No Brasil não há limite para reeleição nas casas legislativas, seja em âmbito federal, estadual ou municipal. O que torna comum que vereadores/ as, deputados/as e senadores/as permaneçam no poder além do primeiro ou segundo mandato. A experiência de quem fica no legislativo por mais tempo não é necessariamente negativa, uma vez que existem boas experiências parlamentares que usam o mandato como fator determinante para a ampliação de políticas públicas tanto em nível local quanto nacional.
Dentro de uma sociedade e de um sistema político é complexo, como o brasileiro, um mandato de quatro anos se torna insuficiente para conseguir implantar políticas públicas e fazê-las funcionar de forma eficaz. Logo, a reeleição é uma das formas de garantir a continuidade a esses projetos.
Porém, o sistema também apresenta problemas, quando a reeleição deixa de ser um espaço de garantia de políticas públicas e passa a ser o que os cientistas políticos chamam de profissionalização da política. Ou seja, quando o mandato é usado para benefício do próprio político ou partido, sem considerar as reais necessidades da população. Com isso, dentro do senso comum cria-se o pensamento de que a reeleição é ruim e o que vai resolver e salvar a politica brasileira é a renovação. Mas isso normalmente não acontece, pois quase sempre as escolhas de novos políticos não representam uma mudança na forma de compreender a política. Em outros termos, trocam-se as peças, mas não muda a regra do jogo.
Para que que a política mude, é necessário mais do que a troca de políticos, mas sim uma reestruturação da postura de quem é eleito.
Confira a crítica em vídeo produzida por Emanuelle Salatini:
Ficha técnica: