Trilhas em Alagados, São Jorge e Passo do Pupo são opções para a prática

Atividades de lazer e turismo ganham destaque de dezembro a fevereiro em Ponta Grossa. A região dos Campos Gerais, no Paraná, possui muitos atrativos naturais, históricos e culturais, e é um dos principais destinos escolhidos pelos ciclistas. O cicloturismo é uma alternativa para conhecer novos lugares, praticar atividades físicas e ter momentos de lazer utilizando a bicicleta. Ponta Grossa oferece alguns programas de cicloturismo, como o do Parque Estadual de Vila Velha, o Circuito das Nascentes do Cicloturismo e eventos realizados por instituições privadas de ciclistas.

De acordo com a pesquisa científica “Cicloturismo: a contemporaneidade da atividade em Ponta Grossa” apresentada em 2018, no Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC) da UEPG, as trilhas mais utilizadas pelos cicloturistas em Ponta Grossa são: Alagados, São Jorge, Taquari, Itaiacoca e Passo do Pupo, respectivamente.

De acordo com Leandro Ribas, gestor do Parque Vila Velha, boa parte dos visitantes que realizam o cicloturismo no parque são de Ponta Grossa, Curitiba e da região metropolitana da capital.  Além disso, Leandro Ribas relata que Vila Velha recebeu mais de 11 mil visitantes durante o período de férias no mês de julho de 2022 e agora no verão, a expectativa é dobrar esse número justamente pelas condições climáticas que costumam ser mais favoráveis nesta época do ano. O percurso para o cicloturismo no parque é de 22 km, autoguiado, com o custo de R$55,00 por pessoa. Além disso, cada ciclista deve levar sua própria bicicleta, e ter mais de 14 anos.

“É fácil encontrar ciclistas nos balneários da cidade, agora no verão isso aumenta porque as pessoas buscam rios ou cachoeiras para se refrescar”, relata o presidente da Liga de Ciclismo de Ponta Grossa, Lourival Paes Neto. Para ele, a prática do cicloturismo é muito positiva, pois possibilita a visitação, exploração local e contemplação da natureza, além de utilizar um meio de transporte que permite fácil acesso aos locais visitados.

 

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A Liga de Ciclismo dos Campos Gerais e o Grupo Pedal Noturno organizam pedalada alusiva ao dia mundial sem carro. | Foto: Roseli Stepurski/Lente Quente

Segundo Lourival Paes, Ponta Grossa possui muitos atrativos turísticos mas não é preparada para receber o cicloturismo devido à sua topografia, mal planejamento da cidade e ciclovias pequenas e irregulares com trânsito bidimensional. O presidente ressalta que são várias questões que limitam o ciclismo na cidade, mas a Liga, instituição sem fins lucrativos, procura mostrar a forma correta do ciclista se adequar às leis de trânsito.

A Liga de Ciclismo de Ponta Grossa além de representar o cicloturista, também atua com trabalhos educativos sobre legislação de trânsito e segurança, auxilia na formação profissional de atletas e formaliza eventos. Em 2022 a Liga realizou quatro passeios cicloturísticos na região. Em 2021, um desses passeios saiu do centro da cidade de Ponta Grossa e seguiu até o Buraco do Padre, com mais de 130 cicloturistas envolvidos.

Embora o cicloturismo local seja muito contemplado, Lourival Paes acredita que o cicloturismo em parques não abrange o cicloturista em sua totalidade “a estrutura da cidade e também a dos parques não permitem a visitação desse público, pois não tem bicicletário e não tem um valor adequado ao serviço que oferece”. O presidente explica, por exemplo, que se o Parque Estadual de Vila Velha tivesse uma ciclovia para segregar o trânsito de bicicletas do de veículos ligando o parque ao centro da cidade contribuiria e aumentaria o fluxo de visitações.

Segundo o gestor do Buraco do Padre, Álvaro Fernandes Dias Filho, no ano de 2021 houve um aumento significativo na procura por atividades de lazer e desporto ligadas à natureza, que se manteve em 2022 mas com menor intensidade. O gestor afirma que “as projeções para o turismo em áreas naturais são animadoras para os próximos anos” já que o turismo nestes ambientes está cada vez mais popular.

Ficha Técnica:

Reportagem: Vitória Testa

Edição e publicação: Mariana Gonçalves

Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira