Crítica de Ponta #159
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Semana Nacional do Cinema reexibe clássico Titanic nos cinemas do país
Depois de 25 anos desde o lançamento, ainda vale a pena assistir ao filme?
Titanic, lançado em 1998, volta às telas do cinema, agora em 3D, em comemoração aos 25 anos de existência. Depois de tantos anos desde o lançamento, será que o filme ainda consegue conquistar o público? Mesmo com diversos filmes inéditos em cartaz, os espectadores lotaram as sessões do longa. O clássico ainda consegue agradar várias pessoas por sua versatilidade de gêneros, pois conquista desde os casais, até famílias que foram ao cinema assistir pela primeira vez o filme no telão. Nas salas de Ponta Grossa Titanic ficou em cartaz durante a Semana Nacional do Cinema.
Poster de divulgação do filme Titanic | Foto: Divulgação
Protagonizado por Kate Winslet (Rose) e Leonardo DiCaprio (Jack), o filme conta a história de um romance entre os personagens, em um cruzeiro pelo Oceano Atlântico, em 1912. Por se tratar de uma tragédia real, Titanic consegue mesclar o romance de Rose e Jack e as aflições do naufrágio do navio. Desse modo, não é atoa que o filme no lançamento conquistou cinco Oscar, e agora no relançamento, conseguiu arrecadar US$ 22 milhões, segundo dados do Box Office Pro.
O romance inicia quando Jack consegue evitar que Rose pule do navio, nisso os personagens desenvolvem uma paixão e vivem intensamente um amor proibido, que foi interrompido quando o cruzeiro colide no iceberg. Para quem gosta de um romance, o longa apresenta um enredo intenso, com início, meio e fim ainda no navio. Já para os amantes de ação, o filme mostra o desespero das pessoas que estavam no cruzeiro quando ele começa a afundar.
Para quem nunca assistiu Titanic, vale a pena conhecer essa história e se emocionar com um enredo que mesmo depois de 25 anos, se mantém sendo uma das maiores bilheterias cinematográficas. Entretanto, para quem já assistiu, não pode deixar de perder a experiência de assistir o clássico em 3D, pois a sensação de estar dentro do cruzeiro é ainda maior.
A reexibição ocorreu durante a Semana Nacional do Cinema, nos dias 09 a 14 de fevereiro de 2023, nos cinemas do país. Durante a semana, os ingressos custaram R$ 10,00.
Por Janaina Cassol
Serviço:
Filme: Titanic
Lançamento: 1998
Duração: 3h14min
Mini maquete abre as comemorações de Carnaval em Ponta Grossa
‘Ó abre alas, que eu quero passar” alcança a cidade de Ponta Grossa e recupera uma tradição de carnaval na cidade, paralisada em 2020 com a pandemia do Coronavírus. ‘Entre bonecos e fantasias - o minúsculo mundo do carnaval de maquete’, do artista plástico Renato Garcia, marca o início das comemorações da festa. A exposição está em exibição na Unidade Cultural Ponto Azul, de nove de fevereiro até primeiro de março.
As maquetes fazem parte da programação ‘Carnaval de Ponta Grossa: 200 anos de alegria e samba no pé’, coordenada pela Secretaria Municipal de Cultura. Com mais de 450 bonecos, sem contar as alegorias, a obra retrata um pequeno desfile das escolas de samba, com um pitada de mini-mundo - um dos pontos turísticos de Gramado mais conhecidos.
Entre bonecos e fantasias apresenta uma mini escola de samba descendo a avenida. Foto: Secretaria Municipal de Cultura
Com cores vibrantes, brilhos e tecidos chamativos, ‘Entre Bonecos e Fantasias’, valoriza a cultura da cidade e retrata, em pequena escala, os esforços que compõem a montagem da festa popular. O uso de materiais comumente vistos nas confecções e fantasias de carnaval também caracteriza o trabalho. Os interessados podem ver alas, carros alegóricos, os casais de mestre-sala, porta-bandeiras e as tradicionais baianas que são, nesta exposição, um show à parte. Outro detalhe que chama a atenção do público é a construção dos carros e dos camarotes. Mesmo em miniatura, Renato busca trazer o realismo em todos os detalhes, se importando até com o posicionamento das rodas e dos passistas. Ainda, mesmo com o uso dos bonecos normalmente vistos em trabalhos infantis, a qualidade excede as expectativas.
Segundo o autor da exposição, o desenvolvimento ocorre desde 2019 e faz parte de uma competição promovida pela União das Escolas de Samba de Maquete, a UESM, que reúne entusiastas de carnaval do Brasil todo. A mostra é gratuita e aberta ao público.
Por Tamires Limurci
Serviço:
Exposição: Entre Bonecos e Fantasias - o minúsculo mundo do carnaval de maquete
Autor: Renato Garcia
Local: Unidade Cultural do Ponto Azul
Data: 09 de fevereiro a 01 de março de 2023
Horário de funcionamento: 8h às 18h
‘Cracolândia’ vira apelido da Praça Barão de Guaraúna em portais de PG
Matérias sem contextualização e ausência de fontes esvaziam denúncias de violência no local
Entre os dias 16 de janeiro e 1 de fevereiro de 2023, duas reportagens utilizaram o termo “Cracolândia” em um portal de notícias local, o MZ Notícias. As matérias descrevem a localização como a Praça Barão de Guaraúna, popularmente conhecida pela Igreja dos Polacos. O termo cracolândia faz referência ao espaço ocupado por pessoas em situação de rua, geralmente dependentes químicos, tomando por base uma região central de São Paulo, que foi rotulada pela mídia com a mesma referência.
Em ambas as reportagens, a estrutura dos textos tem apenas dois parágrafos com seis linhas cada, sem informações além do lide. Isso faz com que surja o questionamento sobre a falta de apuração e interesse dos próprios jornalistas ao pautar a segurança pública, já que os títulos - “Dois homens são presos na Cracolândia de PG” e “Homem é preso com 65 pedras de crack na Cracolândia de PG” - abordam o mesmo assunto, mas pouco desenvolvem o tema pela falta de fontes e dados.
Captura de tela do portal aRede
Por outro lado, o portal aRede, também de abrangência regional,, teve uma recente publicação relacionada à mesma região com o uso do termo “cracolândia” e as condições perigosas do dia a dia por conta dos problemas sociais e a falta de segurança anti-drogas em Ponta Grossa há mais de seis meses, com a matéria “Praça dos Polacos é tomada pela Cracolândia de PG”. Na mesma onda, o texto traz pelo menos três fontes, embora duas oficiais e um padre da Igreja dos Polacos, que relata o aumento da violência no local.
A presença de contexto, dados e informações sobre as ações da Prefeitura de Ponta Grossa em serviço de plantão e abordagem social na praça faz com que o leitor tenha informado sobre a situação da praça, muito diferente do que foi produzido no outro portal. Ao noticiar o mesmo fato da apreensão de drogas na Barão de Guaraúna em fevereiro, o termo “cracolândia” não aparece na matéria, mas a estrutura é parecida com a da MZ Notícias pela presença de poucas informações em apenas um parágrafo.
De um modo geral, o problema das reportagens que denunciam a violência na praça reside na escassez de dados apurados e a ausência de pluralidade de fontes noticiosas, uma vez que as pessoas em situação de rua não foram entrevistadas em nenhum momento. A contextualização social da pauta é, sempre, um elemento fundamental na prática jornalística.
Por Lilian Magalhães
Serviço:
Portais com foco em notícias sobre Ponta Grossa e região aRede e MZ Notícia.
