Ponta Grossa é a quarta cidade com maior eleitorado no estado, com 259 mil eleitores

Dados do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) apontam que o número de eleitores paranaenses cresceu 2,04% em 2024, o que representa 8,65 milhões de pessoas em dia com a Justiça Eleitoral. Em Ponta Grossa, o aumento foi de 2,97%, se comparado a 2022, número que corresponde aos mais de 259 mil eleitores regularizados na cidade.

Contudo, esse crescimento contrasta com o número de abstenções nas últimas eleições. Em 2022, mais de 1,5 milhão de eleitores se ausentaram das urnas no Paraná, e em 2020, o número chegou a mais de 1,8 milhão de paranaenses ausentes no primeiro turno das eleições municipais. Em Ponta Grossa, 23% dos eleitores se abstiveram no 1° turno e quase 25% se abstiveram no 2° turno das eleições de 2020. 

ELEÇÕES ALEX DOLGAN

Ao todo, 259 mil pessoas estão aptas para votar em Ponta Grossa - Foto: Alex Dolgan

Para  Júnior César Borges, chefe de cartório da 14ª Zona Eleitoral de Ponta Grossa, um dos motivos que explicam a ausência do eleitor é o descontentamento com o atual cenário político. Além disso, o baixo valor da multa aplicada (R$ 3,51 para cada turno) faz com que muitos prefiram desembolsar o dinheiro do que comparecer às urnas. No caso das eleições municipais, outro fator determinante foi a impossibilidade de votar em outra cidade. “Se a pessoa estiver fora do seu domicílio eleitoral, ela vai ter que justificar. Numa eleição geral, se a pessoa estiver fora do domicílio, mas dentro da mesma unidade da federação, ela pode votar em trânsito”, explica Júnior.

Manter o título regularizado dá ao eleitor o direito de emitir certidão de quitação eleitoral. “Essa certidão é um requisito para emitir passaporte, fazer matrícula nas universidades e inscrição em concurso público, além de cadastro em programas do governo. Ao longo de todos os anos, a Justiça Eleitoral e as universidades fazem campanhas educativas explicando a importância do voto para o processo democrático”, destaca Júnior. Neste ano, o TSE lançou a campanha do Voto Jovem, que incentiva adolescentes de 16 e 17 anos a exercerem sua cidadania por meio da participação nas eleições.

Para eleitores como Lidia Wasilevski, de 74 anos, o voto é facultativo, mas ela faz questão de votar este ano. Lidia teve participação ativa em muitas eleições durante a juventude e trabalhou como fiscal voluntária. A eleitora revela que já se absteve de votar em algumas eleições por falta de confiança nos candidatos, mas ainda acredita que é importante participar. 

 

Ficha Técnica:
Produção: Carolina Olegário
Edição e Publicação: Mariana Real e Mel PIres
Supervisão de produção: Muriel Amaral 
Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Kevin Furtado