Ambiente cosmopolita e infraestrutura foram pontos destacados por quem assistiu de perto os jogos da Copa 

Que a Copa do Mundo reúne multidões para acompanhar os jogos não é novidade: nem mesmo quando ela acontece em um país do Oriente Médio, muito distante do Brasil, como o Catar. E assim como milhares de torcedores, ponta-grossenses embarcaram para ver de perto a amarelinha nos gramados. Foram quase 20 horas de viagem para chegar à terra dos sheiks e assistir ao desempenho da seleção, que foi eliminada pela Croácia nas quartas de final da competição.

O empresário Emerson Vassão foi uma dessas pessoas. Viajar para prestigiar os jogos é um compromisso irrevogável para ele. No currículo de torcedor, Vassão coleciona uma viagem para a Rússia em 2018 e também para cidades brasileiras, quando o mundial ocorreu no Brasil, em 2014. Como o destino foi o Catar, onde há leis rígidas para comportamentos, as diversas culturas reunidas foram um dos destaques desta edição. "A principal diferença entre as outras copas é a proximidade entre todas as torcidas, já que as sedes e estádios são todos muito próximos. A interação entre as torcidas é única e dificilmente isso será visto novamente em uma Copa do Mundo”, afirma.

Hospedado em Lusail, 45 km da capital Doha, Emerson comenta sobre outra novidade desta Copa: a locomoção entre as cidades-sede. “Todas as cidades-sede estão interligadas por metrôs e trens. A todo momento estamos trocando de cidade, mas pelo fato de serem cidades relativamente pequenas, o que parece é que estamos indo de um bairro para o outro”.

 

copa qatar

Torcedores de diversas nacionalidades entram no Estádio 974, em Catar

Mesmo com a competição em andamento, ele apresenta seu veredito. "Como torcedor, defino esta Copa como a melhor de todas, pela vivência com outras torcidas e com a possibilidade de assistir de um até quatro jogos por dia. Como as distâncias são curtas, isso é possível e é algo fantástico”. Nas arquibancadas, Vassão acompanhou a seleção da Espanha goleando a Costa Rica, Inglaterra contra Estados Unidos e todos os jogos da seleção brasileira na primeira fase. 

Outro pontagrossense presente na Copa foi Márcio Gurka, de 27 anos. O brasileiro esteve hospedado em Doha para acompanhar pela segunda vez a competição, sendo a primeira experiência no Brasil. “Vim sozinho. Esta é minha primeira Copa em um país estrangeiro”. Márcio acompanhou a trajetória do Brasil até as oitavas de final contra a Coreia do Sul, mas está de passagem marcada para voltar.

Assim como Emerson, o choque cultural foi marcante nessa experiência para Márcio. “Mesmo que haja a impressão que o país tenha regras muito rígidas, no dia a dia o pessoal é bem amigável”. Ele ressalta o quanto a competição agrega para sua vida. “A vivência de estar em um evento desse tamanho, com pessoas de todos os lugares é uma experiência muito importante que muda a forma de ver o mundo”. 

 

Ficha Técnica: 

Reportagem: Vinicius Sampaio

Edição e publicação: Carlos Solek e Lilian Magalhães

Supervisão de produção: Muriel E. P. do Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Ricardo Tesseroli