Várias vacinas têm índices superiores a 100% de cobertura, mas muitas ainda têm baixa eficácia

VACINAÇÃO Luiz Zak1

Mais da metade da população do municipio foi imunizada contra as novas variantes de Covid-19. Foto: Luiz Zak

A cobertura vacinal teve aumento de aproximadamente 30% no município, no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.  Os dados são do Ministério da Saúde.  A maioria das campanhas alcançou índices superiores a 100% da meta prevista em relação aos vacinados, que gira em torno de 80%. Nos postos de saúde do município, o movimento de procura por vacinas é constante.

A moradora de Ponta Grossa, Milena Batista, 32 anos, levou sua filha de pouco mais de um ano para tomar as doses do período no posto São José . Para ela, que demonstra preocupação e carinho com a filha, a vacinação é fundamental. “Tem que vacinar para garantir que não vai pegar doenças. É uma questão de responsabilidade.”

No mesmo posto, Saskia Margraf exibiu a carteira de vacinação de seu filho que recém completou quatro anos de idade e todas as vacinas estão em dia. “Não dá para vacilar. É preciso seguir à risca o calendário para garantir que não tenha doenças que podem ser fatais”, disse ela.

Abaixo da meta

Apesar do saldo positivo na maioria das campanhas, ainda há coberturas vacinais abaixo da meta. De acordo com Maria Helena Rodrigues, atendente num posto de saúde de Ponta Grossa, a procura de vacinas tem sido constante, mas há casos que precisam de atenção.

Segundo dados do site do Ministério da Saúde, relacionados ao calendário vacinal de crianças, vacinas previstas para recém-nascidos estão abaixo da meta prevista no município de Ponta Grossa. É o caso das vacinas BCG, que deve ser aplicada ao nascer e protege contra tuberculose, e a contra a Hepatite B, que deve ser aplicada até  30 dias de vida. A vacina BCG foi aplicada em pouco mais de 64% do público alvo, enquanto a contra Hepatite B apresentou um índice de 89% de cobertura.

Outra vacina que não atingiu ainda  a meta é a contra a Meningite C, que deve ser aplicada até o primeiro ano de vida. Conforme dados do Ministério da Saúde, pouco mais de 82% do público alvo foi imunizado em Ponta Grossa . A meningite meningocócica do tipo C é uma das mais graves, podendo ser fatal, e é transmitida de pessoa a pessoa através das vias respiratórias.

A pior situação é observada na segunda dose da vacina tríplice viral. Enquanto a primeira dose foi aplicada em 156% do público alvo, a segunda atingiu apenas 36,31%. Essa vacina previne doenças como sarampo, caxumba, rubéola e varicela, que podem deixar sequelas e  inclusive ser fatal em alguns casos. Para a efetiva proteção contra essas doenças, o Ministério da Saúde esclarece que são necessárias mais de uma dose .

Covid-19

Segundo a OMS, a pandemia da Covid-19 está encerrada. Mesmo que a pandemia de Covid-19 já tenha acabado, a Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação seja realizada, pois novas variantes podem surgir.

De acordo com o vacinômetro do site da Prefeitura de Ponta Grossa, foram aplicadas mais de 290 mil primeiras doses contra Covid-19, o que indica que cerca de 81% da população foi imunizada. No entanto, foi verificado decréscimo para as demais doses, sendo que 9.779 ponta-grossenses receberam a terceira dose. Para os reforços da terceira dose, o número é ainda menor, ficando em torno de 1.500 doses aplicadas.

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que mantém campanha contínua de vacinação para todas as imunizações. Para isso, disponibiliza os imunizantes em mais de 20 salas de vacina dos postos de saúde nos bairros e também no ônibus da vacina. Este tem ação diária e pontual aos sábados. É possível atualizar a carteira de vacinação de crianças e adultos em qualquer um destes locais.

 

Ficha Tecnica

Produção: Eder Carlos
Edição e publicação: Eduarda Macedo, Gabriel Ribeiro e Karen Stinsky
Supervisão de produção: Muriel Emidio Pessoa do Amaral
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Candida de Oliveira