Falta de horários dificulta acesso a atendimento em Posto de Saúde

Pacientes da unidade Doutor Luiz Conrado chegam cedo para garantir consulta 

Poucas pessoas conseguem agendar suas consultas na unidade de saúde - Foto: Gabriela Clair

Até o horário de início do atendimento na Unidade de Saúde Doutor Luiz Conrado Mansani,  27 pessoas estavam na fila de espera. Dentre elas, Ingrid Juliana de Andrade,18 anos, com a filha Ana, de dois meses. As duas chegaram à unidade às 6h45: "Chego cedo porque demoro para ser atendida. Nem com a minha filha eu tenho preferência", conta Ingrid, que afirma ter acordado com a pressão baixa.


Simone Paula de Mattos, 39 anos, critica a demora na fila, mas elogia o atendimento. "Aqui é difícil conseguir hora, mas a qualidade do serviço é muito boa. Não tenho reclamação quanto a isso", relata.


Segundo o porteiro do Terminal  Uvaranas, Mario Stelle,  as pessoas tinham mais facilidade para o atendimento quando a unidade de saúde ainda era Centro de Atendimento à Saúde (CAS).


"As pessoas conseguiam receber remédios e até marcar consultas pela janela [da unidade que fica voltada para o interior do terminal]. Agora elas têm que sair do terminal e voltar”, relata Stelle. O porteiro também pontua que, antes, o número de pessoas que tinham acesso ao atendimento era maior.


De acordo com a enfermeira da Unidade, Simone de Aparecida, o posto de saúde atende, em média, de 180 pessoas por dia, provenientes de 10 bairros. Desses pacientes, aproximadamente 40% são crianças. Os problemas de saúde mais frequentes com atendimento na unidade são hipertensão, diabetes, infecções de garganta e viroses.  


“Aqui na unidade atendemos todo tipo de problema de saúde, mas só temos clínicos gerais. Quando a dor persiste ou quando o problema é identificado, encaminhamos para especialistas”, afirma Simone.