Crítica de Ponta no Rádio Logo

 

Crítica de Ponta

 

Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você

 

 

 

CINEMA

 

Reféns das redes sociais antes, durante e pós-pandemia

 

 

O documentário O Dilema das Redes, lançado em 2020 pela Netflix, mostra como as grandes plataformas preveem o comportamento de usuários através dos dados que os mesmos fornecem. Com 1h34m, o longa traz ex-funcionários de empresas como Google, Facebook e Twitter para falar sobre os perigos das redes sociais misturando assuntos atuais como política.
A produção cria, junto com as entrevistas e dados, a história que envolve uma família onde todos são viciados em celular e internet, mostrando os problemas do uso exacerbado. É possível ver também como as grandes redes tornam as pessoas como produtos e induzem a consumir, comprar e pensar de alguma forma. A denúncia é simples: os efeitos do uso da tecnologia pela população mostram os efeitos desde cedo em crianças e jovens.


Foto Filme

A tecnologia tem afetado negativamente as relações sociais. Foto: Reprodução | Netflix

Lançado em 2020, O Dilema das Redes aborda, além da saúde mental, a questão das fake news, como o movimento pode causar uma guerra civil. A produção mostra como todos os “passos” e rastros que usuários deixam na internet são "fiscalizados", como os algoritmos são ágeis e funcionam para agrupar os usuários de acordo com os gostos. Quando você curte, comenta, compartilha ou pesquisa algo, o assunto tende a aparecer mais na sua timeline e, mais e mais, eles te prendem nas redes sociais.
Com o início da pandemia em março de 2020, milhões de pessoas se sentiram presas em casa sem poder ter contato presencialmente com parentes e amigos, tornando-se reféns da internet. No começo, a relação entre o indivíduo e os recursos tecnológicos foram importantes, e são até hoje, para manter trabalhos, aulas e relações sociais. Mas com o passar do tempo, o uso intenso e diário foi se tornando cada vez mais prejudicial. Estudos comprovam que, apenas em 2020, foram constatados 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de ansiedade, segundo o periódico científico The Lancet.
Será que com a volta do ‘normal’ as relações entre as pessoas também voltarão a ser as mesmas? A população conseguirá deixar de lado o celular e focar no ‘real’? Trata-se de um problema mundial, onde a internet se faz cada vez mais presente em tudo que se faz, mas também torna mais reféns do uso. Afinal, como agir?

 

 

Por Ana Paula Almeida

 

Serviço:
Documentário: O Dilema das Redes
Direção: Jeff Orlowski
Duração: 1h34m
Ano: 2020


 

LITERATURA

 

Índio paranaense reúne contos regionais na obra Histórias de um Guarani

 

 

Com autoria de Nelson Florentino, índio guarani paranaense, o livro Histórias de um Guarani reúne 18 contos originais, que foram escritos no período em que o autor trabalhou com o linguista americano, Robert Dooley. Juntos, eles elaboraram um dicionário e gramática da língua guarani e também a tradução da Bíblia Sagrada. Foi com as histórias presentes no livro que Nelson ensinava guarani para Robert.
Um dos aspectos que chama atenção é o fato da obra ser trilíngue, escrita em guarani, português e espanhol. O intuito de abordar os três idiomas é registrar e difundir as histórias tradicionais do povo guarani, além de possibilitar que o livro circule em outros países. A obra também conta com várias ilustrações, cada conto possui uma, o que facilita a compreensão e a abordagem de cada um.

Crítica Literatura Deborah

 

Capa do livro Histórias de um Guarani | Foto: Reprodução


Com algumas histórias longas e outras breves, o livro apresenta um aspecto interessante, que é o fato de alguns contos não possuírem um fim, ou seja, terminam sem relatar o que aconteceu depois. Mas isso pode ser explicado por uma frase no começo do livro, indicando que é uma obra diferente da tradição e roteiro literário, que tem abertura, desenvolvimento e conclusão.
É uma obra escrita do jeito guarani, com histórias que ensinam sobre o povo guarani e explicam como eles compreendem o mundo e a natureza. Portanto, são histórias antigas repletas de sabedoria.
Ao final, a obra traz os depoimentos do linguista Robert Dooley, do autor Nelson Florentino e da filha do indígena, Sara Gonçalves. O livro, lançado em 2019, conta com 130 páginas e pode ser adquirido pelo site da editora Toda Palavra, pela Amazon e pela Estante Virtual.

