Semana da Comunicação da UEPG discute jornalismo pós-pandemia
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Evento traz pesquisadores e profissionais do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro
Entre 25 e 27 de outubro acontece, via internet, o tradicional evento do curso de Jornalismo de Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a Semana de Comunicação. Será a 30ª edição do encontro que, neste ano, aborda a produção jornalística em contexto pós-pandêmico. Além das mesas de debates, com dois convidados a cada manhã, ocorrerão oficinas, no período da tarde.
A abertura, na segunda-feira, dia 25 de outubro, trata de novas perspectivas da produção científica após o período mais grave da pandemia de Covid-19. Esta mesa reunirá uma pesquisadora paulistana e outra paranaense, conforme detalhado na programação abaixo.
No mesmo dia 25, durante a tarde, acontece a primeira oficina da 30ª Semana de Comunicação. Será proposto um exercício de reportagem visual sobre a pandemia.
Na terça-feira, dia 26, pela manhã, dois profissionais, um paulistano e outro do Rio de Janeiro vão tratar, respectivamente, do mercado editorial para livro-reportagem e de agência de notícias de periferia.
Na tarde do dia 26, a proposta de oficina envolve manipulação de som e imagem, tema fundamental em um mundo de fake news e adulteração de conteúdos, noticiosos ou não.
O evento será encerrado na quarta-feira, dia 27, com a apresentação de projeto de abrangência mundial relativo a indicadores de credibilidade jornalística, o The Trust Project.
Programação:
25/10, 9h30:
Produção científica pós-pandemia: novas perspectivas
Profa. Dra. Eliza Bachega, Escola Superior de Propaganda e Marketing
Profa. Dra. Monica Fort, Universidade Tuiuti do Paraná.
25/10, 14h:
OFICINA - Proposta de pauta para reportagem visual sobre a pandemia
Prof. Dr. Marcos Zibordi, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade de São Paulo (USP)
26/10, 9h30:
Mercado de trabalho e atuação, outras perspectivas
André Fernandes, criador da Agência de Notícias das Favelas (ANF), Rio de Janeiro
Israel Dideoli, criador e editor da Casa Flutuante, editora especializada em livro-reportagem, São Paulo
26/10, 14h:
OFICINA – Softwares de manipulação de som e imagem: pós-produção e fake news
Rodrigo Matiskei, profissional do audiovisual e docente do Senac, São Paulo
27/10, 9h30: The Trust Project no Brasil: experiência com um sistema de indicadores de credibilidade
Francisco Belda, professor da Universidade Estadual Paulista, Unesp
Ficha Técnica
Publicação: Ana Moraes
Supervisão de Publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen
Professores da UEPG repudiam ação contra jornalista José Maschio
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Um post em rede social informa que a juíza substituta de Londrina denunciou o jornalista José Maschio (o Ganchão), que também atuou como professor na Universidade Estadual de Londrina e é dirigente do Sindijor Norte/PR, por conduta irregular. Ele foi intimado a prestar esclarecimentos à polícia na segunda-feira (27) sobre uma publicação que fez no dia 11 de setembro, denunciando a participação da juíza da 6ª Vara Criminal de Londrina, Isabelle Papafanurakis Ferreira Noronha, nas manifestações antidemocráticas de 7 de setembro. A magistrada quer ainda a retratação pública do jornalista e a retirada do conteúdo publicado.
A atitude autoritária da magistrada revela uma prática de quem gostaria que as manifestações públicas (como atos contrários ao estado de direito, por exemplo) fossem silenciados pela mídia, jornalistas independentes e a própria população. Em 17/09/2021, o SindiJor Norte/PR informou que a "juíza militante vai ser investigada em sindicância do TJPR em meio a ameaças de processo".
Os docentes de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa se somam às manifestações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e diversas entidades profissionais em defesa do direito à expressão, crítica e, acima de tudo, informação pública que envolva representantes do poder legislativo, judiciário ou executivo.
Defender a Constituição, a democracia e o direito à expressão constituem uma prática permanente, seja em Londrina, Curitiba, Brasília ou qualquer outro lugar. Manifestamos nossa solidariedade ao jornalista e aos profissionais que enfrentam ataques e intimidações no pleno exercício do seu trabalho.
Ponta Grossa, 28 de setembro de 2021.
Sindicato dos professores defende retorno das aulas após 70% da população vacinada
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- Produção: Lucas Ribeiro
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Associação entende que momento não é propício para ensino presencial
O Sindicato dos Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (SindUEPG) defende publicamente que o retorno das aulas presenciais na universidade ocorra só após a vacinação de 70% da população da cidade. O Sindicato entende que o momento não é propício para o retorno das aulas, já que grande parte da população do município, incluindo os alunos, ainda não foram vacinados contra a Covid-19.
