Curso de Jornalismo UEPG comemora 35 anos com o lançamento de livro
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- Categoria: UEPG
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Projetos de extensão são o tema para comemorar o aniversário do curso de Jornalismo UEPG
Em comemoração ao aniversário de 35 anos, o curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa organiza coletânea de textos. A proposta em forma de livro, é coordenada pelos professores Marcelo Bronosky, Ivan Bomfim e Muriel Amaral. O material, escrito em parceria entre professores, ex-professores e acadêmicos, faz parte de uma ação em homenagem aos anos de curso, juntamente com vídeos-relatos - disponíveis nas redes sociais - e um selo comemorativo.
Criado em 1985, o curso é responsável pela formação de mais de 1000 profissionais. Ao longo da história, diversos professores e colaboradores integraram o quadro do Departamento de Jornalismo (Dejor). A ideia do lançamento surgiu naturalmente, pois a escrita é comum em comemorações da graduação a cada cinco anos. O tema escolhido para a edição foca nos projetos de extensão, os atuais e aqueles desenvolvidos em mais de três décadas. “A extensão é um dos eixos do curso e, neste momento, anda recebendo muita atenção pelos estudantes e professores”, afirma o professor Bronosky ao explicar o motivo da escolha pelos projetos.
Os artigos são de autoria dos coordenadores de projetos e alunos participantes. As páginas discutem sobre a prática da extensão, avaliando dificuldades e colaborações às comunidades atingidas, pois esse é o desafio da extensão. O livro registra seis trabalhos, alguns em conjunto entre docentes e alunos, que tematizam diversas experiências extensionistas nos 35 anos de Jornalismo UEPG e projetos específicos como o Cultura Plural e o Lente Quente.
De acordo com uma das participantes da ação, a estudante Manu Benicio, houve uma maior participação dos professores, mas foi importante para ela participar do projeto. “É importante a participação em projetos de extensão e pesquisa, pois destaca alguns momentos dos 35 anos do Curso”, conclui a coautora do texto sobre a produção fotojornalística do Lente Quente.
A obra será lançada em versão digital e está prevista ainda para o primeiro semestre de 2021. O coordenador avalia a possibilidade de lançar uma cópia impressa. “A versão física ainda está em negociação”, comenta. Outras informações sobre o projeto e o lançamento da coletânea, podem ser encontradas no site do departamento.
Ficha técnica:
Repórter: Tamires Limurci
Supervisão: Sérgio Gadini
Atletas se preparam para a 10º edição do JOIA
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- Produção: Emelli Schneider e Vanessa Galvão
- Categoria: Esporte e Lazer
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A expectativa é que os jogos reúnam um público de 15 mil pessoas entre atletas e espectadores
Novembro de 2011. Nove atléticas em busca de campeonatos esportivos. Pleno período eleitoral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Neste contexto surgem os Jogos Inter Atléticas de Ponta Grossa (JOIA). 10 anos depois a competição é considerada uma das maiores de Ponta Grossa. Em 2022, os jogos serão realizados entre os dias 12 e 20 de Novembro. A Arena Joia vai acontecer no Clube Verde, já as competições esportivas vão ocorrer nos ginásios, Oscar Pereira, Zucão, Arena Multiuso, nas quadras e pista do Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e nos espaços do Clube Verde.
Em sua última edição realizada em 2019, o evento contou com a participação de aproximadamente 14 mil pessoas entre atletas, participantes e espectadores em todos os seus cinco dias de competição. Este ano a expectativa é que o evento movimente 15 mil pessoas.
Foto: Gustavo Santos
Durante todo o ano, as atléticas, cheers e baterias, realizam treinamentos visando a competição. “A gente foca muito no desenvolvimento, tem que treinar, ir atrás de quadras externas. Estamos participando de campeonatos como forma de treinamento”, destacou o presidente da atlética Caóticos (Saúde - Unicesumar), Carlos Miguel de Oliveira Júnior.
O JOIA conta com a participação de 20 atléticas de universidades públicas e privadas do município, que competem na primeira e segunda divisão. Os jogos contam com 12 modalidades, sendo elas individuais e coletivas. Os esportes são atletismo, basquete, futebol de campo, futsal, handebol, natação, judô, vôlei de quadra, vôlei de praia, tênis de quadra, tênis de mesa e xadrez. Sendo o futebol de campo a única modalidade que conta apenas com a competição masculina, enquanto, o xadrez é o único esporte misto, as demais modalidades contam com competições femininas e masculinas.
Importância
O presidente da comissão organizadora do evento, Matheus Milléo, comenta que hoje em Ponta Grossa não existe nenhum campeonato como o JOIA. O atual gestor ainda explica que a organização tenta deixar o evento cada vez mais profissional, com o intuito de incentivar as atléticas a participarem da competição e que assim as mesmas acabam se profissionalizando mais.
Quem sua a camisa na disputa também reconhece a importância do evento. Francisco da Assunção Ferreira Junior, presidente da atual campeã XV de Outubro (Engenharias - UTFPR), comenta que o campeonato é importante tanto para o meio acadêmico quanto para o meio universitário. “JOIA PG é o maior Jogos inter atléticas do estado, com nível esportivo altíssimo, proporciona não só a oportunidade de integração por meio do esporte, mas também uma experiência pessoal para todos que participam”.
As atléticas que compõem as universidades privadas da cidade também reconhecem a importância da competição no município. O presidente da Associação Atlética Império Jurídico (Direito - Cescage), Eduardo Lirman, comenta que o evento é bastante relevante para a integração entre os estudantes. “A competição ajuda no crescimento dos participantes, mudando totalmente a visão que as pessoas têm das atléticas universitárias”. Lirman ressalta que o evento atualmente conta com um grande público que vem de fora da cidade apenas para prestigiar a competição.
O JOIA também influencia na economia da cidade, porque ele movimenta o comércio, sejam eles as grandes redes ou autônomos, podendo influenciar também a rede de hotéis. É o que comenta o vereador Geraldo Stocco, que propôs dentro da câmara municipal, que uma linha de ônibus atue ligando os espaços da competição. O projeto prevê a locomoção durante todo o dia para os universitários cobrando o valor de uma passagem normal, a ideia é ajudar na viabilidade entre os ginásios e a Arena JOIA.
Investimento
Em suas 10 edições o evento esportivo não contou com nenhum incentivo financeiro por parte do município, todos os gastos são arcados pela Liga e pelas atléticas. “Fazemos a cotação de árbitro, de ginásio, tentamos o máximo não gastar, utilizando ginásios públicos e a UEPG, o Clube Verde é um grande custo que temos”, comenta Milléo. As atléticas também investem na competição, pois precisam pagar a inscrição de cada esporte, no entanto, geralmente esse valor que é investido acaba sendo revertido para as atléticas. O presidente ainda explica que esse dinheiro não é pago pela CO, mas adquirido através da venda de pulseiras e produtos.
Uma iniciativa pretende conceder o título de entidade pública às Atléticas, possibilitando assim que elas recebam recursos públicos. “Tornando entidades públicas elas podem receber uma verba para comprar materiais esportivos, uniformes, reformar tabelas. Enfim elas têm a possibilidade de trabalhar e ter um preparo maior para os jogos” explicou o vereador Geraldo Stocco, um dos responsáveis pelo projeto de lei proposto.
Ficha técnica:
Reportagem: Emelli Schneider e Vanessa Galvão
Edição e publicação: Janaina Cassol
Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli e Marcelo Bronoski
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Ricardo Tesseroli
Arte em pedaços: Mural do Escadão da Ronda é destruído por empreendimento imobiliário
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- Produção: Maria Luiza Pontaldi
- Categoria: Expressões culturais
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Espaço que foi reformado no ano passado é marco para a cultura do Grafite na cidade
O cenário do grafite em Ponta Grossa possui alguns locais marcantes como a escadaria na avenida Visconde de Taunay, conhecida como “Escadão da Ronda”. Desde os anos 2000, o local virou tela para artistas de grafite da cidade e região, que passaram anos deixando suas marcas trazendo cor, arte e cultura ao local. Porém, com o terreno ao lado sendo preparado para a construção de um imóvel, uma parte considerável do escadão foi destruída sem aviso prévio aos artistas ou consulta com quem utiliza a escadaria diariamente.
Jackson Paes, artista de grafite, foi quem denunciou a situação em suas redes sociais. Enquanto passava pela avenida, assustou-se com a situação do mural. “Fiquei triste mesmo, porque ali é um marco para a cidade. Antes mesmo de eu começar a pintar, já tinha grafite ali”, relata o artista. A destruição aconteceu menos de um ano após a última renovação da pintura do local, em novembro de 2021. “O escadão é um mural de anos, um marco para a arte de rua e para o grafite que infelizmente foi destruído”, reflete.
Foto: Maria Luiza Pontaldi
Paes foi um dos responsáveis pela segunda edição do evento Graffiti no Escadão em 2021, que renovou a pintura do local a partir da temática da Consciência Negra. A primeira edição do evento aconteceu 12 anos antes e, até o ano passado, estava desgastada. A partir disso, surgiu a ideia de organizar um novo evento, dando oportunidade a artistas de outras localidades para participar e a iniciativa teve apoio da, na época, Fundação Municipal de Cultura (atualmente Secretaria de Cultura).
