Há 20 anos, o mês de maio faz alusão ao processo de adoção. Em Ponta Grossa, pais relatam suas experiências.

 

Pelo dicionário, a palavra adoção é definida como acolhimento voluntário de uma pessoa como integrante de uma família. Para a professora Dircéia de Oliveira, adotar uma criança é mais que isso, é transformação de vida. Ela é mãe de três filhos, sendo dois adotivos, os gêmeos. Ela comenta que o processo de adoção sempre esteve em seus planos. 

“Desde que eu era solteira, sempre tive o desejo. Quando me casei, compartilhei com o meu esposo e ele também tinha o mesmo sonho de adotar”. Para fazer todos os procedimentos, ela contou com o apoio do Grupo de Apoio à Adoções Necessárias (Gaan), uma entidade que orienta as famílias. “Tivemos a visita de uma assistente social que foi até em casa, verificou tudo e viu a adaptação das crianças”, explica.

Quem também recorreu aos serviços do grupo foi a advogada Dirlene Batista. Há 17 anos, ela adotou sua filha com apenas um ano de idade. “Posso dizer que existe uma Dirlene antes e após a adoção, e a versão que eu mais gosto com certeza é a pós-adoção”. Ela conta que ficou três anos na fila de espera até que pôde seguir com o processo burocrático. “Quando o casal começa a pesquisar pela adoção, chegam com muita ansiedade, desejando seu filho o mais rápido possível”. O desejo de ajudar crianças e famílias a motivou a ser voluntária do grupo, atualmente ela compõe a diretoria da instituição.

De acordo com dados disponíveis no site da Vara da Infância e Juventude de Ponta Grossa, entre 2015 e a metade de 2021, 110 crianças e adolescentes foram adotadas na cidade. Essas crianças são atendidas por seis instituições. O Lar Pequeno Anjo é uma dessas instituições. “Nosso papel é justamente cuidar dessa criança, trabalhar em todos os sentidos para formação do cidadão mesmo, prepará-la para que seja feliz na família substituta dela”, explica Denise Alves Leifeld, coordenadora. 

A Associação de Proteção à Menina (APAM) também faz o acolhimento de crianças e adolescentes, oferecendo diversas atividades. “Nossa meta de atendimento são oito crianças, mas atualmente temos três acolhidas”, conta a assistente social da APAM, Jessica da Silva.

Ouça o relato de Dircéia de Oliveira:

 

 

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Reportagem: Maria Luiza Pontaldi

Edição e publicação: Kathleen Schenberger

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen