Lei Municipal, que prevê adaptação de 20% dos parquinhos de Ponta Grossa, não é cumprida

Em 2013, foi instituída a Lei Municipal nº 11.475, que prevê que 20 % dos parques recreativos da cidade sejam reformulados. Porém, Ponta Grossa conta com apenas um parque inteiramente projetado para pessoas com deficiência, que fica nas dependências da Associação Ponta-grossense de Assistência à Criança com Deficiência (APACD), localizada no Bairro Órfãs.

O projeto de lei obriga, segundo a Agência Brasil, a colocação de brinquedos para crianças com deficiência, em parques e playgrounds públicos e privados. A autoria do projeto é da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), o projeto tem o objetivo de contribuir para a socialização das crianças com deficiência.

A presidente da Associação de Mães de Menores Especiais (AMME), Luciane Gross Mazureck, conta que levou seu filho , que é cadeirante, de treze anos nos brinquedos recentemente adaptados do Parque Ambiental. “ Levei meu filho lá e ele adorou. Dá para entrar com a cadeira de rodas no balanço”.

Estão entre os brinquedos uma balança e um girador. Estes possuem lugar para acompanhantes e acesso de concreto liso para as cadeiras de rodas.

“Eles vão crescendo, e ficando cada vez mais dependentes da cadeira de rodas. A primeira vez que coloquei meu filho em uma balança adaptada eu fiquei maravilhada com o sorriso dele”.

Os brinquedos, apesar de adaptados e com caminho de acesso, não possuem placas sinalizadoras. Luciane teme que a população deprecie os brinquedos por desconhecimento ou falta de sinalização. “ Eu gostei muito mas, infelizmente, tenho medo que não dure”, comenta.


APACD possui único parque inteiramente adaptado da cidade

Márcia Serckumecka, pedagoga da instituição, diz que o parque foi construído, em 2013, por um convênio firmado a partir de parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Segundo a pedagoga, 103 alunos matriculados na parte da escolarização utilizam o parque. Além desses estudantes, também fazem uso do espaço, mais cerca de 100 crianças que frequentam os atendimentos clínicos ofertados pela Instituição.

“O parque não é aberto ao público de fora, porque nossa demanda já é grande. Quanto à manutenção, não existe uma verba específica e ela é realizada com recursos próprios”, complementa.

Depredação

Na segunda semana de julho, Luciane Gross Mazureck, levou seu filho até os brinquedos adaptados do Parque Ambiental. No entanto, o girador havia sido completamente depredado, restando apenas o caminho para a cadeira de rodas.

Ela se diz impressionada com a reação das pessoas já na primeira vez que foi no parque. Segundo Luciane, é necessário uma conscientização a respeito, “crianças se dependuravam e adultos olhavam como se não soubessem para o que servia aquele brinquedo”.

Para mais informações sobre o projeto de lei da deputada Sueli Vidigal (PDT-ES), leia a matéria abaixo, feita pela Agência Brasil:

Câmara obriga parque a ter brinquedos para criança com deficiência