O artista Maurício Oliver participou da segunda edição do Graffiti no Escadão. Ele veio de Guarapuava a Ponta Grossa apenas para participar do evento. “Quando fizemos a renovação, recebemos muitos comentários e elogios do público. Ficou um espaço muito legal para a população e para os artistas envolvidos”, afirma Oliver. O artista lamenta a situação, já que o trabalho de poucos meses ainda estava intacto. “Isso com certeza afeta a arte geral. Fica um clima bem tenso e desconfortável para os artistas e para a população”, finaliza.
Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa afirma que o Escadão faz parte do passeio de uma propriedade privada e, já que se trata de uma área particular com responsabilidade voltada ao dono do imóvel, não cabe à Prefeitura proibir modificações que serão efetuadas no local.
Ficha Técnica
Reportagem: Maria Luiza Pontaldi
Edição e publicação: Tamires Limurci
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
Projeto musical Sexta às Seis completa um ano fechado
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Iniciativa promovia apresentações de rock no centro de Ponta Grossa
O cancelamento da temporada de 2020 do Sexta às Seis, projeto em que bandas de rock de Ponta Grossa e região se apresentam no centro da cidade, foi anunciado no dia 27 de abril de 2020, exatamente 15 meses atrás. O motivo do cancelamento? A pandemia de covid-19.
Erick Moro Conche (21) relata que teve seu primeiro contato com o projeto por meio de um amigo. Após formar a banda Format Factory, ele e seus companheiros se inscreveram no edital do Sexta. "Ninguém da banda tinha tocado em cima de um palco ainda. O Sexta às Seis foi o primeiro show de verdade. A banda que ia tocar depois da gente era bem conhecida, então naquele dia a gente bateu o recorde de público e pra gente foi uma experiência muito legal”, relata o guitarrista da banda.
Erick conta ainda que houve iniciativas, no começo de 2020, de fazer o evento pela internet e na rádio, mas que sente falta do presencial. “O Sexta às Seis na rádio, eu participei, mas não se compara a estar no Ambiental e curtir com a galera, sentindo a música e vendo pessoas conhecidas fazendo algo por amor”, relembra o músico.
A Fundação Municipal de Cultura (FMC) informa que decidiu cancelar o projeto por tempo indeterminado para evitar aglomerações.
Foto: Arquivo Lente Quente / Levi de Brito
Histórico
O Sexta às Seis surgiu em 1990 na Concha Acústica da Praça Barão do Rio Branco, em Ponta Grossa. O objetivo era servir como atração para as pessoas que esperavam o ônibus no terminal que existia bem ao lado do Ponto Azul. Segundo Elisângela Schmidt, assistente cultural da FMC, nessa época as atrações eram bandas, grupos folclóricos, de dança e teatro.
A primeira atração do projeto foi a Banda-Escola Lyra dos Campos. O evento acabou se expandindo e ficou conhecido como o palco do rock, recebendo bandas como Made in Brazil, Angra, Ratos de Porão e The Kult.
Segundo Elisângela, de 2014 a 2019 o projeto realizou 181 shows em 79 sextas-feiras. Durante este período, foram registradas as inscrições de 244 bandas ponta-grossenses, com 104 delas sendo selecionadas em pelo menos um ano. A verba para o projeto varia por conta dos valores de estrutura. Em 2019, a verba destinada somente para a premiação foi de R$ 24 mil - equivalente a R$ 1,2 mil por banda.
Para Elisângela, “a falta de um evento tão característico e histórico da cidade, em que os frequentadores já tinham um ponto de encontro toda sexta para reunir os amigos, assistir e conhecer novas bandas, causou um impacto. Durante a pandemia, tivemos a privação de tudo isso, nas mais variadas escalas e ambientes, e na mesma linha de raciocínio, isso se aplica aos músicos, que ficaram sem os palcos para mostrar seus trabalhos e tiveram que migrar para palcos digitais e se reinventar.”
Esta não é a primeira ocasião em que o Sexta deixa de acontecer. Por outros motivos, que não a pandemia, o projeto foi interrompido pela primeira vez em 1999 e voltou em 2005. Em 2008, foi descontinuado e retornou em 2011.
Carlos Phantasma, diretor do Departamento de Cultura da Fundação Municipal de Cultura, informou que o Sexta às Seis está no plano de ações e de atividades culturais da Fundação e retorna assim que essas atividades forem liberadas.
Ficha técnica
Reportagem: Levi de Brito
Edição e Revisão: Ana Paula Almeida e Deborah Kuki
Publicação: Ana Paula Almeida
Supervisão: Jeferson Bertolini, Marcos Zibordi, Maurício Liesen
Pesquisa busca identificar utilização dos recursos da Lei Aldir Blanc por artistas de PG
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