Popular no Facebook e Instagram, o golpe atinge principalmente homens de até 31 anos
Imagem: banco de imagens Periódico
Segundo o estudo de mercado da OLX e da AllowMe, realizado em setembro deste ano, o Paraná é o quarto estado com mais pessoas que caem em fraudes na internet. A pesquisa revela que 77% das vítimas do golpe são homens, enquanto 23% são mulheres. O crime consiste em hackear perfis nas redes sociais, como Instagram e Facebook, e fazer anúncios falsos de venda de produtos ou serviços por preços atrativos. Os estelionatários se aproveitam da popularidade dessas plataformas e da vontade das pessoas de obter produtos a preços mais baixos. Assim, os golpistas oferecem mercadorias com preços abaixo do mercado.
Segundo o policial civil, Ricardo Gusmão, de Ponta Grossa, o suposto vendedor apresenta-se como uma pessoa confiável e disposta a negociar. Por este motivo, invade perfis de pessoas nas redes sociais para passar mais credibilidade. “As vítimas são geralmente conhecidas da pessoa que perdeu o acesso da rede social”, explica Gusmão. As vítimas normalmente entram em contato com o suposto vendedor após se interessarem pelo produto anunciado. O golpista, então, solicita o pagamento antecipado como forma de garantia, seja por meio de transferência bancária, boleto ou plataformas de pagamento digital.
O estudante Diogo Rocha conta que teve seu perfil invadido há 3 meses, e que sofreu com o ocorrido por perder o acesso de suas contas de rede social. “Eu comecei a receber mensagens em minha outra rede social de pessoas me perguntando sobre produtos que eu não estava vendendo, foi assim que me dei conta de que estavam usando meu instagram para um golpe”, relata. Diogo afirma que também teve que lidar com o constrangimento, já que além de oferecerem produtos em seu nome, foram postados conteúdos inapropriados e ofensivos, prejudicando sua reputação.
A professora Bárbara Souza também teve sua conta invadida no início do ano, e conta que pessoas de sua rede social chegaram a conversar com o golpista, acreditando ser ela. “Recebi uma notificação de uma conversa que eu não havia começado. Quando entrei, percebi que mais uma pessoa estava na minha conta oferecendo produtos em meu nome”, relata. A professora registrou um Boletim de Ocorrência e desativou sua conta temporariamente para evitar mais problemas.
Outro problema além de falsa venda no nome da vítima, são os roubos de informaçṍes pessoais, como o nome, endereço, número de telefone, informações bancárias e até mesmo documentos como o RG e CPF. Os invasores também podem usar o perfil para pedir dinheiro emprestado para familiares da pessoa com o perfil invadido, acarretando problemas legais e financeiros para a vítima. Por este motivo, deve-se redobrar os cuidados para evitar este tipo de ocorrido. O policial civil Ricardo Gusmão explica que existem formas de proteger a conta de hackers, como manter os sistemas operacionais e programas atualizados no seu dispositivo, além de desconfiar de e-mails suspeitos com links. Criar senhas seguras, ou seja, senhas não óbvias que possam ser facilmente adivinhadas, também pode evitar a invasão das contas.
Ficha Técnica
Produção: Cristiane de Melo
Edição e publicação: Lívia Souza
Supervisão de produção: Luiza C. dos Santos
Supervisão de publicação: Luiza C. dos Santos, Marizandra Rutilli e Maria Eduarda Ribeiro