Inovador, mas nem tanto
Franquia de fast food tenta inovar com rodízio de hambúrguer em PG
Localizada na Rua Sete de Setembro, número 1197, centro de Ponta Grossa, a Hamburgueria Alexandria traz uma proposta diferente das lanchonetes já existentes na cidade, o que torna a proposta diferenciada. Esta é a primeira franquia com rodízio de hambúrguer do Brasil, o que se torna um grande diferencial.
Na chegada da primeira tábua de mini hambúrgueres, a atendente mandou todos os sabores salgados disponíveis para a degustação e a escolha dos sabores favoritos. São oito lanches diferentes: Salad, New York, Berlin, El Patrón, Classic, Calabresa, Mushrooms e o Alexandria, que carrega o nome da casa. Sem dúvida, os menos enjoativos são: lanche de cogumelos Shiitake ,Mushrooms, o New York com repolho roxo caramelizado e molho barbecue. O Classic e Salad, são os mais consumidos da casa. Apenas as bebidas e sobremesas não fazem parte do rodízio.
Rodízio de hambúrguer em Alexandria em PG | Foto: Amanda Martins
Na segunda rodada de pedidos, houve um atraso de 25 minutos, porque os responsáveis pela cozinha simplesmente se esqueceram do pedido, porque o restaurante ficou lotado por volta de 19 horas.
Na entrada, uma atendente recepciona quem chega ao local de maneira simpática e logo repassa o atendimento para algum garçom que esteja livre. As mesas do espaço interno são divididas em dois ambientes, um aberto que é um pouco apertado e outro separado por paredes, que deixa o local privativo.
A principal dificuldade do rodízio de hambúrguer em PG, parece estar no atendimento. Se considerar a primeira experiência, Alexandria Burger pode ser descrita como "Gastar muito para comer pouco.”
Por Amanda Martins
Crítica de Ponta #158
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Baiacu Bo possui drinks gostosos, mas caros
Espaço tem personalidade que não reflete nas bebidas | Créditos: Catharina Iavorski
É de conhecimento de todos que fim de semana é um momento de curtir e fazer o que gosta. Algumas pessoas descansam, vêem um filme, saem com os amigos e também podem aproveitar para tomar alguns drinks e bebidas, aproveitando para jogar conversa fora e dar risada.
Um local em Ponta Grossa que conta com diversos drinks para todos os gostos é o Baiacu-Bo que tem como carro chefe as bebidas, sem aperitivos ou lanches. Elas agradam quem gosta de algo mais doce e menos alcoólico, como é o exemplo do Malibo Pineapple, que conta com rum de coco e suco de abacaxi e o fireball, que é composto por whisky e red bull de melancia. Assim como existem drinks mais fortes e azedos, para quem tem esse paladar. O Manjeri Bo e o Bojito são excelentes para quem gosta de limão com algo mais gaseificado. O Manjeri Bo, conta com manjericão, limão, tônica e uma dose de velho barreiro e o Bojito, a versão da casa do Mojito, conta com o tradicional limão, rum mojito, bacardi oro, tônica e como um toque final vai a hortelã.
Drinks sendo muito saborosos nos primeiros goles, com o tempo, por conta da quantidade de gelo, as bebidas ficam aguadas e vão perdendo o sabor marcante do início. E quem vai ao local espera nos drinks um reflexo da ambientação mais alternativa, porém as bebidas mais baratas são muito comuns e para quem quer outra experiência precisa gastar muito. Sendo possível comprar doses de R$ 5 a R$18 e os drinks começam em R$15 e podem ir até R$30. O que pode se tornar caro a partir do momento em que o drink fica com mais água do gelo do que a bebida em si.
Uma saída para quem quer economizar e beber um pouco mais, é comprar o chopp pilsen, que custa R$ 10 ou dependendo do dia, a casa disponibiliza a opção de double chopp, onde é possível ter dois chopps por R$ 15.
O Baiacu-Bo fica na rua Comendador Airton Plaisant, 607, na região do centro. O horário de funcionamento varia conforme os eventos que podem ser conferidos no instagram do local @baicu.bo.
Por Catharina Iavorski
A espera do Carnaval entre os sons da percussão
Nos preparativos para o carnaval de Ponta Grossa, banda Chave de Mandril realiza ensaio | Créditos: Divulgação
Em ensaios marcados por brasilidades, as três preparações para o 1° bloco de rua da banda “Chave de Mandril” ocorreram nas cidades de Ponta Grossa nos bares Baiacu-Bo e Boteco da Estação e em Telêmaco Borba, no bar Tonnel.
A banda tocou desde os nomes mais conhecidos desta festividade brasileira como Daniela Mercury e Ivete Sangalo até artistas de outros ritmos musicais como Rita Lee. O ensaio trouxe inicialmente músicas clássicas da MPB, como “Canto das Três Raças” de Clara Nunes e “Eu também quero beijar” de Pepeu Gomes. Em seguida, “Disritmia” de Gonzaguinha abriu espaço para canções em ritmo de samba. E por fim, “Vem meu amor”, da banda Eva trouxe a contagiante energia do Axé.
De forma geral, a seleção de músicas mais tranquilas no início da apresentação, fazendo o público de soltar aos poucos, acompanhado do samba onde os próprios músicos interagiram na pista de dança e finalizado com o axé, funcionou como uma energia em escala, partindo de algo mais lento para canções alto astral.
A escolha de um ensaio ao ar livre no fim da tarde também foi um importante elemento de composição do cenário de carnaval. Além disso, todos os integrantes da banda vestiam adereços carnavalescos, com muito glitter, purpurina e vestimentas coloridas.
A bateria, o pandeiro, o batuque e o chocalho foram instrumentos presentes em todas as canções, se unindo em uma interessante combinação de sons. Porém, em alguns pontos da apresentação o volume dos instrumentos se sobressaia com relação a voz dos cantores, dificultando a escuta das letras das músicas.
Chave de Mandril uniu ritmos musicais complementares com grande presença de palco, interação com o público e domínio musical, pois os integrantes revezavam os instrumentos entre si, oferecendo uma experiência completa a cada um deles. Como dito pela própria banda, cada ensaio é tratado como apresentação oficial, a fim de demonstrar ao público o melhor de si.
A apresentação oficial do “Bloco da Chave” será no dia 20 de fevereiro, às 16 horas, na frente da Feira Do Produtor. Outras informações você pode encontrar no Instagram da banda @chavedemandril.
Por Valéria Laroca
Ambiente virtual de exposições da PROEX inova nas visitas a galeria de arte
O acervo conta com artistas que contribuíram para inovar técnicas das produções artísticas locais | Créditos: Reprodução/Site PROEX
A Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX) possui em seu site um espaço destinado a exposições de pinturas e esculturas de arte. O ambiente virtual conta com 10 coletâneas. Os artistas envolvidos são professores e alunos dos cursos de licenciatura em artes visuais da UEPG, pintores, fotógrafos e também, em memória de outros que já partiram. Todas as obras presentes no site já estavam expostas no casarão da PROEX, mas a proposta de realizar visitas virtuais é uma nova forma de frequentar e experimentar as artes.
Quando a aba das exposições é aberta, não há um caminho a seguir como de costume ao visitar uma exposição física. No virtual, o visitante pode escolher pelo título qual coletânea irá observar. Em apenas uma hora e meia é possível acompanhar as dez exposições, analisar mais de 100 pinturas, desenhos, esculturas, fotografias, saber da vida do autor e suas inspirações. Para imergir no campo artístico e analisar melhor as obras, o site possui a opção de dar play em um instrumental de música clássica para o visitante ouvir enquanto rola o site acompanhando as obras.
