Segundo dados do IBGE, 28,2 milhões de brasileiros não têm acesso à internet
Ponta Grossa conta com um projeto de internet gratuita para as unidades de saúde, centros de especialidades, UPAs e locais públicos como praças, terminais de ônibus metropolitanos e rodoviárias. A área da saúde é a que mais recebe atenção do projeto, mas reclama que a conexão, o sinal e a velocidade da internet não são boas. O programa foi desenvolvido pela Prefeitura em 2018. Ele faz parte da iniciativa da Democratização Tecnológica e Inclusão Digital, do Vale dos Trilhos. O serviço está disponível vinte e quatro horas mediante um breve cadastro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 7,28 milhões de famílias não possuíam acesso à internet no Brasil em 2021. De 28,2 milhões de brasileiros sem internet, 20% justificam o não uso por falta de condições financeiras. Cerca de 15,3% da população representa pessoas com dez anos ou mais. Destes, 3,6 milhões são estudantes.
A unidade de saúde Adam Polan, na Palmeirinha, tenta utilizar o serviço todos os dias, mesmo com oscilações constantes, afirma a médica veterinária Laura Siqueira. “Já entramos em contato com a Prefeitura várias vezes para fazer reclamações. Porém, nunca fomos respondidos”. Se o sinal da internet gratuita fosse de qualidade, a verba destinada à rede própria de conexão poderia contribuir para melhorias nos equipamentos para melhorar o atendimento nas unidades de saúde.
Para o assistente administrativo da unidade de saúde Romulo Pazinato, na Nova Rússia, Orlando Sidoski, o sinal da internet fornecido pela PG Conectada é muito lento. “Os funcionários precisam usar a própria internet móvel para conseguir realizar as atividades”, comenta.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a situação não é diferente. A recepcionista da UPA Santa Paula, Maire Matias, conta que a internet é mais usada pelos pacientes e os funcionários usam a própria rede móvel. “O sinal não pega direito.Quando pega, a internet é muito lenta”. Na UPA Santana, a reclamação é a mesma. Os funcionários tentam utilizar a internet gratuita, mas acabam usando a própria, afirma a recepcionista Suelen Oliveira.
A diarista Sueli Ribeiro Rodrigues Alves, destaca que o projeto PG Conectada está disponível no Terminal Central, porém, não funciona. “Uso o transporte público três vezes na semana. Sempre que tento conectar ao WiFi gratuito, não carrega nada, então, preciso comprar créditos para acessar a internet”, aponta.
A assessoria da Prefeitura de Ponta Grossa pontua que nenhuma unidade de saúde entrou em contato para reclamar sobre a internet gratuita. "O objetivo é ter uma cidade mais criativa e que busca soluções inteligentes para resolver as demandas da população com o menor custo possível a cada dia", explica.
Para ter acesso a internet gratuita, basta realizar um breve cadastro no WiFi da rede PG Conectada pelo Google. Dessa forma, o sinal é liberado para uso.
Ficha técnica:
Produção: Rafaela Colman
Edição de texto: Gabriela Oliveira
Publicação: Leonardo Czerski
Supervisão de produção: Manoel Moabis
Supervisão de Publicação: Luiza Carolina dos Santos e Marizandra Rutili