Falta de segurança prejudica lazer no Santa Paula

Comunidade desfruta das opções de lazer, mesmo com condições precárias - Foto: Ellen Almeida

A pista de skate da Santa Paula desde a inauguração não passa por reparos ou reformas e, consequentemente, se degrada a cada dia. Mesmo assim, os adolescentes do bairro usam parte da estrutura que ainda está em boas condições e utilizam o espaço para esporte, lazer e também em algumas vezes recebe shows de rap.


Com promessas de reformas, o prefeito já visitou a pista em época de eleição, mas ainda não cumpriu. Rachaduras por toda a pista, barras de ferro e telas de proteção retiradas pela prefeitura e nunca recolocadas, ponto de drogas; essas são as reclamações mais frequentes de quem usa o espaço ou mora aos arredores da praça. Skatistas contam que apesar da ajuda da associação dos moradores, a situação da pista e do galpão precisa ser resolvida pela defesa civil.

 

“Nunca ninguém vem arrumar, então a gente sempre arruma. Mas não temos o material certo e sempre estraga de novo”, relata Gabriel Calisto, 19 anos, morador do bairro que utiliza a pista desde 2010 e com a ajuda dos amigos faz reparos na pista.

 

A um quarteirão acima da pista de skate foi construída um outro espaço de lazer com quadra e praça com mesas fixadas. Ao contrário do espaço da pista, a nova praça tem a manutenção da prefeitura para cortar a grama, mas a limpeza fica por conta dos moradores que se unem para coletar garrafas quebradas e restos deixados no local. Mesmo assim, o descuido com os espaços de lazer da Santa Paula prevalece, mesmo em espaços que tem o mínimo da atenção pública.

 

Com a instalação de câmeras de segurança a violência diminuiu, mas não acabou. Alunos usam drogas na saída da escola que fica na esquina da pista, além de pais que proíbem as filhas de frequentarem o local por medo dos usuários. “Eu não uso esse espaço por ter muita gente usando droga. Minha mãe não deixa vir para esses lados, principalmente a noite”, Mariana Fernandes, 16 anos, estudante.

 

O morador Aislan Rafael Dea, 35 anos, ressalta as solicitações feitas para os órgãos públicos, a fim de aumentar a segurança no local. “Eu coloco foto no facebook, peço ajuda da polícia, da guarda municipal e eles não vêm. Os moradores ligam e a polícia diz que a praça é responsabilidade da guarda municipal, e eles não vêm porque a demanda é grande demais”, conta.

 

O presidente da Fundação de Esportes, Leopoldo Cunha Neto, foi procurado para prestar esclarecimentos sobre o assunto, porém não concedeu entrevista à reportagem.