Nas telas, os artistas abordam a vida cotidiana em Ponta Grossa, a arquitetura urbana da cidade, a botânica da região e também obras abstratas que refletem dos pintores os sentimentos provocados pelo momento pandêmico, como é o caso de Tempo e Ilusão produzida pelos professores e alunos do curso de licenciatura em Artes Visuais da UEPG, Vermelho O Recorte do artista Emerson Persona e outros.
Sem sair de casa, o visitante pode ir além do seu tempo vivido e viajar ao passado através das obras de Jacobus Van Wilpe, por exemplo. "O Pintor dos Campos Gerais”, como está nomeado no site, retratava em suas telas a área urbana de Ponta Grossa na década de 50. Nas pinturas, também é possível vislumbrar a paisagem da época, de campos, os riachos, ruas da cidade, casarões históricos, enfim, simplesmente viajar na história e memória.
Para viver essa diferente experiência de visitar uma galeria de arte dos artistas de Ponta Grossa, basta acessar a aba Exposições Virtuais no site da PROEX.
Por Maria Eduarda Ribeiro
Série documental retoma uma década de sofrimento e impunidade no caso da Boate Kiss
Série convida o telespectador a se sensibilizar com uma história detalhada do incêndio em Santa Maria | Créditos: Reprodução/Todo dia a mesma noite
Após dez anos de um dos maiores incêndios da história do Brasil, a tragédia da Boate Kiss que deixou 242 mortos e 636 feridos voltou a ser comentada pela população brasileira. O incêndio de Santa Maria vitimou jovens universitários que se divertiam em uma noite que julgavam ser apenas mais uma festa universitária. O fato que chocou o mundo ganhou versões em documentários realizados por plataformas de streaming com o intuito de resgatar as histórias dessas vítimas e enfatizar a impunidade deste caso.
A minissérie documental, "Todo dia a mesma noite”, realizada pela Netflix, tem o roteiro de Julia Resende e Carol Minêm que escolheram o formato da dramatização para contar as histórias das vítimas e de familiares que vivenciaram essa tragédia. A produção se baseou no livro de mesmo título, da autora Daniela Arbex. Na obra ela tem o foco nas histórias dos familiares, e da mesma forma, a minissérie se atenta em iniciar com uma breve contextualização do dia do acidente e depois desenvolve uma narrativa mais voltada para as famílias.
A dramatização mostra como as vítimas sofreram momentos aterrorizantes durante aquela noite, após uma banda soltar fogos de artifício em um local fechado com material inflamável e altamente tóxico. Além disso, a trama retrata como as famílias foram e são afetadas até os dias de hoje. O acidente, como também é explicado na série, ocorreu por falta de fiscalização e por irresponsabilidade dos músicos e donos do estabelecimento. A série documental tem uma boa explicação de todo o ocorrido, desde a causa das mortes até o desenrolar do caso que acaba com a anulação do julgamento dos acusados.
Apesar da minissérie ter um bom desenvolvimento dos fatos e ter uma grande sensibilidade ao tratar do incêndio. Em razão da tragédia ter ocorrido no estado do Rio Grande do Sul, fez com que a dramatização tentasse retratar o sotaque gaúcho. Porém, a maioria dos atores forçaram essas características e outros não conseguiram ser felizes nesse ponto, se tornando totalmente robótico. Talvez se a plataforma tivesse contratado atores realmente rio-grandenses, essa questão não teria sido prejudicial para o roteiro.
Além disso, gerou polêmica entre a família das vítimas, pois muitos pais não sabiam que a série iria estrear em uma das maiores plataformas de streaming e acusaram a empresa de lucrar em cima de suas perdas. Mesmo com essa indelicadeza da empresa, a trama se compromete a trazer a história de volta às telas brasileiras para que os culpados sejam responsabilizados por seus atos. Algo que, infelizmente, não é a realidade.
Por Kathleen Schenberger
Crítica de Ponta #157
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você
Inclusão: Cine Araújo faz sessões especiais de cinema para público com Transtorno do Espectro Autista
Cine Araújo exibe o segundo filme do Gato de Botas adaptado para autistas| Foto: Victória Sellares
Com a proposta de inclusão, o Cine Araújo, localizado no segundo andar do Shopping Palladium, agora realiza sessões de cinema adaptadas para famílias com crianças e jovens com espectro autista. Uma vez por mês, uma animação em cartaz é escolhida para a transmissão em um ambiente adaptado, com as luzes acesas, portas abertas e o volume reduzido entre 3 e 3.5.
Em Ponta Grossa, todas as sessões acontecem aos sábados. Além dos ajustes no ambiente, também há mudanças na programação, que não conta com anúncios e trailers e no valor do ingresso, que é vendido pela metade do preço.
A ação é interessante por dois pontos: promover a inclusão de pessoas com autismo em ambientes de lazer que podem e devem ser utilizados por todos, inclusive o público com o espectro; e a conscientização das especificidades de pessoas .
Apesar de ser de fato uma iniciativa, ainda alguns ajustes. A adaptação de salas apenas para filmes de animação restringe às pessoas que possuem autismo a terem acesso a outros gêneros com o mesmo conforto. Especialmente aqueles que são mais velhos, estando entre a juventude e a idade adulta.
Assim como o público típico do cinema, os autistas também se interessam por produções de comédia, ficção, ação entre outras, quando presentes em ambientes adaptados às suas especificidades. De fato, um primeiro passo para a inclusão foi dado através das sessões especiais, mas ainda é necessário que o projeto seja trabalhado a fim de ofertar outras possibilidades, além da sala de animação.
Por Victória Sellares
Serviço:
Cine Araújo - Multiplex Palladium Shopping.
Rua Ermelino de Leão, 703 - Olarias / 2º andar.
Telefone: (042) 3223-1137
Alunos da rede estadual em PG publicam 180 obras
Na disciplina de Língua Portuguesa, ao entrarem com contato com os diferentes gêneros de escrita, professoras da rede estadual apresentaram a seus alunos a ideia da produção dos livros. A plataforma utilizada, Redação Paraná, é uma inteligência artificial disponibilizada pelo governo do Estado que corrige a estrutura gramatical do texto, e as professoras por sua vez ficam responsáveis pela correção da coerência.
Lançamento editorial aconteceu no Colégio Estadual Regente Feijó, em PG | Foto: SEED
Ao estimular a escrita desde os anos iniciais do ensino fundamental e médio, as professoras conseguem inserir as crianças tanto no mundo da leitura como se familiarizar com diferentes gêneros textuais. Além do estímulo da escrita, a atividade proposta pelas professoras também aflora a criatividade de seus alunos. Um dos livros “Tutty e Fernando numa aventura intergaláctica” conta a história de um menino e seu cachorro, Tutty, que viajam no tempo para salvar a mãe no menino que faleceu com câncer.
Ao misturar a ficção com a sua própria realidade, o aluno teve no livro o espaço para se expressar e compartilhar emoções. Além dos benefícios técnicos, como melhora na escrita, o projeto também estimula os jovens a escreverem sobre o que pensam e sentem, agregando também no psicológico, ajudando com que eles tenham mais costume e facilidade em se expressar.
Os livros escritos pelos alunos da rede estadual do Paraná totalizaram 180 obras autorais, que estão disponíveis tanto na versão online, de forma gratuita, como na versão impressa que pode ser comprada. As escolas que realizaram a ação com seus alunos foram o Colégio Estadual Meneleu de Almeida Torra e a Escola Estadual Júlio Teodorico na disciplina de Língua Portuguesa com as professoras Angela Maria Grochoski e Gláucia Marília Hass.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
A plataforma Redação Paraná é utilizada na correção de textos e redação e pode ser acessada pelo site: https://aluno.escoladigital.pr.gov.br/redacao_parana
Quintal Rap contribui para a visibilidade do gênero musical em Carambeí
Por algumas décadas, o rap foi encarado com preconceito e desconfiança. Muitas pessoas condenavam este gênero por ter surgido na periferia e, na maioria das vezes, conter letras que faziam críticas ao Estado e à sociedade. Contudo, aos poucos, o gênero passa a conquistar fãs, fazendo parte da playlist de pessoas das mais diferentes idades, e a incentivar muitos a desenvolver pensamentos críticos.
Percebe-se que, nos Campos Gerais, os eventos musicais que recebem atenção são aqueles que promovem gêneros tradicionais da região, como o sertanejo. Porém, é possível notar que eventos que incluam outros estilos também passaram a existir, como é o caso do Quintal Rap, que será realizado em Fevereiro na cidade de Carambeí.
Banner de divulgação do Quintal Rap | Foto: Divulgação
O evento cultural de 18 de fevereiro, às 15h, conta com 12 artistas da região que cantam e produzem músicas voltadas ao rap, funk e trap. Além disso, também haverá exposições, lançamentos musicais, grafites, discotecagens, e demais elementos que remetem à cultura de rua. É a primeira vez que um evento do tipo será feito na cidade, o que é importante para dar visibilidade e inserir, tanto os artistas, como o próprio gênero, no cenário cultural do município.
O evento conta com DJs, rappers e outros artistas conhecidos da região, os quais costumam compor músicas sobre temas diversos, como, por exemplo, sobre a sociedade racista, o descaso com as pessoas pobres e a opressão policial desnecessária. Para aqueles que desejam marcar presença, é possível adquirir o ingresso no valor de R$10,00 pelas redes sociais do Quintal Rap, ou adquirir no dia por R$15,00.
Por Ana Barbato
Serviço:
Nome do evento: Quintal Rap;
Data: 18/02, às 15h;
Endereço: Avenida das Flores, nº 1098 - Carambeí - PR;
Ingressos: R$10,00 (antecipado) ou R$15,00 (na hora);
Redes sociais: Instagram.
Uma Fada (Maria), do palco às redes sociais
Fada Maria no palco do Fenata em 2021 | Foto: Divulgação/UEPG
Em 2021 e 2022, os espectadores do Festival Nacional de Teatro (Fenata) puderam assistir à peça Fada Maria, que acompanha uma fada encantada pela humanidade. A personagem descobre a violência contra os animais que permeia o mundo dos humanos, e decide utilizar as redes sociais para falar sobre a importância da preservação do meio ambiente e do respeito à natureza.
O diferencial é que, desde outubro de 2021, contas para a personagem realmente foram criadas nas redes sociais, como o Instagram e o Tik Tok. Recentemente, no espaço entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro, a conta da Fada Maria voltou a interagir nas redes sociais, com uma série de episódios que narram a história da personagem. Os vídeos contam com uma introdução que é seguida de cenas da própria gravação da peça no palco do Fenata em 2021.
A ideia de trazer a gravação de uma peça de teatro às redes sociais em formato de episódios é interessante, e demonstra a forma como o teatro pode se adequar na realidade digital. Os episódios publicados em 2023 se diferenciam do conteúdo das contas, que anteriormente era mais ‘caseiro’ e gravado em um celular, com Ana Almeida, a atriz que interpreta a Fada Maria, falando sobre assuntos diversos, como o meio ambiente e a dificuldade do acesso à educação.
O conteúdo também é uma maneira de facilitar o acesso à peça e fazer com que outros públicos tenham acesso à produção. A divisão em episódios, todos lançados em dias diferentes, faz com que a narrativa seja mais rápida e dinâmica, e possibilita que pessoas sem tempo para assistir à obra completa possam assisti-la aos poucos, de postagem em postagem. De maneira geral, as contas em redes sociais não só favorecem a memória da peça, que passa a ficar disponível a todo momento, como também fazem com que o conteúdo ultrapasse a lógica do teatro presencial.
Os episódios publicados nas redes sociais criadas para a personagem são um projeto realizado com o incentivo do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (PROMIFIC). Para conferir o conteúdo é possível seguir a página no Instagram, no @fadafadamaria.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Personagem Fada Maria interpretada por Ana Almeida
Instagram: @fadafadamaria
Realização: Trupe Trinca Olho
Patrocínio: Banco do Brasil e Moinho Cidade Bela
Produção: Estratégia Projetos Criativos
Projeto realizado com o incentivo do PROMIFIC - Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura da Prefeitura de Ponta Grossa
Por que incluir o chá na rotina alimentar?
A vida fitness e a ideia de “reeducação alimentar” estão presentes na sociedade. Virou “moda”, por exemplo, o consumo de Kombuchá, um tipo de chá fermentado que pode ser feito em casa, mas é vendido no mercado por cerca de 15 reais a garrafa de 500mL. Entre tendências que influenciam uma vida saudável, às vezes é pouco lembrado, em meio à academia, suplementos alimentares e outros consumos da moda, que existe outra tendência, mais difícil de ser consolidada na Sociedade do Cansaço: a importância de valorizar a meditação, o alongamento, o consumo de produtos naturais e, enfim, o desacelerar. E um aliado da construção de uma rotina saudável, que reconhece a influência da mente no corpo, é o chá.
Em Ponta Grossa, percebe-se um cenário de, assim como no Brasil em geral, não consumo rotineiro de chá. Há apenas uma vendedora especializada na cidade, o que pode ser desanimador para aqueles que buscam uma rotina mais saudável. Porém, se há a crença de que preparar chá em casa é “perda de tempo” ou mais caro, é importante explicar que não é o caso.
Cultivo de plantas no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa | Foto: Cassiana Tozati
O tempo pode ser bem gasto porque o próprio processo preparatório do chá é considerado benéfico, pois a infusão se trata de um processo da Alquimia, utilizada, por exemplo, pelo fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung. Ele estudou o simbolismo alquímico como forma de desenvolvimento psíquico. Portanto, no preparo de um chá, e não apenas no seu consumo, o cuidado com a mente já se faz presente.
Em relação ao consumo, há um detalhe: o chamado “chá” se trata da infusão da “planta do chá”, Camellia sinenses (advinda da China e da Índia), que de acordo com seu preparo resulta nos famosos chás verde e preto. O chá verde, assim como o Kombuchá, ficou mais conhecido a partir da tendência do “matcha”, broto do chá verde em pó ou moído, que pode ser vendido por até 100 reais o pote de 100g. Os preparos considerados complexos do chá da Camellia sinensis, Kombuchá ou matcha justificam a industrialização e venda dos mesmos. Porém, o consumo de tais bebidas saudáveis pode ser mais simples do que parece, a partir da compra das ervas em lojas de produtos naturais, onde as gramas saem mais baratas, também é possível visitar a feira da cidade e encontrar inúmeras ofertas, ou até a partir de uma horta caseira.
