Projeto de extensão é responsável por ações áreas de vulnerabilidade social

 

As inscrições para a Operação Rondon Paraná foram abertas no dia 10 de abril. Este ano, as frentes de atuação da iniciativa serão realizadas em 11 municípios da região centro-sul do estado, dos dias 04 a 19 de julho. De acordo com Marilisa do Rocio Oliveira, professora do departamento de Administração e coordenadora do projeto, a iniciativa contacta as prefeituras das cidades diagnosticadas com um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) com as propostas de atuação e, em troca, pede alojamento público e transporte interno. “Dificilmente a gente tem um não, normalmente os municípios nos recebem de braços abertos”, afirma a professora.

Segundo a coordenadora do projeto, o processo seletivo visa que os voluntários participem de suas áreas de afinidade, mas trabalhem em conjunto com outros acadêmicos em atividades fora de sua zona de conforto. “O aluno acaba conhecendo outro pedacinho da universidade. Não é só o município que recebe, os alunos que participam também ganham outra visão sobre sua formação que não se limita apenas a sua área de conhecimento”, conta Marilisa.

A professora relata que, em mais de uma ocasião, pessoas do município se sentem emocionadas ao ver a ação do projeto em sua comunidade. “Isso aconteceu agora no Amapá, uma senhora soube que estávamos na cidade e ela não teve sossego até que pôde nos encontrar para mostrar um certificado antigo de uma oficina que ela fez em outra edição do projeto, anos atrás”, relembra.

Thaís Cristina Urbano, secretária de administração da cidade de Imbaú em 2019, época em que a operação visitou a cidade, a iniciativa revitalizou a moral da comunidade. “A comunidade muito carente, sentiu-se valorizada por receber o projeto, sentindo-se parte da vida social”, afirma a antiga secretária.

O projeto leva a ação universitária de diversas áreas (Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Saúde, Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho) a comunidades menos favorecidas. “Vi a revitalização da biblioteca municipal, além da estrutura interna, teve a pintura externa. Vi trabalho com um grupo de idosos, atividades com desenhos, artes, dança. Contação de histórias, além de brincadeiras com crianças, oficinas de maquiagem e costura”, conta Thaís.

Para a antiga secretária, o projeto é de extrema importância para a formação de bons profissionais, a iniciativa conscientiza os acadêmicos a olharem para além de suas realidades e se colocarem no lugar do outro, afirma Thaís. Cezar Augusto Gebeluca de Aguiar, participante do projeto em Imbaú em 2019, relata que sempre teve interesse em fazer parte do projeto. “A gente vai lá pensando que a gente vai levar nossa bagagem, e a gente acaba aprendendo mais sobre a sociedade”, conta o rondonista sobre sua experiência quanto ao choque de ver fora de sua bolha. “A gente precisa sair do nosso conforto e conhecer a nossa realidade, não precisa nem sair da cidade, é só ir até um bairro e ver o mundo”, conta o antigo participante sobre a lição obtida no projeto.

Para participar, o discente precisa estar matriculado na graduação ou pós-graduação, possuir o currículo Lattes atualizado, preencher o formulário, ter uma cópia do histórico escolar e redigir uma carta de justificativa do porquê deseja participar. Ainda, se faz necessário comprovante da regularidade vacinal do candidato. A primeira etapa, a análise documental, é classificatória e eliminatória. Então, a segunda etapa se caracteriza por uma entrevista de defesa da justificativa. Após o fim das entrevistas, o resultado será divulgado por meio dos veículos da UEPG até o dia 7 de maio. As inscrições se encerram hoje, 30 de abril. Para mais informações acesse o edital.

 

Ficha Técnica:

Produção: Victor Schinato

Edição e Publicação: Luísa de Andrade

Supervisão de produção: Muriel Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Luiza Carolina dos Santos