Após o resultado positivo das ações descentralizadas em abril, o calendário municipal conta com três novos eventos

Durante o mês de abril, algumas unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade realizaram as chamadas ações descentralizadas que ocorrem entre os meses de abril e dezembro, de acordo com a Prefeitura de Ponta Grossa. As ações são responsáveis por disponibilizar os serviços do CRAS, de algumas secretarias e de parceiros não governamentais, através do Programa Selo Social, para os usuários mais vulneráveis e residentes em bairros mais afastados. “O objetivo é levar serviços e orientações que remetem a cidadania e garantam direitos às pessoas em situação de vulnerabilidade social”, aponta.

Estas ações foram as primeiras de 2024 e, de acordo com os dados disponibilizados pela prefeitura, atenderam entre 120 a 250 pessoas por dia de evento, a depender da localidade. Alguns dos serviços ofertados pelo CRAS foram a atualização e a inclusão no CadÚnico, informes sobre moradia, orientações jurídicas, doações de cestas básicas para famílias selecionadas e orientações sobre questões ambientais e vagas de emprego disponíveis na região. Também foram realizadas aferições de pressão arterial, teste rápido de glicemia e palestras sobre alimentação saudável; testagem rápida e coleta de exames de ISTs, além de serviços da Secretaria Municipal da Família e do Desenvolvimento Social, por meio do Programa Selo Social e  Plano Prever, destinado à manutenção de óculos da população carente.

A presidente da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa, Tatyana Belo, destaca que a recepção da população foi positiva e que centenas de pessoas foram beneficiadas com as ações descentralizadas. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Ponta Grossa, outras ações desse tipo já estão em planejamento e cumprirão com os papéis que lhe são atribuídos. Os próximos eventos já tem data marcada para os dias 3, 10 e 25 de maio, no Guaragi, na Vila Borato e no Santa Paula, respectivamente.

Em Ponta Grossa há dez unidades de Centros de Referência e Assistência Social que atendem a população vulnerável. Foto: Ana Beatriz de Paiva

Atendimentos regulares no CRAS

Existem no Brasil 5.128 CRAS localizados em 3.808 municípios, segundo dados disponibilizados pelo Governo Federal. Destes, 569 unidades estão no Paraná, em todas as 399 cidades do Estado. De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento e Família do Paraná, os CRAS são unidades públicas municipais localizadas em áreas de maior vulnerabilidade. Esses centros são responsáveis por oferecer serviços de proteção social básica. 

Em Ponta Grossa, o atendimento é feito em dez unidades espalhadas pela cidade, destinadas às famílias pobres com privação ou ausência de renda, acesso precário ou inexistente aos serviços públicos e vínculos relacionais fragilizados. Além disso, o município também conta com uma unidade móvel, que leva os serviços de Proteção Social Básica aos usuários e localiza famílias necessitadas que vivem em locais de acesso remoto, distantes das unidades fixas do CRAS.

Silvana de Oliveira frequenta o CRAS Jardim Carvalho e o principal serviço que utiliza é a manutenção do Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico, para o recebimento do benefício do Bolsa Família. Silvana conta que já foi moradora de rua e agora depende desse dinheiro para o sustento da família. Ela relata que precisou ir até o CRAS mais vezes do que o necessário  devido a um bloqueio indevido de seu cartão. “Venho aqui [CRAS] para manter meu CadÚnico atualizado para poder receber o Bolsa Família e o vale compras de mercado. Não é um serviço ruim, mas poderia ser melhor. Bloquearam meu cartão sem razão e eu dependo desse dinheiro para sobreviver”, conta.

Ficha Técnica:

Produção: Ana Beatriz de Paiva

Edição e publicação: Mariana Borba

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Cândida de Oliveira