As funções terapêuticas do chá são explicadas cientificamente de acordo com os benefícios atrelados à planta utilizada. Por exemplo, para ajudar com gastrite e com ansiedade, o chá de camomila pode ser feito em casa com a infusão de 1 colher de sopa das flores secas em 1 xícara de chá de água quente, e a muda da planta sai cerca de 15 reais. Portanto, para uma bebida tão antiga e saudável para o corpo e mente, é importante buscar consumi-la da forma mais natural possível, que pode ser a alternativa acessível também.
Por Cassiana Tozati
Serviço:
Jung e Alquimia: https://www.institutofreedom.com.br/blog/carl-gustav-jung-e-os-estudos-alquimicos/
Pesquisa sobre consumo de Kombuchá
Pesquisa que mostra necessidade de atenção para hortas caseiras
Crítica de Ponta #156
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você!
Os Campos Gerais a partir de 72 visões
Livro traz mais de 70 histórias sobre a região, contadas a partir da experiência dos autores
O livro Crônicas dos Campos Gerais conta com 72 textos de diversos autores, que relatam acontecimentos dos Campos Gerais a partir de suas próprias visões e experiências. Os textos percorrem vários lugares, como a Vila Ferroviária em Ponta Grossa, e a Praça da Matriz em Imbituva.
O livro, além de ser de rápida e fácil leitura, é ótimo para aqueles que desejam conhecer mais sobre os Campos Gerais. Cada crônica ocupa uma página e meia, então é possível ler aos poucos sem se perder nas histórias.
Foto: Academia de Letras dos Campos Gerais
A impressão que fica após a leitura, é que as pessoas devem prestar mais atenção no seu entorno, visto que pequenos acontecimentos do dia a dia podem render boas memórias e histórias.
Uma das crônicas que pode ser encontrada já no início do livro, por exemplo, tem como título “Rotina”, e foi escrita por Felipe Vieira da Silva. O texto foi escrito a partir da visão de Felipe sobre o momento em que pegava o ônibus no Terminal Central, e o trajeto percorrido até chegar ao seu ponto de desembarque. Na crônica, o autor descreve o momento em que começa a prestar atenção nas pessoas que encontrava todos os dias, como é o caso de um casal de idosos, alguns ambulantes e estudantes do Regente Feijó. O foco do texto é mostrar como toda essa situação virou um hábito, e a forma como a vida continua após descer em seu ponto final.
O texto, assim como vários outros do livro, mostra que os pequenos acontecimentos têm importância, e que os Campos Gerais não se resume a uma única história, mas é feito por várias memórias individuais.
Por Ana Barbato
Serviço:
Título do livro: Crônicas dos Campos Gerais
Coordenador do projeto: Mário Sérgio de Melo
Realização: Academia de Letras dos Campos Gerais
Centro de Eventos vira ‘deserto’ pós Munchen
Moradores da região confirmam que o espaço abandonado é alvo de vandalismo
O Centro de Eventos de Ponta Grossa é um dos principais locais do município para a realização de shows nacionais. Com 605 mil m², a área também é palco da Festa Nacional do Chope Escuro, a Munchen Fest. Porém, quando não é utilizado para eventos culturais, o local fica praticamente deserto. Como não tem finalidades além dos shows, o Centro de Eventos é alvo de abandono e vandalismo. Devido ao mau tempo, o pavilhão principal apresenta problemas na estrutura, como rachaduras nas paredes e tetos. A informação vem de moradores do núcleo Santa Terezinha, localizado no bairro Contorno.
Leonilda Galvão, de 70 anos, reside próximo ao espaço. A aposentada, que mora a mais de duas décadas perto do Centro de Eventos, revela que o local já foi melhor preservado pela prefeitura. Galvão relata que a maioria dos shows da 31ª edição da Munchen Fest precisaram ser realizados em palcos externos, enquanto o pavilhão sediava alguns shows de bandas alemãs com tempo limitado de até 30 minutos. Mas, o que revolta a moradora é a notícia de quando encontraram o corpo de um jovem próximo ao espaço. O caso ocorreu no início de dezembro, uma semana após o fim da Munchen Fest. Para Galvão, o corpo ser desovado próximo ao local é um problema de segurança pública.
Foto: Leriany Barbosa
A Secretaria Municipal de Turismo é responsável pelo local e, ao ser questionada sobre a segurança do espaço, a assessoria afirma que o Centro de Eventos conta com monitoramentos remotos e presenciais, realizados pela Guarda Municipal de Ponta Grossa. Porém, para o morador da região Matheus Luiz de Oliveira, a segurança parece não funcionar, pois o local é regularmente invadido. Ao visitar o espaço, a reportagem do Crítica de Ponta se deparou com um dos portões entreabertos. Oliveira lembra que a única manutenção realizada pela prefeitura regularmente é o corte da grama.
Construído em 1991, o local foi construído na gestão do ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho (1989-1992), especialmente para sediar a Munchen Fest e eventos de grande porte. O Centro de Eventos está localizado no núcleo Santa Terezinha, próximo ao 3º Regimento de Carro de Combate. Mas será que o espaço serve somente para shows? Acredita-se que a Prefeitura de PG precise investir e garantir a manutenção do Centro de Eventos, nem que seja para realizar campanhas de vacinação, como acontecia durante a pandemia, desde que utilize-o para atender demandas de interesse público na Cidade.
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Centro de Eventos, Av. General Aldo Bonde, núcleo Santa Terezinha, bairro Contorno, Ponta Grossa - PR.
Portais noticiosos de PG não valorizam Twitter para publicação de notícias
Os 5 perfis jornalísticos analisados apresentam pouco engajamento numa rede social útil para comunicação
O Twitter é uma rede social com presença de veículos jornalísticos, por possibilitar interatividade e a identificação de tendências. Em Ponta Grossa, de 5 veículos de notícias analisados, nenhum deles apresenta curtidas/comentários/compartilhamentos das publicações. A falta de engajamento demonstra o desinteresse do público leitor do jornal na rede específica pois, em outras redes, como o Facebook, a interação dos usuários com os veículos é maior. O comportamento do público reflete como os portais locais não buscam contemplar os leitores no Twitter.
O Twitter pode ser considerado uma rede de conscientização porque informa os usuários, com potencial de esclarecimento sobre atualidades, mas sem o aprofundamento de temas. A perspectiva é de um pesquisador de mídia digital e educador de jornalismo na Universidade da Colúmbia Britânica, Alfred Hermida, para quem o jornalismo deve saber usar a rede social como estratégia para alcance do público. É perceptível que não há estratégia de uso do Twitter pelos principais portais de notícias dos Campos Gerais, o que significa a perda de um público leitor que poderia ser contemplado.
Para publicação, os veículos resumem o título da notícia, adicionam o link da mesma para acesso do site noticioso, e aparentam esquecer da rede social após o processo. Não há interação com o público leitor, não há produção com linguagem específica da rede, como produção das populares threads (tweets que se complementam para ultrapassar os 140 caracteres), não são publicados vídeos ou fotos, gifs, e não existem comentários e compartilhamentos de conteúdo alheio. Os exemplos são estratégias utilizadas com finalidade comercial: plataformas de Streaming, por exemplo, que comentam os produtos e respondem a elogios e críticas de usuários. Considerando que as notícias são mercadorias, os produtores deveriam conhecer o público e buscar conexão com ele para ampliar e consolidar o consumo.