 

 

Por Deborah Kuki

 

Serviço:
Livro: Histórias de um Guarani
Escritor: Nelson Florentino
Editora: TodaPalavra Editora
Páginas: 130
Ano: 2019


 

MUSICA

 

A diversidade musical e artística do pós-pandemia

 

 

Durante grande parte da pandemia, onde a população se encontrava isolada e com diversas atividades restritas, houve um aumento no consumo diário de músicas. Por conta disso, plataformas de streaming e artistas levaram o cenário musical para longe dos palcos e dos shows. O Spotify anunciou em setembro que atingiu a marca de 172 milhões de assinantes pagos e 381 milhões de usuários ativos mensais, com a previsão de chegar aos 400 milhões até o fim do ano.
A forma de se produzir música também sofreu mudanças, a tecnologia possibilita que artistas ou qualquer tipo de pessoa crie e divulgue seus conteúdos através do próprio computador, seja de forma profissional ou apenas como um hobby. É o caso da PGZ Crew, criada no início de 2021, em Ponta Grossa.

Crítica Música

 

Os integrantes da PGZCrew tem o estilo musical baseado na brasilidade | Foto divulgação: dzvk


Auto definida como uma crew, a PGZ conta com oito integrantes: os fundadores Erick Conche (guitarra e voz) e Romanov (vocalista), seguidos pelos violinistas Renan e Nathan, Gabriel Canuto (teclado e voz), Ian Caco (percussão e voz), Tuomas (produção e baixo) e Juan Cassius (produção e percussão). A identidade visual, formal e criativa foi montada a partir das habilidades e referências de cada um, desde ensaios de covers até produções autorais, explorando ritmos e estilos brasileiros como rap, samba e MPB.
De acordo com Ian Caco, responsável pela percussão e voz, a crew está trabalhando em um projeto autoral, mas que ainda não possui data de lançamento. “O objetivo é cada vez mais colocar nossas músicas e projetos na rua, criando conteúdo próprio, e fazer shows com uma pegada bem brasileira”, explica. Caco destaca que a música como meio de interação social e propagação de mensagens pode ser importante no pós-pandemia. “Passamos por uma crise de saúde, de economia e de governo, onde somos bombardeados por notícias boas e ruins a todo instante, mas através da música temos a oportunidade de ouvir histórias que vão além da vivência e do noticiário, conhecer outras pessoas, ideias e lugares através da arte”, conclui.

 

 

Por Gabriel Ryden

 

Serviço:
Instagram: https://instagram.com/pgz_crew?utm_medium=copy_link
Facebook: https://www.facebook.com/pgzcrew


 

TEATRO E DANCA

 

Com pandemia de covid-19, Fenata 2021 manteve versão híbrida de apresentações

 

 

O 49° Fenata neste ano contou com apresentações de peças de forma presencial e transmissões on-line, que ainda podem ser assistidas pelo youtube da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
A apresentação da peça Entre o Sol e a Lua, na mostra paralela do festival, foi transmitida através da plataforma do youtube e contou com quatro personagens: Lobato e Carmélia. A peça relata a procura de Lobato e Carmélia pelo sol e a lua para, então, poder brincar, além de trazer a amizade entre os personagens e as descobertas que fazem ao longo do percurso, onde as pessoas determinam as aventuras vividas até chegar ao objetivo, que no processo se torna um sonho impossível.

Foto Teatro

 

Entre o Sol e Lua foi uma das peças apresentadas no Fenata e transmitida ao vivo pela UEPG através do YouTube | Foto: Luana Budziak | Divulgação instagram UEPG

 

A peça traz ainda um recado importante de forma leve: as meninas são capazes de fazer tudo aquilo que desejam e, quando são pressionadas a fazer algo que lhes deixem desconfortáveis, devem fugir e procurar ajuda de um adulto de confiança.
Para quem se interessa pelo universo do teatro, a mostra geralmente vale a recomendação. Neste caso, a peça é alegre e os personagens bem humorados. Uma coisa interessante é que durante toda a apresentação, ao lado inferior da tela, possui um intérprete de libras, deixando a peça acessível para todo público. Para quem perdeu os dias das apresentações, a peça está disponível no Youtube da UEPG. Além de Entre o Sol e a Lua, é possível ter acesso também às outras mostras.
O Fenata conta com o patrocínio do Grupo GMAD-Madcompen, Tratornew e Lojas MM, com apoio da Prefeitura de Ponta Grossa e organização da Diretoria de Assuntos Culturais da Proex-UEPG e pela FAUEPG.

 

 

Por Larissa Godoi

 

Serviço:
Peça: Entre o Sol e a Lua
Disponível: Youtube da UEPG
Duração: 43 min


 

MIDIA REGIONAL

 

Coletivo de Estudos abre espaço para trabalhos indígenas dentro da UEPG

 

 

No ano de 2021 a população indígena brasileira sofreu diversos ataques, que vieram tanto de pessoas isoladas como também do próprio governo. Um exemplo é a mudança na demarcação das terras indígenas proposta pelo Governo Federal. Em tempos de ataques e desrespeitos, o trabalho realizado pelo Coletivo de Estudos e Ações Indígenas (CEAI), a partir da UEPG, se revela socialmente relevante.
Presente no Instagram, Facebook eYouTube, o coletivo utiliza as redes sociais como ferramenta para compartilhar os projetos realizados pelos integrantes, que são indígenas e não indígenas. No conteúdo postado encontram-se entrevistas, lives, oficinas, dicas de grupos de leitura e textos em áudio.

Foto Midia Regional

 

O CEAI possui 2045 seguidores na página no Facebook | Reprodução Facebook


O coletivo também possui uma conta no site Medium, onde são publicados todos os textos produzidos pela equipe de comunicação do CEAI. O material em texto é produzido de acordo com os eventos realizados pelo grupo e, após feito o upload no Medium, o conteúdo é divulgado nas redes sociais do projeto.
O trabalho realizado pelo CEAI nas redes sociais tem valor social e político, principalmente nos dias atuais, considerando os recentes acontecimentos que envolvem a população indígena brasileira. Ao trabalhar com empresas como Instagram e Facebook, o coletivo aumenta as chances de mais pessoas conhecerem os trabalhos realizados não só dentro da universidade como também em aldeias indígenas.

 

 

Por Levi de Brito

 

Serviço:
Coletivo de Estudos e Ações Indígenas (CEAI)
Projeto de extensão UEPG
Laboratório de Estudos do Texto


 

GASTRONOMIA

 

Em PG, maçã do amor gourmet não é exclusividade de festa junina

 

 

Você sabia que a maçã do amor não é exclusividade de festa junina? Não é preciso esperar até o mês de Junho para matar a vontade de comer a fruta caramelizada.
Em Ponta Grossa, a MiaMela é um estabelecimento que oferece não apenas o sabor tradicional do doce, mas traz uma variedade de opções: ovomaltine, oreo, leite ninho, nutella são algumas das opções “tradicionais” oferecidas no cardápio. Mas, os sabores que merecem destaques são os inusitados: churros, palha italiana, M&M, Kit Kat e brownie.

 

Gastronomia Tayna

Maçã artesanal sabor churros coberta de caramelo caseiro, açúcar e canela | Foto: Tayna Lyra


Além de opção como sobremesa, é possível fazer encomenda para brindes corporativos, casamentos, datas comemorativas, festas infantis e uma opção de presente. Além da variedade, MiaMela também faz edições especiais, limitadas. A cada data comemorativa, eles fazem maçãs customizadas, como no dia dos namorados, halloween, natal e páscoa. Também há opção de lembrancinhas, com as maçãs artesanais personalizadas com cor e nome
Os valores das maçãs variam de R$18,00 (oreo) a 30,00 (brownie) a unidade, preço que pode ser considerado alto para os que estão acostumados a pagar cerca de R$10 na fruta caramelizada em festas juninas, mas levando em consideração serem artesanais e gourmets, o preço vale a pena. Elas vêm em embalagens que remetem ao “feito à mão”, deixando a experiência única e pessoal, ligada ao lado rústico do artesanal e sofisticado do gourmet. Você pode pedir como sobremesa através da plataforma de delivery IFood, ou pelo próprio site da MiaMela. Não deixe de relembrar o sabor típico junino, em qualquer época do ano e com opção aprimorada.

 

 

Por Tayna Lyra

 

Serviço:
Site: https://www.miamela.com.br/
Instagram: https://www.miamela.com.br/instagram
Para fazer seu pedido: https://www.miamela.com.br/contate-nos