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- Produção: Bettina Guarienti
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Cidade tem 98% de aumento de residências em prédios em comparação aos dois últimos censos
O crescimento vertical de Ponta Grossa converge com maior procura de apartamentos por jovens | Foto: Bettina Guarienti
O processo de verticalização da moradia, a troca de casas por apartamentos, é uma realidade em Ponta Grossa. A comparação dos dados coletados pelo Censo de 2010 e pelo Censo de 2022 apontam aumento de quase 100% de mudança. Em 2010, a pesquisa apontou 7.388 moradias verticais (prédios e apartamentos), enquanto esse número saltou para 14.609 em 2022.
A verticalização ocorre com o objetivo de comportar maior número de pessoas por espaço, uma vez que cria moradias sobrepostas. A cidade teve crescimento de cerca de 15% quando comparado o Censo de 2010 ao Censo de 2022, saltando de 311,6 mil habitantes para 358,3 mil habitantes. Esse número, quando somado à tendência de concentração nos centros, resulta na verticalização das moradias no município.
Bianca Rodrigues faz parte dessa estatística. A estudante de marketing conta que nasceu em Ponta Grossa e morava em casa desde então, mas optou por um apartamento no início de 2020 para que pudesse ficar mais perto do centro da cidade. “Meu apartamento é muito menor que minha antiga casa, mas a facilidade de estar perto de tudo conta muito na minha decisão”, relata.
A atividade de aumentar o número de prédios atende à necessidade de mais pessoas morarem no centro ou regiões próximas. O corretor Altair Machado destaca que além do centro, os bairros Vila Estrela e Jardim Carvalho, também concentram grande procura. “O Jardim Carvalho também é bem procurado, perto da UTFPR [Universidade Tecnológica Federal do Paraná], e a Vila Estrela tem muita gente que trabalha por lá”, aponta.
Para Altair, o público que mais procura residir em apartamentos é jovem. É interessante ressaltar a presença das faculdades e universidades em Ponta Grossa, sendo elas duas instituições públicas e outras 13 instituições privadas, com públicos majoritariamente jovens.
Também de acordo com o corretor, os casais com filhos preferem residir em casas por conta da privacidade. “Meu público que sai de casa e vai para apartamento são jovens, alguns sozinhos e outros casados, mas sem filhos, mesmo que a maioria das escolas fique no centro, as famílias valorizam muito a privacidade”.
Luis Fernando Oliveira se mudou para Ponta Grossa para trabalhar. “Não tenho família em Ponta Grossa, mas vi na cidade um lugar onde eu poderia crescer e me estabilizar, principalmente financeiramente”. Morador do bairro Orfãs, localizado próximo ao centro, optou por um apartamento pela comodidade que a localização oferece. “Além de estar muito perto do meu trabalho, é próximo de tudo que preciso também, em prédio me sinto mais seguro do que se fosse para morar em casa”, reflete Luis. Ponta Grossa é considerada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) uma capital regional, isto é, uma cidade com área de influência regional, média de 250 mil habitantes e destino para um conjunto de atividades, bem como estudo e trabalho.
Ficha Técnica:
Produção: Bettina Guarienti
Edição e publicação: Elena Silva e Maria Vitória Carollo
Supervisão de produção: Muriel Emídio Pessoa do Amaral
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Cândida de Oliveira
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- Produção: Mirella Mello
- Categoria: Espaços urbanos
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Carnavalescos criticam proibição parcial e se preocupam com os próximos anos
A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa cancelou o Carnaval de rua em 15 de fevereiro, pouco antes da data tradicional de realização da festa, mas a manteve emespaços privados da cidade, com o intuito, segundo a administração, de seguir as medidas de controle e prevenção da Covid-19.