Os portais de Ponta Grossa, portanto, poderiam assumir uma postura ativa e proveitosa em uma rede social em que o público já costuma utilizá-la com o objetivo de consumir informações. Entender as lógicas que regem a rede social para aproveitar uma ferramenta gratuita e que tem possíveis leitores é importante para que a presença do jornalismo seja expressiva no ambiente digital, diminuindo o consumo de notícias produzidas por perfis não-especializados. Quanto mais o público da rede social reconhecer e credibilizar portais jornalísticos, menor a chance do consumo de notícias falsas ou antiéticas, por exemplo.
Por Cassiana Tozati
Serviço:
Rede social citada no texto: https://twitter.com
Artigo sobre estratégia de interação das Plataformas de Streaming: https://jovemnerd.com.br/nerdbunker/plataformas-de-streaming-interagem-no-twitter-e-dao-as-boas-vindas-ao-disney-plus/
Explicação dos termos “gifs” e “threads”: https://www.mlabs.com.br/blog/thread-do-twitter#:~:text=Thread%20significa%20linha%20ou%20fio,a%20gente%20que%20voc%C3%AA%20descobrir%C3%A1.
https://www.futuraexpress.com.br/blog/o-que-e-gif/
Série “Todo dia a mesma noite” revive tragédia registrada há 10 anos na Boate Kiss
Seriado transita entre o registro histórico e o desrespeito às famílias das vítimas
Em 2023, o incêndio na Boate Kiss, da cidade de Santa Maria (RS), completa 10 anos. O episódio deixou 242 pessoas mortas e 636 feridas. O seriado “Todo Dia a Mesma Noite”, disponível na Netflix, foi inspirado no livro homônimo escrito por Daniela Arbex. Ambas as obras caminham em uma linha tênue ao atualizar um acontecimento recente, que pode tanto registrar a memória como invadir o luto e a privacidade dos familiares, amigos e conhecidos das vítimas.
Os personagens apresentados na série são inspirados em vítimas reais, retratam as famílias, os amigos, as características das vítimas, e é assim ponto que a obra se torna psicologicamente pesada. Muitos telespectadores destacaram nas redes sociais o desconforto em acompanhar tão de perto as pessoas que faleceram na tragédia. Ao apresentar as características, o diretor da série optou por salientar o sotaque gaúcho, uma vez que a tragédia aconteceu em Santa Maria, no centro do estado. Porém, em alguns momentos, a fala se torna de certa forma não natural com gírias exageradas e sotaque forçado.
Foto: Divulgação Netflix
Com o foco nas personagens e no sofrimento, tanto o público quanto a minissérie se distanciam da motivação central que a obra deveria ter: um alerta para que não ocorra novamente. Ao enxergar apenas o horror, os jovens não se colocam na realidade retratada e não percebem que podem também vivenciar uma situação similar. Em Ponta Grossa, diversas casas noturnas poderiam sediar algo parecido por permitir a superlotação, contar com pouca ventilação e, inclusive, difícil saída de emergência.
Tragédias impactantes despertam a curiosidade do público. Contudo, é preciso direcionar a atenção para o alerta, não só para o horror e a exposição do desastre ocorrido. Essa é uma das intenções presentes no seriado: apontar uma história além dos boletins policiais, humanizar as vítimas e trazer a tragédia ao cotidiano de quem hoje assiste. Ao situar o espectador na cena do acontecido, a série alcança o objetivo de pautar e relembrar o problema social.
Por Bettina Guarienti
Serviço:
A série Todo Dia a Mesma Noite, lançada em 2023, tem 5 capítulos de cerca de 40 minutos cada e está disponível no serviço de streaming Netflix.
Uma moda ecológica em forma de Ecobag
Item passa a integrar o dia a dia de brasileiros que buscam hábito e consumo consciente
As ecobags, ou ‘sacolas ecológicas’ não são novidade no mercado, mas com a recente popularização nas redes sociais tornam-se um item ‘da moda’ cada vez mais utilizado entre jovens e adultos.
Procurada para os mais diversos fins, as sacolas ecológicas podem ser produzidas a partir de inúmeros materiais, como algodão, TNT, jeans ou a juta, por exemplo, uma fibra natural proveniente de uma planta com o mesmo nome. Versáteis, estilosas e com variedades de estampas, modelos, materiais e cores, o hábito entrou em voga e deixou de ser algo utilizado somente para compras, e pelas pessoas que, de alguma forma, preocupavam-se com o meio-ambiente.
De acordo com dados do Programa das Nações Unidas (UNEP - UN Environment Programme), aproximadamente 7 bilhões das 9,2 bilhões de toneladas de plástico produzidas de 1950 a 2017 se tornaram resíduos plásticos, que acabaram em aterros sanitários ou lixões. No Brasil, alguns estados já se mobilizam para evitar a poluição por sacos plásticos. No Amazonas, por exemplo, a venda e distribuição de materiais para o acondicionamento e transporte de produtos pelo consumidor final está proibida.
Foto: Mariana Gonçalves
Com a crescente popularização das temáticas ambientais, as ecobags passaram a ser uma alternativa às sacolas comuns ou até mesmo mochilas e bolsas tradicionais, segundo usuários. As ecobags também tornaram-se peças marcantes na composição de estilos e looks para o dia a dia. E, assim, diversas marcas famosas passaram a comercializá-las por valores elevados (por vezes, até abusivos), se comparados aos valores comumente encontrados nos mercados e estabelecimentos comerciais.
Seja por moda, estilo ou consciência ambiental, fato é que as ecobags vieram para ficar e, na maioria dos casos, para, ajudar as pessoas na busca pela diminuição dos plásticos descartados no meio ambiente.
Por Mariana Gonçalves
Serviço:
Programa da ONU ao Meio Ambiente - https://www.unep.org/pt-br Confira sugestão ao descarte de resíduos plásticos, acesse.
MUM apresenta poder vocal e de escrita em performance
Cantora realizou uma última apresentação de 2022 no Kingston Pub
O Kingston Pub, bar com temática jamaicana de Ponta Grossa, realizou uma programação especial para o aniversário de 1 ano do local. Quase no final das apresentações programadas, MUM tomava o palco no sábado, 17 de dezembro, timidamente cumprimentando quem estava presente. O que seguiu nos momentos iniciais foi, possivelmente, a demonstração de uma das performances expressivas da cidade atualmente.
Gabriela de Paula é o nome real de MUM, sigla que significa “Mais Uma Mulher”. Acompanhada de uma banda de qualidade inquestionável, a cantora interpreta as músicas sem medo das caras e bocas, com gestos quase coreografados e poder vocal. Em meio às músicas, conversa com o público e explica as motivações ao escrever as letras, sempre com um caráter realista e emocionalmente pesado.
Foto: Maria Helena Denck
Na apresentação realizada dia 17, MUM recriou alguns dos feitos do show no Sexta às Seis realizado em 2022. O que surpreende é que, mesmo em uma estrutura menor, mais fechada e que, com certeza, conseguiria expor defeitos com maior facilidade, o que parece é que a artista não só recria como melhora a cada dia a performance. Ela parece conhecer as próprias potencialidades, e não se acanha ao explorá-las ao máximo, música após música.
É possível destacar algumas performances que foram particularmente tocantes. Carcaça, poema musicado escrito por MUM, tem letra, instrumental e vocal carregados, e emociona quem escuta e consegue se identificar com o sentimento de ser uma mulher. Emudecer, parceria com Lilo, fica mais surpreendente a cada minuto que passa. O encerramento da apresentação, com interações entre a cantora e a banda, destaca cada um dos nomes que torna possível o show.
A performance no Kingston Pub foi a última de MUM e banda em 2022. Para acompanhar a programação de apresentações da cantora, a partir de janeiro/23, é possível seguir a artista no instagram (@maisunamulher).
