Inoperantes desde junho, não há previsão de retomada da fiscalização

Há mais de três meses os radares de trânsito de Ponta Grossa estão inativos. Mesmo sem aviso à grande parte dos motoristas, há o conhecimento que, se ultrapassarem as velocidades estipuladas nos pontos de detecção, não receberão multas. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, os condutores afirmam estar mais preocupados com o trânsito agora do que quando os radares registravam multas.

“Pode parecer melhor as vias estarem sem radar, porque agora dá pra andar mais rápido. Mas alguns não têm consciência e colocam as pessoas em perigo”, afirma Noel Graciano, que trafega pelas ruas da cidade há 34 anos. Esta preocupação é comum entre a maioria. “Eu não vejo motivo para comemorar a inatividade dos radares. O trânsito se torna mais perigoso”, destaca Claudio Souza, motorista na cidade há 10 anos. Até quem retirou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recentemente mostra preocupação. “Acho melhor pagar uma multa por excesso de velocidade, do que trafegar tendo ciência de que agora os apressados podem acelerar o quanto quiserem”, pontua Lorenzo dos Santos, que há menos de um ano dirige na cidade.

A inatividade dos radares se dá por conta do término do contrato entre a Prefeitura e a empresa terceirizada Eliseu Koop, responsável pelos equipamentos desde 2016. O processo licitatório está em andamento e ainda não tem data para ser encerrado. Empresas de todo o Brasil mandaram propostas. A Prefeitura vai analisar e selecionar a que atenda às demandas do município. Cabe destacar que o valor do contrato é de pouco mais de R$8,5 milhões. 

A empresa que ganhar a licitação assume a instalação de 12 novos radares na cidade, sendo que metade destes serão colocados em semáforos para averiguação de avanço em sinal vermelho, parada sobre as faixas de pedestres e de excesso de velocidade. Além disso, a empresa deve retirar outros três pontos de radares na Avenida Ernesto Vilela - esquina com a Anitta Garibaldi, na Rua Londrina e na Rua Suíça.

Ficha técnica

Repórter: Kadu Mendes

Editor e publicação Amanda Martins e Carlos Solek

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira, Marcelo Bronosky e Ricardo Germano Tesseroli