O coletivo Inajá é formado por ponta-grossenses que buscam realizar produções de cinema na cidade

 

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O coletivo Inajá é formado por ponta-grossenses que buscam realizar produções de cinema na cidade. Foto: Yasmin Taques/ Lente Quente

 

O Coletivo Inajá é um grupo ponta-grossense que busca fomentar o cinema no município, e expandir produções fora do eixo Rio de Janeiro - São Paulo, que concentra 77% da produção cinematográfica do país.  O nome foi escolhido em homenagem a um antigo cinema de Ponta Grossa.

Segundo Gabriel Borges, o grupo é formado por cinco profissionais de diferentes áreas  interessadas no audiovisual da cidade: “Nosso objetivo é produzir de forma independente, promover a formação de  público via cineclubes e fortalecer a cultura cinematográfica na cidade por meio da educação”. Borges explica que o coletivo surgiu de duas produções em Ponta Grossa, as gravações do longa ‘Ponta Grossa Não Sei Se Te Amo’, e o festival Cine dos Campos. Segundo Paloma da Costa, outra integrante, parte da equipe se conheceu no set e decidiram continuar a parceria. “O processo foi tão fluido que a ideia de continuar isso foi natural, inspirado principalmente em outros coletivos que conhecíamos, e acabou tomando força quando passamos a discutir a necessidade de mais espaços e projetos voltados para o audiovisual na cidade”, ela explica.

A atuação do coletivo se baseia na exibição, produção e formação. “No campo da exibição, um projeto colocado em prática é o Cineclube Inajá. Quanto à formação e produção, a equipe do coletivo está envolvida em projetos que futuramente virão a público, como a produção de curtas-metragens e a preparação de oficinas e cursos de cinema para pessoas de Ponta Grossa”, projeta Paloma. Ela ainda defende que “Cinema, como arte, é fundamental na formação crítica da juventude. O contato com cinema auxilia na expansão dos horizontes sociais e da nossa capacidade de compreender o outro enquanto indivíduo. Os filmes são um dos primeiros meios que temos na atualidade de ampliar o contato com diferentes culturas, conhecendo realidades que diferem daquela que vivemos”.. 

 

Cineclube Inajá

O principal trabalho do coletivo atualmente é o Cineclube Inajá, que acontece quinzenalmente nas terças-feiras, às 18h30 no SESC Estação Saudade. Paloma explica que o projeto acontece em ciclos de três ou quatro filmes, selecionados pela equipe, que seguem o mesmo tema. O primeiro ciclo foi sobre encontros, que segundo ela, “é para celebrar os primeiros encontros do cineclube”.  

Luis Felipe frequenta o cineclube e ressalta a importância não só do projeto do coletivo, mas da prática em geral na cidade. “Cineclubes são muito importantes, porque não só proporcionam um espaço para a exibição de filmes que muitas vezes não chegam aos cinemas, mas também estimulam o debate sobre o que foi assistido, além de contribuir para a divulgação e valorização de filmes fora dos círculos comerciais”.

A adesão do público superou as expectativas da equipe, Paloma explica que havia uma dúvida da participação em relação a outros cineclubes da cidade.   “Estávamos em dúvida sobre como seria esse engajamento e se haveria, considerando que o cineclube ainda não tinha o histórico que outros cineclubes tiveram, mas ficamos positivamente surpresos”, comenta. “A gente fica muito contente por estar quase enchendo todas as sessões e principalmente com um  público recorrente”, avalia Gabriel. 

 

 

 

Ficha Técnica:
Produção: Lucas Muller
Edição e publicação: Iolanda Lima e Joyce Clara
Supervisão de produção: Muriel Amaral
Supervisão de publicação: Candida de Oliveira