Crítica de Ponta
Produzido pelos alunos do terceiro ano do curso de Jornalismo da UEPG, o Crítica de Ponta traz o melhor da cultura da cidade de Ponta Grossa para você.
Famílias paranaenses (também) vivem em poço de desigualdade social
De acordo com a Pesquisa Orçamentária Familiar (POF), divulgada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,1% do total de 3.961.208 famílias paranaenses vivem com dois a três salários mínimos por mês. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE mostra que houve um aumento de 8,4% na renda das pessoas mais ricas, com queda de 30% nos ganhos das classes mais pobres.
Os dados podem ser relacionados com a crítica apresentada no filme O Poço, que retrata as desigualdades enfrentadas por quem está abaixo nas camadas sociais.
A obra, datada de 2019, parece sintonizar com o cenário que enfrentamos atualmente: miséria para alguns e fartura para outros. A clara crítica ao sistema de classes sociais é abordada de forma dura do início ao fim do filme. De acordo com a sinopse, na plataforma de streaming Netflix: “na prisão, a comida é distribuída de cima para baixo. Quem está nos andares de cima come à vontade. Quem está embaixo fica com fome. Um prato cheio para uma rebelião”.
O Poço é o nome dado a uma espécie de prisão vertical em que as pessoas são separadas em andares, em alusão à estrutura socioeconômica dividida em esferas sociais do sistema capitalista. Em cada andar duas pessoas precisam sobreviver durante um mês, até que sejam realocadas para outro nível aleatório. Existem 333 níveis ao todo. Quanto mais baixo o nível, mais difícil se torna a chegada de comida.
As pessoas que estão na prisão retratada no filme recebem comida por meio de uma plataforma que desce uma vez ao dia a cada andar. O preparo do banquete é feito no nível zero, embora haja comida para alimentar a todos, quem está nos níveis acima não costumam se importar com quem está abaixo. “Óbvio”, como diz o personagem Trimagasi, que, ao menos no caso ilustrado, a arte imita a vida.
Por Ana Moraes
Serviço:
Filme: O poço
Ano de produção: Espanha, 2019
Direção: Galder Gaztelu-Urrutia
Gênero: Ficção científica, Terror
Duração: 1h 34 min
Disponível: Netflix e Topflix
O longa-metragem é do gênero Ficção científica / Terror e está disponível para acesso na Netflix
Experiências e relatos de mulheres sobre a covid-19 viram livro
Lançado pela Editora CRV neste ano, o livro “Vivências de mulheres no tempo e espaço da pandemia de Covid-19: Perspectivas transnacionais”, é da autoria de Georgiane Garabely Heil Vázquez, Joseli Maria Silva e Karina Janz Woitowicz. A obra foi apresentada durante o primeiro dia do “7º Colóquio Mulher e Sociedade - Direitos humanos em tempos de pandemia” por Vázquez e Janz, realizado entre os dias 28 e 30 de Junho. O livro reúne experiências de mulheres das Américas, Espanha, Portugal e França com os relatos do primeiro semestre de 2020. Contendo relatos em português e na maioria espanhol, aborda temas como cuidados, corpo, trabalho e políticas públicas.
Na primeira parte da chamada “Cuidado e Corpo”, o livro contém cinco textos com abordagens teóricas, relatos de experiências e análises sobre o espaço privado, cuidado, sexo, prazer e maternidade. A segunda parte do livro chamada “Cuidado e Trabalho” tem oito textos que tratam da desigualdade de gênero no mundo do trabalho durante a pandemia, focando no espaço doméstico. Já na terceira e última parte “Cuidado e Políticas Públicas” há cinco textos com análises e discussões a respeito do papel do Estado e da atuação dos grupos organizados sobre políticas de acesso a serviços e direitos na pandemia.
O livro objetiva levar relatos essenciais no momento para mais pessoas de forma gratuita. As mulheres pesquisadoras propõem uma reflexão crítica sobre o momento atual em que o mundo se encontra ao discutir as desigualdades socioculturais e as questões de gênero. O Brasil precisa de discussões e livros como esse para que a população fique atenta a quem coloca no poder, para que direitos sejam respeitados e para que 500 mil famílias não percam as pessoas que amam.
Por Ana Paula Almeida
Editora: EDITORA CRV (Curitiba/PR)
Ano: 2021
Páginas: 378
Vivências de mulheres no tempo e espaço da pandemia de Covid-19 foi lançado no 7º Colóquio Mulher e Sociedade (Junho/2021)
(M)UM talento musical de Ponta Grossa
Emudecer! Este é o título do recente trabalho musical da cantora e compositora paranaense Gabriela Cordeiro de Paula. No novo projeto, a cantora faz uma parceria com a drag Lilo. Também conhecida pelo nome artístico MUM, que vem da abreviação “Mais Uma Mulher”, a vocalista ganhou destaque em Ponta Grossa pelas produções musicais próprias que questionam as ‘normalidades’ sociais de comportamento. A cantora se apresenta como “a tríplice da mãe, da lua e da mulher”.
Em 2019, MUM lançou seu primeiro EP chamado “Nebulosa”, que conta com quatro músicas autorais: Eu vou, Quem é você, Reborn e Reciclo. O EP traz letras que misturam os idiomas português e inglês e que apresentam um tom melancólico e obscuro. Com potência na voz, MUM mostra seu talento com fortes vocais nas canções, que combinam com o clima de melancolia das melodias.
Embora o EP tenha sido lançado em 2019, foi em 2017 que MUM iniciou no cenário musical independente, incentivada por Rafael Arcoverde, seu atual guitarrista, e começou a produzir e investir em trabalhos autorais. Também em 2019, a cantora lançou a música “Um corpo é um corpo”, onde defende a diversidade de corpos e critica os padrões de beleza com versos como: “A beleza não precisa machucar. O corpo gordo é obra prima, é lar”.
Por Deborah Kuki
Serviço:
“Emudecer”
Gabriela Cordeiro de Paula (MUM) e Willian Cabral (Lilo)
Disponivel em: https://youtu.be/3U0fPIEet5k
Lilo e MUM para a capa do single “Emudecer”, lançado em 18 de junho.
Fonte: Facebook da cantora MUM.
Chamada: Cantoras Lilo e MUM lançam single em Ponta Grossa
Retrospectiva ‘Say Hai' traz influência das raízes japonesa em obras
A exposição virtual “Say Hai, Retrospectiva”, da artista Sandra Hiromoto, apresenta 18 obras que foram pintadas entre os anos de 2012, à 2017, como uma forma de representar as próprias vivências no resgate, percurso de memória e trajetória do olhar sobre o Japão contemporâneo.
Os quadros apresentam a exploração das cores, com predomínio do vermelho, azul e várias tonalidades de marrom, a obra é vibrante, mas não interfere na identificação dos desenhos e colagens. As criações contribuem para que o espectador possa transitar pelas memórias da artista. Algumas das pinturas foram elaboradas a partir da apropriação de gravuras tradicionais japonesas, o que fizeram com que Hiromoto se conectasse com as raízes reafirmando a identidade.
O que contribuiu para a artista desenvolver pinturas nesse estilo é a técnica e a formação acadêmica, que passa pelo desenho industrial, o marketing, por poéticas no ensino da arte, além de pesquisas em práticas de intervenções urbanas e instalações baseadas na técnica da pintura. Todo esse ensino permitiu com que ela atribuísse nas produções além da influência japonesa, trazer o lado mais moderno do país.
Enquanto acessam a exposição virtual da artista plástica Sandra Hiromoto, os espectadores podem apreciar a música Human Kind, da musicista Fernanda Takai, que contribui para uma experiência à exposição.
Sandra Yoshie Yamakawa Hiromoto nasceu em 04 de março de 1968, na cidade de Assis Chateaubriand no Paraná, graduada em Desenho Industrial em 1990, fez a primeira visita ao Japão em 1989 para um intercâmbio na Universidade de Okayama. Em 1993 concluiu a Pós Graduação em Marketing e Gerenciamento de Empresas na Funesp, e em 2004 concluiu a Pós Graduação em Poéticas no Ensino da Arte Contemporânea na Universidade Tuiuti do Paraná. Foi editora de artes visuais do Jornal Memai, integrante do Núcleo de Artes e Tecnologias da Faculdade de Arte do Paraná. É professora de pintura e poética contemporâneas no Centro Europeu, em Curitiba-PR.
Com a pandemia em função da Covid-19, muitas das exposições que aconteciam presencialmente, foi substituída pela virtual. A mostra de Sandra pode ser acessada através do site da PROEX, em uma parceria com a DAC Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais, que além de “Say Hai, Retrospectiva” disponibilizaram outras exibições virtuais a fim de possibilitar com que o público tenha contato com as mais variadas formas de expressões artísticas.
Por Larissa Godoi
Serviço:
Exposição: “Say Hai, Retrospectiva”
Autoria/Produção: Sandra Hiromoto
Local: PROEX UEPG - https://www2.uepg.br/proex/
Site da artista: https://www.sandrahiromoto.com.br/
Artista plástica Sandra Hiromoto com a obra do conjunto “Say Hai” em 2015
Fonte: Disponível no portal da PROEX
Portal D’Ponta News aposta na periodicidade e na interação com internautas
O portal de notícias D’Ponta News é um produto do grupo D’Ponta Mídias e Consultoria e começou sua atividade em 2019. Nele, é possível ter acesso a reportagens em texto e em vídeo. Logo abaixo do logo do portal, estão disponíveis as editorias: Agronegócio, Brasil, Campos Gerais, Coronavírus, Paraná, Política, Ponta Grossa, Saúde, Vídeos e Vinhos e Viagens.
As notícias de destaque são apresentadas no topo da página com três fotos grandes, uma delas maior que as outras duas. As notícias antigas ou “menos relevantes” se encontram na parte inferior da página. O portal também apresenta a seção “Crônicas dos Campos Gerais”, onde se encontram textos escritos por diferentes pessoas.
O D’Ponta News conta com cinco colunistas: Patrícia Ecave, Ricardo Weg, Sara Pavarini, Matheus Schlosser Basso e Marilyn Schlosser. O portal também está presente nas redes sociais, como por exemplo no Twitter e no Instagram. A publicação de notícias é diária e o portal é atualizado até mesmo no domingo.
O portal D’Ponta News se destaca no que se propõe: atualizar o internauta com notícias em tempo real, na maioria dos casos sobre Ponta Grossa e Região. A equipe do portal aparenta prezar pela interação com seus leitores, pois apresentam número para contato no rodapé da página e também disponibilizam um link para entrar no grupo deles no Whatsapp.
Por Levi de Brito
Serviço:
Portal D’Ponta news
https://dpontanews.com.br/vinhos-viagens/
Editora: D’Ponta news e Consultoria
A foto que ilustra a logo do portal é do fotógrafo Clebert Gustavo
A popularização da culinária japonesa no delivery em PG
A culinária japonesa já está ambientada ao Brasil, seja ela de forma tradicional, ou mais “acessível” para diferentes gostos e também novos consumidores. Além disso, muito por conta da pandemia, os aplicativos de serviço de delivery como o ifood têm se tornado cada vez mais presentes no cotidiano dos usuários.
Juntando duas tendências, os restaurantes de comida japonesa buscam plataformas para oferecer diferentes opções aos clientes, como combinados, combos, temakis, pratos quentes e até mesmo sushi no copo (sim, no copo). Por outro lado, a exigência do consumidor se torna ainda maior nesse ramo culinário, que além do sabor, é muito avaliado pela beleza, montagem e qualidade, como frescor dos produtos e até mesmo a embalagem.
Os aplicativos de delivery possibilitam a sessão de avaliações, onde os clientes podem tirar as próprias conclusões entre vários elogios e uma quantidade considerável de críticas, que variam entre reclamações de atraso na entrega, aparência e cheiro ruim, sushis desmontados e bagunçados, entre outras. A estratégia do espaço ofertado para opiniões dos consumidores é um dos responsáveis pelo sucesso da plataforma, pois traz engajamento e cria diferentes níveis entre os restaurantes.
Embora o aplicativo torne o procedimento de busca e realização dos pedidos mais rápidos e com algumas promoções através de cupons (principalmente para novos usuários), a culinária japonesa normalmente possui um preço mais elevado, que varia de R$36 a R$280, por exemplo. Enquanto isso, também no próprio app, hambúrgueres giram em torno de R$25, com tamanhos maiores para quem procura “encher a barriga”.
Por Gabriel Ryden
Serviço: Informações do aplicativo Ifood
Sushi Top / 1 Real a Peça: combinados variam de R$23 até R$50.
S.A Casa do Sushi Ponta Grossa: combinados variam de R$40 até R$120.
Neo Tokyo Sushi Delivery: combinados variam de R$36 até R$280.