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Cadeirantes de Ponta Grossa enfrentam problemas no transporte público da cidade. Em reclamações específicas eles apontam falhas na frota adaptada, como a falta de espaço e linhas reduzidas.

João Vitor Miranda, 30, é associado da Apedef (Associação Pontagrossense de Emancipação dos Deficientes) e depende do transporte público para locomover-se

Segundo o atleta, são recorrentes os atrasos para compromissos ou longas esperas por um ônibus adaptado em que haja espaço para embarque. “Acontece da gente querer embarcar, mas em horário de pico o ônibus está lotado e não conseguimos entrar. Tem gente no espaço reservado para nós”, expõe.

A insatisfação com o serviço oferecido se estende aos familiares que reclamam do descaso e grosseria de alguns funcionários da empresa. Edna Mara Rodrigues relata que a demora dos ônibus adaptados compromete a fisioterapia do filho cadeirante e reclama da falta de auxílio. “Outro dia quase machuquei o braço tentando descer com a criança, eles não se dispõe a ajudar”, diz.

O presidente da Apedef, Alexandro de Paula, explica que embora perceba-se melhoras no transporte público adaptado, há mudanças pontuais que ainda são necessárias. “A VCG poderia fazer um curso de reciclagem para os motoristas e cobradores. Uma dinâmica para que eles vejam qual a situação dos cadeirantes que dependem do transporte público”, relata.

Conforne artigo 2° da Lei n° 10.098/00, acessibilidade é a “possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

O artigo 1° da mesma lei estabelece normas gerais de promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência, inclusive no que concerne ao transporte público.

 

Próximo bloco: Mesmo com falhas frota adaptada da cidade passa de 80% do total de veículos

Editorial: Um direito de todos

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