A porcentagem foi fornecida pela especialista Isabel Correa, em entrevista para o órgão do governo
Em entrevista realizada pelo Ministério da Saúde com a ginecologista Isabel Correa, a médica informou que a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) atinge de 6% a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Dentre os sintomas estão a irregularidade menstrual, excesso de pelos, alopecia, entre outros. O diagnóstico é realizado após exames de imagem e o tratamento pode envolver uso de pílulas anticoncepcionais e mudança de hábitos.
Diagnosticada com SOP desde 2019, Alana Angieski conta do tratamento que faz com anticoncepcional, que auxiliam nos sintomas, “mas não trata o problema”, afirma. Ela explica que desconfiou que tinha a síndrome por conta da menstruação irregular, que acontecia apenas 3 vezes por ano, além de sintomas característicos como acne. Alana faz o tratamento associando o anticoncepcional, exercícios físicos e alimentação saudável. “Se eu paro de tomar a pílula sinto que fico muito estressada e a acne volta. E quando paro de fazer exercícios, sinto que os sintomas voltam com tudo”, acrescenta
Nicole Silva descobriu a SOP em 2018. “Fui na ginecologista e fui informada que o único tratamento é o anticoncepcional. Mas não me adaptei à medicação pois senti muito enjoo e enxaqueca”. Mesmo assim, ela conta que a médica insistiu com o remédio, o que a fez procurar outra especialista. Nicole começou o tratamento através de mudanças de hábitos com alimentação, em conjunto com uma nutricionista, e exercícios. “Agora sigo um cardápio individualizado para quem tem SOP e meus sintomas melhoraram muito, me sinto outra pessoa”, conta.
Foto: Heloisa Ribas Bida
Ginecologia natural
A ginecologia natural é considerada uma medicina alternativa. Para o tratamento de desequilíbrios ginecológicos, é recomendado a utilização de produtos naturais, como as ervas. Thalia Barbosa é estudante na área e explica que problemas como a SOP podem exigir uma abordagem de tratamento para além da medicamentosa. “Na ginecologia natural nós vamos além, reconectamos a mulher com seu sagrado feminino para que haja não somente o tratamento da síndrome, mas sim a cura”, expõe.
Thalia conta que se interessou por essa terapia pois sofre com a SOP e, após consultar profissionais tanto na rede pública quanto na rede privada, percebeu que existem outros métodos de tratamento. “Na medicina convencional não existe cura para a síndrome, além de o tratamento ser realizado apenas com a pílula, o que não me fazia bem”, explica. Ela afirma que está inserida na ginecologia natural há mais de 5 anos e não sofre mais com as dores e a irregularidade de ciclo.
Ficha técnica:
Produção: Eduarda Guimarães
Edição de texto: Vitória Testa, Camila Souza
Publicação: Amanda Dal´Bosco
Supervisão de produção: Manoel Moabis
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Marizandra Rutilli