesol realiza montagem coletiva de bolsas confeccionadas a partir de malotes feitos de lona e doados pelos Banco do Brasil.

 

Para a feirante Janete Salles Rosa, responsável pela venda de bijouterias, esse ideal de coletivizar o trabalho é uma maneira de socialização. “É uma forma de integrar-se à sociedade e de não ficar isolado(a) em casa, adquirindo conhecimento, trocando experiências e construindo novas amizades no ambiente de trabalho”, declara.

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