O barateamento de equipamentos e a popularização das máquinas fotográficas foram um dos principais elementos para o aumento

 

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Grupos de lembranças no Facebook ajudam no compartilhamento de histórias e outros fatos de Ponta Grossa

 

O colecionismo fotográfico tornou-se um hábito comum entre as famílias brasileiras. De acordo com a historiadora e professora de História Elizabeth Johansen, o barateamento de equipamentos e o movimento de popularização das máquinas fotográficas foram os principais elementos para o aumento da produção de fotografias. Dos grupos com esse objetivo de memória e registro, três ocupam lugar de destaque no facebook: Ponta Grossa Memória e Fotos Atuais, com 14,9 mil membros; Ponta Grossa Memória Viva, com 21,4 mil membros e Antigamente em Ponta Grossa com o número mais expressivo: 46,5 mil membros. 

A historiadora percebe como os grupos de lembranças no Facebook podem ser uma ferramenta para registro social e cultural, assim como um ponto de encontro para compartilhamento de histórias e outros fatos de Ponta Grossa. “Além de registro social, elas também têm um impacto histórico grande, podendo até deixar de fazer parte do campo memorialístico e se transformar em um campo científico ou acadêmico”, finaliza.

“Quando a gente publica essas fotos em grupos específicos, ocorre uma variedade de emoções e histórias”, comenta Luiz Carlos Kloster, um dos integrantes do grupo Antigamente em Ponta Grossa. Kloster explica que o hábito de colecionar fotografias surgiu do avô fotógrafo mas que, com o tempo, passou a fazer parte de seu próprio lazer. “A partir de 2002, comecei a registrar fotos das cidades por onde passei e de alguns eventos. Gosto de ver como essas cidades cresceram, evoluíram, progrediram e como respeitaram sua história”, afirma. Nos grupos, foi possível encontrar pessoas que possuem o mesmo hobby e trocar registros fotográficos e informações.

Assim como Luiz, foi o avô de Marcos Andrade quem o expôs às fotografias. “Logo que se aposentou, seus hobbies eram tocar gaita, violão e tirar fotos. Ia muito em excursões e tirava fotos nas viagens”, conta Andrade. O acervo de Osmario Souza Ribas, por sua vez, foi montado por seu pai e passado de geração em geração. “Acho importante isso, conhecer as pessoas, fatos e lugares de Ponta Grossa. É importante guardar a história para o futuro, principalmente em uma ferramenta como o Facebook”, aponta. 

Maria Cristina de Almeida foi convidada para participar de um dos grupos em 2015. Ao se mudar de Ponta Grossa para Curitiba, não levou consigo nenhuma fotografia – todas as suas lembranças da cidade princesina ficaram na memória. Os grupos do Facebook são onde ela encontrou discussões e publicações que a fazem relembrar os bons tempos em Ponta Grossa. “Gosto de participar das discussões do grupo pois é importante preservar e conservar fotografias e documentos de Ponta Grossa para valorizar a cidade, para as pessoas tomarem conhecimento do que ocorreu no passado e entender o presente”, analisa Maria. 

 

FICHA TÉCNICA:

Produção e foto: Maria Luiza Pontaldi

Edição: Carlos Solek e Pamela Tischer

Publicação: Pamela Tischer

Supervisão de Produção: Luiza dos Santos

Supervisão de Publicação: Luiza dos Santos e Marizandra Rutilli.