Por Maria Helena Denck
Serviço:
MUM - Gabriela de Paula.
Apresentação no Kingston Pub dia 17 de dezembro de 2022.
Crítica de Ponta #155
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Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura de Ponta Grossa para você!
Caminho da despedida é um problema em cemitérios de PG
Espaço estreito de corredores que dão acesso a túmulos dificulta a mobilidade no local. Foto: Laura Urbano
Irregularidades nas calçadas e falta de planejamento são alguns dos obstáculos na acessibilidade local
Quando há a perda de alguém, o enterro é o momento de despedida, o caminho até o túmulo marca os últimos instantes, onde todos os que estão presentes expressam amor, saudade e dor. Mas estes “todos” podem ter algumas exceções.
A gestão do espaço público em Ponta Grossa dificulta a marcha e chegada para alguns, devido aos corredores estreitos, calçadas danificadas e até objetos, que se tornam obstáculos para aqueles que desejam se despedir e não conseguem por causa da falta de acessibilidade, como é o caso do Cemitério São João Batista, no bairro de Uvaranas.
Nos corredores principais do local há um amplo espaço, por onde é possível mais de três pessoas caminhar com facilidade. A calçada, mesmo que irregular, possibilita a passagem de cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção. Entretanto, nos corredores secundários, que abrem passagem para os demais túmulos, o espaço é estreito, evidenciando uma falta de acessibilidade e uma forma de descaso na gestão do espaço público que apresenta falhas na inclusão.
Em momentos delicados como a perda de alguém próximo, todos possuem o direito de participar da cerimônia de despedida. Preocupações com mobilidade e deslocamento não devem, ou ao menos não deveriam, estar na lista de pensamentos das pessoas presentes. A constatação, aqui, diz respeito ao Cemitério São João Batista, mas pode servir para avaliar a gestão pública de outros cemitérios da cidade. O mínimo esperado para tais ambientes é um caminho adequado para os passos de despedida. É tempo de aguardar e cobrar responsabilidade pública no planejamento e distribuição dos espaços de cemitérios em Ponta Grossa.
Por Victória Sellares
Serviço:
Cemitério São João Batista - R. Quinze de Setembro, 323 - Uvaranas / Ponta Grossa.
Escassez de editais públicos para audiovisual em PG desafia profissionais
Edital para produção de vídeos em curta-metragens na Cidade. Foto: Maria Helena Denck
Secretaria Municipal de Cultura lançou só dois chamados de projetos em 2022
Para quem mora em Ponta Grossa, ou mesmo para quem somente visita em um sábado durante a noite, a impressão é de que a cidade é um paraíso aos amantes da arte. A cena local possui produtores de música, artes visuais e audiovisuais. Para quem gosta do assunto, sabe que talento é o que não falta por aqui e compreende também que nenhum cenário artístico floresce e sobrevive sem incentivo, principalmente o financeiro. Uma das formas que os artistas encontram para financiar suas obras são os editais da Secretaria Municipal de Cultura.
Uma das áreas que precisa de auxílio financeiro para produção é a do audiovisual. Gastos com equipamentos, equipe de apoio e a própria mão de obra artística custam dinheiro e tempo. Em 2022, até o mês de Novembro, a Secretaria de Cultura lançou apenas dois editais que tratam especificamente de produtos audiovisuais: um para projetos de curta-metragens e outro para projetos cine-foto-vídeo.
Alguns pontos se assemelham entre os dois editais. Primeiramente, o valor destinado para os dois é o mesmo, de 30 mil reais. Requisitos aos participantes, como moradia comprovada em Ponta Grossa por pelo menos 6 meses antes da divulgação do edital também se repetem nos dois documentos. É interessante notar que, nos casos específicos de apoio às obras audiovisuais, o tempo das obras é curto: de 1 a 10 minutos, combinando ambos os editais. E o mesmo acontece com o valor proposto para cada projeto. O prêmio aos vencedores pode variar de 1 mil a 10 mil reais, dependendo da classificação e do edital selecionado. Nos dois casos, a seleção considera quesitos como originalidade, qualidade e relevância cultural.
Em 10 meses, a quantidade de editais para obras audiovisuais produzidas em Ponta Grossa é modesta e menor ainda é o tempo de cada obra, com os editais se resumindo ao financiamento de curtas. É possível elogiar, porém, o valor das premiações, que reconhecem o trabalho dos artistas como relevantes para a cultura da cidade e possibilitam que ponta-grossenses demonstrem o poder da sétima arte.
Por Maria Helena Denck
Serviço:
Os editais propostos para a área de cultura da cidade estão disponíveis no site da Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa, pelo endereço: https://cultura.pontagrossa.pr.gov.br/editais/
Rádio ponta-grossense envia correspondente ao Catar e se destaca durante copa
Lagoa Dourada FM envia o correspondente Osires Nadal ao Catar durante a copa de 2022. Foto: Leriany Barbosa
Com informações transmitidas por Osires Nadal, a Lagoa Dourada FM não poupa esforços para uma cobertura completa dos jogos
A rádio Lagoa Dourada FM (105,9) investe em notícias e transmissões ao vivo sobre os jogos da Copa do Mundo, que em 2022 acontece no Catar. A estação age em parceria com a Rádio Gaúcha FM, de Porto Alegre e as informações vêm diretamente do país sede da copa, através do correspondente Osires Nadal. No geral, são dois programas esportivos que vão ao ar, além de transmissões dos jogos da seleção brasileira. A Lagoa Dourada FM não é uma das rádios consideradas 'campeãs' de audiência na cidade, porém é a que se destaca com transmissões completas dos jogos feitos em tempo real.
O correspondente Osires Nadal faz entradas ao vivo tanto no programa Manhã Total Esporte, de Alceu Bauer, como no Esporte Lagoa Dourada, comando por Dudu Guimarães e Peixoto. Ambos os programas possuem 1 hora de duração e dispõem de, ao menos, 30 minutos para as notícias sobre a Copa do Mundo no Catar. A diferença entre um programa e outro é que o programa matinal conversa com o correspondente do Catar ao final, já o programa noturno começa com os destaques da copa.
O interessante da cobertura da rádio Lagoa Dourada é a junção do tradicional com o contemporâneo, pois a emissora segue um formato radiofônico em que o correspondente entra ao vivo, conversa com os ouvintes e com o locutor, mas também, devido à internet e as redes sociais, divulga imagens e vídeos das informações repassadas. Entre as notícias divulgadas por Osires Nadal, a maioria é nota sobre treinos da seleção brasileira, coletivas com o técnico Tite e principais jogadores, além de integrantes do público que frequenta os arredores do estádio, localizado na cidade de Doha.
Mas engana-se quem pensa que a transmissão da Copa do Mundo de 2022, feita pela rádio Lagoa Dourada FM, foca somente em notas informativas. Pelo contrário, Osires Nadal traz entrevistas com jogadores da seleção e realiza transmissões das partidas em que o Brasil entra em campo. Enquanto o correspondente do Catar divulga as informações quentes, a equipe de radialistas de Ponta Grossa analisa os jogos de todas as seleções com a participação ativa de ouvintes através dos programas compartilhados na íntegra. É um jeito inovador de transmitir futebol pela rádio com ajuda da internet.
Por Leriany Barbosa
Serviço:
Rádio Lagoa Dourada FM – 105,9
Programa Manhã Total Esporte, das 11h ao meio dia, com Alceu Bauer
Programa Esporte Lagoa Dourada, das 19h às 20h, com Dudu Guimarães
Estudantes apresentam visões de mundo na exposição Olhares Diversos
Entre as temáticas pintadas estão o sentimentalismo e a natureza. Foto: Isadora Ricardo
Artistas têm oportunidade de expressar sentimentos e gostos através de pinturas a óleo na Galeria Ponto Azul
A exposição Olhares Diversos: A pintura é a poesia sem palavras, produzida por 11 alunos adultos do centro cultural Casa Leonardo, ilustra a visão de mundo dos artistas por meio de pinturas em tela. Expostos na Galeria Ponto Azul no mês de novembro, a maioria dos quadros retrata a natureza. Entretanto, ilustrações de romances, solidão, corpo feminino e releitura de obras religiosas também estão entre os assuntos pintados pelos estudantes
O potencial dos artistas se apresenta nas técnicas empregadas. Para alcançar o efeito de preenchimento nas obras de natureza, por exemplo, os artistas utilizaram a técnica de batidinhas, além de aplicar cores que remetem ao meio ambiente e ao campo, como diferentes tons de verde, marrom, laranja, vermelho e amarelo. A composição de diferentes elementos resulta em pinturas reais que colocam o visitante no ambiente retratado pelas telas.
Na exposição, outra pintura com tons predominantes de azul que parece ser ambientada em uma praia, traz uma mulher de chapéu ao centro, pisando na água. Na obra, a perspectiva da artista remete a um sentimento de solidão. O na pintura é visto pelas cores empregadas e pela técnica de profundidade da personagem representada.
Fora do universo da natureza, mas com arte também voltada à solidão, o retrato de um senhor sentado em bancos na cidade retrata uma cena cotidiana em uma imagem de situações rotineiras presenciadas no dia a dia. As cores, pinceladas e a própria situação representada vislumbram um retrato da vida social.
Muitas vezes, as exposições são de obras de pintores conhecidos ou renomados. Oportunizar que estudantes apresentem trabalhos experimentais é uma forma de garantir divulgação e, ao mesmo tempo, possibilitar que moradores da Cidade também tenham acesso às produções da autoria de profissionais em formação nas artes plásticas.
Por Isadora Ricardo
Serviço:
Exposição: Olhares Diversos: A pintura é a poesia sem palavras
Local: Memorial Ponto Azul, na Praça Barão do Rio Branco
Exposição finalizada
O “clima natalino” é para todos em PG?
Atração na Praça Barão do Rio Branco. Foto: Lincoln Vargas
Prefeitura Municipal promete descentralizar decorações natalinas com o investimento para cinco praças da cidade
A construção de um clima natalino é essencial no final do ano. Porém, é necessário avaliar a que custo se obtém uma ambientação de natal inspirada pelos filmes norte-americanos. Em Ponta Grossa, árvores e flores de natal, cordões de luz, mangueiras de LED, guirlandas, entre outros itens festivos, custam, de acordo com o edital de novembro, R$ 294.236,85 destinados à Secretaria Municipal de Cultura.
Além de decoração, a Prefeitura Municipal investiu em atrações: no Lago de Olarias, acontecerá o “Show das Águas” com o uso de R$ 747.500; e serão destinados R$ 125 mil para o “Natal Encantado” no Jockey Clube, que passa a ser aberto ao público disposto a pagar pelo ingresso. A partir das informações, é necessário analisar se os gastos são coerentes com as demandas da população e se o “clima natalino” vai mesmo contemplar a todos.
O edital dos investimentos para Secretaria de Cultura, não especifica os locais que serão decorados, e promete-se, por meio de release da prefeitura, descentralização das festividades com a decoração de cinco praças. Uma das justificativas que consta no edital é o objetivo de movimentar o comércio com a inserção de Ponta Grossa no roteiro turístico natalino. É preciso fiscalizar se o movimento surge também da preocupação governamental com o comércio de vilas, por exemplo. A falta de descentralização pode tornar óbvio o favorecimento à determinado grupo de empresários que atuam na região central.
É coerente, também, avaliar se os investimentos refletem as necessidades da maior parte da população. A justificativa de movimentar o comércio para “gerar novos empregos”, por exemplo, pode ser simplista no atual contexto de desemprego e instabilidade financeira. O dinheiro destinado às decorações propagandeadas de final de ano não condiz com a realidade dos pontagrossenses, onde 2022 foi marcado pelo fechamento de Unidades Básicas de Saúde, exclusão de grupos em relação ao transporte público, e favorecimento de setores empresariais.
No final das contas, é preciso verificar se o custo de movimentar o comércio e atrair turistas é a atitude coerente, no momento, para garantir direitos básicos (saúde, educação, transporte) aos pontagrossenses. Muitos estarão de fora dos benefícios para festividades e a proposta de construir o “clima natalino” de união e solidariedade se mostra inconsistente no atual cenário.
Por Cassiana Tozati
Serviço:
Diário oficial de 5 de novembro: https://www.pontagrossa.pr.gov.br/files/diario-oficial/2022-10-05-ed3446.pdf
As atividades incluem as praças do Bom Jesus, Santo Antônio, Barão do Rio Branco; Jardim Canaã e Praça Simon Bolívar, e vão até dia 23 de dezembro.
Restaurante é ponto de encontro para quem gosta ou quer conhecer a comida coreana
Churrasco coreano é um dos principais pratos do cardápio. Foto: Ana Barbato
Cardápio oferece 17 pratos tradicionais da Coreia, entre as opções para conhecer outros sabores
O Restaurante Choi, localizado no bairro Órfãs em Ponta Grossa, é o único a oferecer pratos tradicionais da culinária coreana na cidade. O cardápio conta com 17 pratos, como bibimbap, japchae e kimbap, que se destacam pela diversidade de ingredientes e sabores.
A opção escolhida para degustação foi o churrasco coreano. O combo serve quatro pessoas e contém 1kg de carne (bulgogi, jeyuk bokkeum e samgyeopsal), sete acompanhamentos, quatro tigelas de arroz oriental e folhas de alface. Na opção, uma grelha elétrica é colocada sobre a mesa, onde os próprios clientes podem assar a carne. Um dos acompanhamentos é o prato típico coreano kimchi, uma mistura de hortaliças (como acelga e repolho) e molho vermelho bem apimentado. A opção é pertinente para aqueles que desejam experimentar um pouco de tudo.
Algo que pode-se destacar é que os acompanhamentos ajudam a equilibrar a refeição, principalmente para pessoas que não são acostumadas com pimenta. A batata com shoyu, que é mais doce ajuda, por exemplo, a amenizar a picância dos demais itens.
A experiência vale a pena para experimentar comidas típicas de outro país e conhecer diferentes culturas. De primeira, algo que pode assustar é o preço dos pratos que variam de R$35 até R$250. Porém, a maioria das opções possui mais de quatro acompanhamentos e serve de duas a quatro pessoas, ideal para dividir com a família ou amigos. O mesmo vale para o Soju, destilado famoso da Coreia do Sul produzido à base de batata doce, arroz e cevada, que custa R$43 com 360ml e também pode servir até quatro pessoas. Apesar da pimenta ser utilizada com frequência nos pratos, há opções que não possuem o ingrediente. Basta o cliente se atentar ao cardápio.
Por Ana Barbato
Serviço:
Endereço Restaurante Choi: R. José Bonifácio, 229 - Órfãs, Ponta Grossa - PR, 84015-450.
Cardápio: https://restaurante-choi.goomer.app/menu