No estado do Paraná a estimativa foi 9.690 novos casos registrados
O câncer de pele é a forma mais comum de câncer no Brasil e no mundo. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 221 mil novos casos de câncer de pele no Brasil para cada ano do triênio de 2023 a 2025. No Paraná, a estimativa é de 9.690 novos casos só em 2023. Esse tipo de câncer é uma preocupação de saúde pública no país por causa dos números crescentes de casos diagnosticados da doença.
Existem três tipos principais de câncer de pele. O mais comum é o melanoma, tumor mais agressivo e que pode comprometer os outros órgãos, que chega a registrar 8,4 mil novos casos anualmente no país. Há também o carcinoma basocelular, que tem crescimento local e não causa metástase (não espalha para outros órgãos), e o carcinoma epidermóide, responsável por 177 mil novos casos por ano, que tem comportamento local mais agressivo, exige tratamento com cirurgia e em alguns casos pode fazer metástase.
Katia Bueno foi diagnosticada por um dermatologista com melanoma maligno metastático na panturrilha da perna esquerda, já na fase 4, estágio mais avançado da doença. Kátia afirma que optou pelo tratamento de forma particular, pois como o câncer já estava bem espalhado, ela não poderia esperar os dois anos que levaria na Justiça para ser liberado o medicamento pelo SUS. “Eu fiz imunoterapia por um ano no ISPON (Instituto Sul Paranaense de Oncologia), foram 12 sessões e meu tratamento foi particular”, conta.
Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, mas o diagnóstico é mais comum em pessoas de olhos, pele e cabelos claros e albinas. O principal fator de risco é a exposição exagerada ao sol sem proteção ao longo da vida, mas condições como hereditariedade e o sistema imunológico comprometido também estão relacionados com o desenvolvimento da doença.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico para todos os tipos de câncer de pele é feito através de exame clínico, pelas características das lesões na pele, geralmente machucados que não cicatrizam dentro de 30 dias, lesões que formam feridas ou que estão avermelhadas e descamando. Para homens a probabilidade de ter o câncer de pele é maior do que para as mulheres, com a taxa de 2,24 a cada 100 mil habitantes para homens e de 1,56 a cada 100 mil habitantes para mulheres..A apresentação do câncer pode ser bem variada e em qualquer parte do corpo, porém mais encontrado em áreas como rosto, pescoço e orelhas. O diagnóstico deve ser acompanhado por um médico especializado, como dermatologista.
Para os tumores malignos ou benignos, existem diversos tipos de tratamento, escolhido pelo médico oncologista em conjunto com o paciente de acordo com o tipo e a extensão da doença. Segundo o médico oncologista de tumores de pele, Rubens Adão da Silva, o principal tratamento para o câncer de pele é a cirurgia. “Uma alternativa à cirurgia, em alguns casos é a radioterapia e especialmente em casos de melanoma, em que a doença já está mais avançada, se pode usar também a quimioterapia e a imunoterapia”, completa o oncologista. Em Ponta Grossa, de acordo com o Doutor Rubens, há todos esses tratamentos disponíveis para pacientes com câncer de pele, de forma pública e particular.
Infográfico por Alex Dolgan
Ficha técnica:
Produção: Heloisa Ribas Bida
Edição e publicação: Alex Dolgan e João Vitor Pizani
Supervisão de produção: Manoel Moabis
Supervisão de publicação: Luiza C. dos Santos