Número de pessoas com obesidade mórbida atingiu quase 900 mil pessoas no Brasil

Foto: Mariana Okita      

Dados obtidos por um levantamento do Ministério da Saúde, apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas. Esse número agrava grandes problemas na sociedade, desde questões de saúde, problemas psicológicos, e toda uma pressão estética direcionada a esse grupo. 

Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), durante o período de 2017 a 2022, o Brasil realizou 315.720 mil cirurgias bariátricas,  havendo 252.929 cirurgias feitas através de planos de saúde e 16.000 feitas em clínicas e hospitais particulares e 46.791 na rede pública de saúde.

A bióloga e professora, Michelle Dias, de 30 anos, relata as diversas alternativas para buscar o emagrecimento, desde dieta líquida, balão intragástrico e pílulas, mas nenhuma alternativa teve o efeito que ela buscava. Um dos fatores para que o paciente esteja apto a  realizar a cirurgia bariátrica, é a comprovação de que buscou diversas alternativas para emagrecer, e não encontrou resultado. “A minha vida toda vivi à sombra de comentários, de família, amigos. Desde a minha adolescência eu fui tachada como gorda”, afirma ela. Por relatos deste tipo, Michelle, procurou aos 25 anos a cirurgia bariátrica, para que no fim se sentisse bem com ela mesma e com a sociedade. “Me arrependo de não ter buscado antes; todo o processo para a cirurgia, tanto antes quanto após é muito difícil, mas me sinto bem hoje”, conta.

A cirurgia bariátrica é recomendada para indivíduos obesos com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40. Existem quatro tipos de cirurgias bariátricas, ‘Bypass Gástrico’, ‘Gastrectomia Vertical’, ‘Duodenal Switch’ e ‘Banda gástrica ajustável’. O by-pass gástrico é a técnica bariátrica mais praticada no Brasil, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. No caso de Franciele Oliveira, que realizou esta cirurgia aos 28 anos, ser magra era seu principal objetivo. “Eu não conseguia sair da cama, não me amava, não gostava do que via no espelho”, conta. Realizar o procedimento foi a chave para ver o mundo de outra forma, “Hoje em dia me sinto uma pessoa totalmente diferente, as pessoas me tratam de outra maneira; parei de sempre querer agradar. Eu sentia tanta pressão para ser magra que esqueci que sempre fui bonita”, afirma.

 Arte: Wesley Machado

Ficha técnica: 

Produção: Wesley Machado

Edição e publicação: Cristiane de Melo

Supervisão de Produção: Manoel Moabis e Lilian Magalhães 

Supervisão de Publicação: Luiza Carolina dos Santos, Marizandra Rutili e Maria Eduarda Ribeiro