A professora da UEPG Regina Stori, membro da direção do SindUEPG, reitera que o retorno às aulas deve acontecer após a imunização em massa. Ela toma como base a pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) que apontou 70% como o número necessário para o retorno das atividades escolares. “É somente a partir de 70% que temos a possibilidade de criar uma imunidade coletiva, antes disso o risco de retorno das atividades é grande demais”, diz.
Saúde
A infectologista Gabriela Gehring explica que a porcentagem entre 60% e 70% é a faixa em que a população de um local passa a desenvolver a chamada “imunidade coletiva”, também conhecida popularmente como “imunidade de rebanho”. Nesse momento, ocorre menor circulação do vírus graças à intensa imunização. Gabriela afirma que a primeira dose da vacina já surte um efeito imunizante na pessoa, mas apenas após as duas doses que a imunização se completa. “A pessoa está definitivamente vacinada logo depois de duas semanas após a aplicação das duas doses.”
Foto: Lucas Ribeiro
Ivan Bomfim, professor do departamento de Jornalismo da UEPG, não vê a menor possibilidade de retorno às aulas presenciais na instituição antes que toda a população de Ponta Grossa receba as vacinas. Para ele, a prudência e a responsabilidade no combate à pandemia devem ser mantidas em primeiro lugar durante este período até que, de forma segura e com vacina para todos, as aulas possam retornar. “Eu espero que a decisão de não voltar com as aulas seja mantida enquanto a situação da pandemia não estiver controlada”, comenta o professor.
A UEPG, por meio da coordenadoria de comunicação social, afirma ainda não haver nenhuma previsão de retorno das aulas presenciais na instituição durante o ano de 2021.
Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Acesse a edição completa em https://periodico.sites.uepg.br/index.php/foca-livre
Ficha técnica
Repórter: Lucas Ribeiro
Editora de texto: Maria Eduarda Ribeiro
Publicação: Gabriel Clarindo Neto
Supervisão Foca Livre: Jeferson Bertolini, Muriel Emidio e Rafael Kondlatsch
Supervisão Site Periódico: Marcos Zibordi, Maurício Liesen
Pela primeira vez, calouros da UEPG ingressam no ensino remoto
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- Produção: Débora Kuki
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Entrada de novos acadêmicos foi adaptada por conta do isolamento social da pandemia
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu centenas de novos estudantes no último dia 14 de junho. É a primeira vez da Instituição em que os alunos ingressam de forma remota, já que todos os outros vestibulares selecionavam para o ensino presencial.
Em função da pandemia, a universidade permanece com o ensino de forma remota desde 16 de março de 2020. A decisão foi tomada como medida preventiva contra o Covid-19, segundo as orientações da Secretaria de Saúde do Paraná.
Amanda do Prado Leal (20), caloura do curso de Ciências Contábeis, relata que sempre teve vontade de ingressar na faculdade e que isso a motivou a fazer o vestibular, além de que já possuía os equipamentos para acompanhar as aulas de casa, o que também foi algo positivo para tentar o ensino superior mesmo com as aulas online. A aluna destaca que pelo fato de estar grávida, o ensino remoto se torna uma alternativa melhor para ela e que mesmo com a gravidez, não se transformou em um obstáculo para que tentasse realizar uma graduação. “Fazer uma faculdade exige muito do seu tempo para fazer as atividades, trabalhos, estudar para as provas. Quando fui fazer o vestibular, eu já sabia que estava grávida, mas mesmo assim eu não pensei em desistir”, afirma.
Larissa Lillo Del Pozo Malinski (18), caloura do curso de Jornalismo, aponta como um desafio conseguir estudar para o vestibular durante a pandemia, o que exigiu ter muito foco e seguir uma rotina de estudos. A caloura conta que seu maior objetivo era ter uma graduação e que o ensino a distância não foi um empecilho para seguir esse sonho, mas que gostaria de ter ingressado no curso de maneira presencial. “A adaptação à vida com o EAD foi inevitável e mais segura, porém, com certeza preferiria as aulas presenciais pelo fato que, mesmo com o distanciamento, conhecer os alunos seria um refúgio para transformar a rotina monótona vivida há um ano”, destaca.
