Pessoas com deficiência enfrentam dificuldades no mercado de trabalho. (Foto: André da Luz)

O Paraná é destaque na inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho com mais de mil vagas em aberto (dado de julho) pela Agência do Trabalhador em todo o estado. Apesar disso, problemas colocam empecilhos à contratação, como a falta de acessibilidade nas empresas, um dos principais impedimentos para a inclusão da pessoa com deficiência.


“A maioria dos lugares tem um degrau, tem um segundo andar e não tem adaptação, não tem uma rampa ou um elevador. Isso é o que mais pesa. E por mais que tenha as cotas de emprego para deficiente, tem empresa que acaba não cumprindo e a lei não é tão rigorosa”, relata o cadeirante Antônio Balabuch.

Apesar de o Paraná ser referência quando o assunto é a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o preconceito ainda é um assunto muito discutido.

“As empresas geralmente têm bastante preconceito quando pegam algum currículo. Às vezes, a pessoa tem experiência, mas eles veem que a pessoa tem deficiência e acabam não contratando”, descreve.

Para Osvaldo, o preconceito de muitos empregadores leva a uma desvalorização do profissional. “Muitos pensam que uma pessoa com deficiência não pode trabalhar e não tem o mesmo rendimento de uma pessoa considerada normal”, critica.

 

Sistema de Reabilitação busca promover a inserção no mercado de trabalho

São quase 800 pessoas em Sistema de Reabilitação no Paraná e mais 500 estão na fila de espera. Este Sistema de Reabilitação é ofertado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e atende pessoas que tenham alguma deficiência ou limitação para trabalhar (reabilitados).

“A reabilitação não é uma garantia de emprego, mas facilita o acesso ao mercado de trabalho. A pessoa que conclui o programa recebe o certificado de reabilitação profissional e, a partir desse momento, ela entra nas cotas previstas na Lei 8.213”, conta Lara Fernanda de Lima, responsável técnica pela Reabilitação Profissional em Ponta Grossa.

A Lei de Cotas obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a reservarem vagas de emprego para pessoas com deficiência. Porém, muitas dificuldades aparecem no caminho.

John Élvis Ramalho, diretor da Agência do Trabalhador em Ponta Grossa, comenta que muitas vezes a dificuldade é a insuficiência na oferta de vagas e também a falta do perfil adequado para a vaga que o empregador oferece. “Temos um cadastro com banco de dados, temos um departamento na Agência do Trabalhador, para cuidar das pessoas com deficiência”, completa.

 

* Alteração no título:
Informamos que o título desta matéria foi alterado após a sua publicação, com a substituição da expressão "portadores de deficiência" por "pessoas com deficiência". Agradecemos a observação feita pela leitora Larissa Rosa, em comentário publicado na rede social facebook, chamando a atenção para o erro em utilizar a palavra "portador" para designar as pessoas com deficiência. Pedimos desculpas a todos pela falha, esclarecendo que, embora a alteração de conteúdos publicados não seja uma prática admitida no Portal Comunitário, fizemos a correção do título da matéria para que um erro de tal gravidade não continue publicado no site.
Maria Lúcia Becker, pela coordenação editorial.

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