A menos de um mês para o fim da campanha, somente 22% do público foi vacinado
No último sábado, 20, a Prefeitura de Ponta Grossa realizou o Dia D de vacinação contra a poliomielite. Na ação, 4465 crianças foram vacinadas. Jaqueline Rosa foi uma das mães que levou seu filho para a vacinação, o pequeno João, de dois anos. “Desde criança ouvi muito sobre a importância das vacinas. Sou a pessoa que está no posto, na data certinha para atualizar a caderneta”, diz a mãe. João integra o índice de 22% de crianças vacinadas no município que podem receber o imunizante, que são crianças menores de cinco anos de idade. De acordo com a prefeitura, a meta é alcançar 95% das crianças.
Foto: Divulgação
O esquema vacinal contra a poliomielite é de cinco doses. As três primeiras são injetáveis e ocorrem nos seis primeiros meses de vida do bebê. As outras duas doses são para reforço e ocorrem via oral. A Campanha Nacional de Imunização da Poliomielite começou no dia 8 de agosto e vai até 9 de setembro. Em Ponta Grossa, as vacinas estão sendo aplicadas nas 21 Unidades Básicas de Saúde (UBS), de segunda à sexta-feira. No período da manhã, das 9h às 12h, e no período vespertino das 13h às 16h. Além da vacina contra a poliomielite, ocorre também as aplicações das doses contra a Covid-19. Para a imunização, basta ir até o posto de saúde mais próximo e levar os documentos da criança e do responsável, além da carteirinha de vacinação.
No município, mais de 21 mil crianças estão aptas para a imunização. Em 2021, não houve campanha devido à pandemia. Mas, de acordo com a Prefeitura, a vacina foi disponibilizada nas UBSs. Porém, os dados daquele ano ainda não foram disponibilizados. Em 2020, 75% do público alvo foi imunizado, um patamar baixo quando diz respeito à imunização completa.
A poliomielite, conhecida popularmente por paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada pelo vírus poliovírus, que fica alojado no intestino. Entre as formas de transmissão, está o contato direto com a pessoa infectada, seja pelas fezes, ou por gotículas de saliva. Os sintomas mais frequentes são febre, dores de cabeça, garganta e corpo, espasmos e rigidez na nuca, podendo em situações mais graves, causar flacidez muscular. As sequelas da doença são paralisias nas pernas e músculos do rosto e problemas nas articulações que, mesmo que tenham tratamento, geralmente não têm cura.
Por que vacinar?
No calendário de vacinação da criança, diversas vacinas são mencionadas. Elas visam o fortalecimento do sistema imunológico dos pequenos, que são expostos a diversos tipos de vírus e bactérias. Por mais que no Brasil, a poliomielite esteja erradicada desde 1994, existe o risco da doença ser reintroduzida se acontecer baixa na vacinação no país por meio de estrangeiros.
Jaqueline Rosa reconhece a importância da imunização “Caso eu não esteja informada sobre alterações no calendário vacinal, peço para verem se meus filhos estão com as vacinas em dia”, afirma Jaqueline. A médica Cristina Mattos concorda e ainda alerta sobre os perigos da baixa na vacinação. “O maior problema da poliomielite é realmente o negacionismo atual, as mães e pais não estão levando seus filhos para vacinar, colocando em risco toda população”.
Edição e publicação: Leriany Barbosa
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Maurício Liesen