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Alunos protestam por melhorias no Colégio. Foto: Veridiane Parize

 

Alunos e professores do Colégio Estadual Padre Pedro Grzelczaki, na região de Uvaranas, no Jardim Paraíso,  reivindicam por novas salas de aula. Cinco das oito salas do Colégio são de madeira e estão em estado precário. Na sexta-feira, 11/05, alunos, professores, servidores e comunidade do Paraíso realizaram protesto cultural em frente ao Colégio. Ao redor do prédio, foram colados diversos cartazes feitos pelos alunos com desenhos, mapas, gráficos, crônicas e poesias, denunciando o problema.

 

Em 2008, as salas de madeira foram construídas inicialmente para serem utilizadas apenas por 6 meses com objetivo de atender a demanda de novos alunos, segundo informações da diretora do Colégio, Sueli Bertani Gomes.  Desde o ano seguinte,  os docentes têm feito pedidos para salas de alvenaria, mas nenhum atendido. No ano passado, o Colégio recebeu o Escola 1000, programa do Governo do Paraná que realiza reformas nas escolas da rede estadual. Mas os reparos foram apenas da parte do prédio de alvenaria, segundo Gomes. Conforme informou, o Programa não prevê a construção de novas instalações, só reparos.

 

Uma das soluções encontradas pela Direção do Colégio foi de fazer um revezamento semanal com os alunos, com algumas turmas nas salas de madeira e outras nas de alvenaria. Na semana seguinte, é feito o revezamento.  “Hoje resolvemos fazer esse protesto porque agora não tem mais condições. Estamos quase interditando essas salas”, explica a diretora. Mesmo com problemas estruturais, os alunos mostraram o que aprenderam em sala nos cartazes. Um deles mostra gráficos que indicam o maior aumento da população da cidade, que é no bairro de Uvaranas, com 44.450 habitantes e não há novas escolas no bairro.

    

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Colégio possui há 10 anos salas em madeira. Foto: Veridiane Parize

As salas de madeira são quentes, abafadas, com cupim, conforme denuncia a professora Sueli de Freitas. O piso está cedendo e, em dias de chuva, há goteiras dentro das salas. “Essa direção e a anterior, junto com a comunidade, tentam cuidar do ambiente. Por isso resistiu até agora”, comenta Freitas. Desde 2009,  foram solicitadas novas salas junto à Secretaria Estadual de Educação (SEED), através da chefia do Núcleo Regional de Educação (NRE).  Segundo a direção do colégio, desde então, foram feitos reforços para a solicitação e, em 2017 um novo protocolo. “Porém o processo é lento e a demanda é emergencial”, ressalta Freitas.

 

O estudante do 4º ano de Licenciatura em Educação Física da UEPG, Maicon Douglas Antunes Fernandes,  atualmente faz estágio no Colégio Padre Pedro Grzelczaki, onde também cursou o ensino fundamental há 10 anos.  Presente no local no dia do protesto, Fernandes conta que, quando as salas de madeira foram instaladas, “no momento, como era necessário, elas eram até boas, porém com o passar do tempo e com a inclusão do ensino médio à noite, acabaram sendo muito desgastadas”. O estagiário ainda ressalta: “Voltando 10 anos depois, como estagiário, eu me senti sensibilizado e vim para ajudar”.


 

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