Diego Ramon Barreto Constantin (20), calouro no curso de Engenharia Civil, também conta ter tido dificuldade em estudar para a prova na pandemia. Por conta do trabalho, o aluno achou difícil manter uma rotina de estudos e se sentia desmotivado por estudar sozinho. Outro ponto relatado por Diego é a necessidade que teve de comprar um notebook para poder acompanhar as aulas e baixar os programas referentes ao curso. Por morar em Carambeí (23 km de Ponta Grossa), o estudante considera o ensino remoto uma alternativa melhor para ele, já que com as aulas presenciais teria uma rotina mais apurada em relação ao deslocamento. “Por eu morar em outra cidade, o ensino remoto é mais vantajoso, olhando pela parte da logística, mas ainda assim, preferia o ensino presencial por uma qualidade de ensino melhor tendo o contato com os professores”, afirma. O aluno também aponta que a maior dificuldade de ingressar em uma faculdade de forma remota, é aprender a usar as ferramentas que o curso utiliza e criar uma programação para acompanhar as aulas e fazer as tarefas e trabalhos.
Vestibular de Primavera
Pela primeira vez, a UEPG realiza um Vestibular de Primavera, que acontece no dia 26 de setembro. Diferente das outras vezes, nesse ano o vestibular será realizado em apenas um dia, sendo a manhã e tarde de domingo. As inscrições para o vestibular de primavera começaram no dia 1° e encerram no dia 29 de julho, pelo site da universidade. O pagamento da taxa de inscrição, de R$157, pode ser realizado até o dia 30 de julho. Segundo a programação da Instituição, a divulgação do ensalamento ocorre em 26 de agosto e o gabarito da prova sai a partir das oito da noite do dia 26 de setembro. Os resultados para a primeira chamada acontecem no dia 26 de outubro. Os pedidos de isenção foram encerrados no dia 21 de junho. O conteúdo programado para a prova se encontra no site da UEPG. Mais informações:
<https://cps.uepg.br/inicio/index.php/vestibular/vestibular-primavera>
(Foto: Divulgação UEPG)
Ficha Técnica
Repórter: Deborah Kuki
Publicação: Rafael Piotto
Supervisão: Jeferson Bertolini
Pesquisa da UEPG revela aumento no índice da cesta básica em Ponta Grossa
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- Produção: Leriany Barbosa
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A pesquisa sobre a inflação da cesta básica de Ponta Grossa obteve uma variação mensal com aumento de 1,23% no mês de março. O novo boletim, realizado pelo Núcleo de Economia Regional e Políticas Públicas (NEREPP) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), analisa a primeira semana de março com a primeira semana de abril de 2021. Para compor a pesquisa foram feitas compras nos sistemas de entrega (deliverys) dos principais supermercados da Cidade. A verificação semanal do Índice da Cesta Básica compara as taxas mensais de produtos essenciais para a alimentação e higiene dos ponta-grossenses. Itens, que tiveram um aumento nos preços, por conta da pandemia do novo Coronavírus.
Há quase três décadas, o NEREPP-UEPG elabora pesquisas mensais sobre a cesta básica de acordo com a inflação anual. O consumo básico de alimentação, higiene e limpeza, de famílias composta por três membros em média, relaciona o preço de 33 produtos com o salário mínimo atual. Desde que começou a pandemia, o preço da cesta básica assusta o consumidor. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de alimentação e bebidas dos curitibanos correspondeu a 23,8% dos gastos, se comparado aos demais grupos de produtos e serviços.
Desde o começo da pandemia curitibanos gastam 23,8% da renda com alimentação e bebidas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ao comparar o boletim de março deste ano com o boletim de junho de 2020, a diferença do valor da cesta básica, para quem recebe um salário mínimo, chega a quase R$ 90,00. Enquanto 21 dos 33 produtos caíram em junho do ano passado, no último boletim do NEREPP-UEPG apenas nove tiveram uma queda no valor. Em comparação, o grupo “Carne” teve uma queda de preços em março, com 2,08%. Já o grupo “Hortifrutigranjeiros”, que em junho teve uma queda de 18,29%, agora em março aumentou para 2,18%.
O economista e coordenador da pesquisa sobre a cesta básica mensal na Cidade, Alexandre Lages, explica os principais motivos que alteraram o preço da cesta básica durante a pandemia. “Por ficarem mais em casa, as pessoas recorrem aos supermercados para a compra de alimentos e a demanda influencia na procura por produtos varejistas”, destaca Lages. Sobre o aumento no valor de alguns produtos, como o arroz e o óleo de soja, o economista revela que a procura externa, os problemas na produção e alta do dólar causaram a alteração da cesta básica. “Quanto mais a pandemia durar, mais o grupo de baixa renda crescerá”, conclui o pesquisador diante da futura situação econômica do país.
Elza Rebonatto, de 68 anos, recebe um auxílio doença, equivalente a um salário mínimo mensal. Enquanto não consegue a aposentadoria, Elza se mantém da forma que pode. A idosa reside com mais duas pessoas e afirma que muitas vezes não consegue nem comprar uma cesta básica. “Pego poucos produtos para não me assustar ao passar no caixa, com o salário que recebo não compro nem frutas e verduras”, revela Elza.