Foto: Lente Quente
Na cidade, clubes como a Associação Recreativa dos Homens do Trabalho (ARHT) realizaram seu Carnaval. Na ARHT, a comemoração aconteceu entre os dias 26 de fevereiro e 1 de março. Nenhum representante do clube retornou o contato da reportagem para informar, por exemplo, quantas pessoas participaram da festa. Casas noturnas da cidade também realizaram festas no feriado de carnaval.
O carnavalesco Claudinei Alves Pereira não concorda com o decreto municipal. ‘‘Acho contraditório a proibição do carnaval de rua, que seria feito em um ambiente a céu aberto, ao mesmo tempo em que acontece nos clubes com pouca ventilação e muita aglomeração’’, critica.
Foto: Claudinei Pereira/ Acervo Pessoal
O costureiro Anderson Pedroso participava dos desfiles de carnaval em Ponta Grossa pela escola Cidade de Olarias. ‘‘Na minha concepção, nenhum evento dessa magnitude deveria acontecer na cidade por conta da pandemia’’, diz.
Anderson vem de uma família tradicional do carnaval na cidade. Segundo ele, a festa de rua começou em sua casa, promovida pelo seu falecido pai. “Eu tenho uma tradição e ela deve ser mantida. A cultura do carnaval de rua jamais será perdida, pois enquanto existirem pessoas como eu, que amam e brigam pelo carnaval, ele ainda vai continuar.”
Outro carnavalesco, Ulisses Massinhan, acredita que entender o desfile de rua como um show para o público seria importante para que, no futuro, a tradição fosse retomada. “Sinto que muitas pessoas ligadas ao Carnaval tenham desistido, venderam ou doaram seus instrumentos e acervos. Eu guardava muita coisa, mas durante a pandemia tive que me desfazer de grande parte das fantasias premiadas. Acho que uma manifestação cultural tão importante como o carnaval precisa se reestruturar e se profissionalizar; só recursos não resolvem, precisa ter organização”, declara Ulisses.
Para evitar aglomerações, carnavalescos da cidade se reuniram e realizaram uma feijoada para comemorar a festividade.
A realização do Carnaval em clubes inverte uma tendência histórica: de acordo com a pesquisa ‘Tempos de Folia’, realizada por Elisângela Ferreira, o carnaval em Ponta Grossa primeiramente era comemorado nos teatros e nas ruas, chegando depois aos clubes. Em 2021, ele também não ocorreu, devido à pandemia.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ponta Grossa e com o secretário municipal de Cultura para conversar sobre o decreto municipal que proibiu festas públicas na cidade, mas liberou em locais fechados. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno.
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- Produção: Lilian Magalhães
- Categoria: Espaços urbanos
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Moradores dos bairros Cara-Cará e Santa Bárbara reclamam dos testes de aeromotores realizados no Aeroporto Sant'Ana. A obra de ampliação da pista e da área de segurança do aeroporto visa aumentar o fluxo comercial aéreo em Ponta Grossa.
Ficha técnica
Reportagem: Lilian Magalhães
Publicação: Eduardo Machado
Supervisão: Cíntia, Xavier e Marcos Zibordi e Maurício Liesen
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- Produção: Tamires Limurci
- Categoria: Espaços urbanos
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Visitas presenciais retornam ao Museu Campos Gerais, fechado de fevereiro a julho de 2021. Inédita na cidade, a 11° edição da exposição ‘Múltiplo Leminski” mostra a vida e a trajetória do artista paranaense, multimídia antes da internet. A mostra apresenta fotos, documentos, obras e outros objetos do acervo familiar do poeta e escritor Paulo Leminski.
A exposição acontece de 03 de agosto a 05 de dezembro com visitas presenciais e on-line. Para maiores informações sobre a visitação e o agendamento, basta acessar o site do Museu Campos Gerais.
Ficha Técnica
Repórter: Tamires Limurci
Editor de Texto: Gabriel Clarindo Neto
Publicação: Gabriel Clarindo Neto
Supervisão: Professores Cíntia Xavier, Marcos Zibordi, Maurício Liesen
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