O grupo de trabalho “Desigualdade de Gênero e Perspectivas de Inclusão” foi apresentado na tarde desta quarta-feira (8) durante o 5º Colóquio Mulher e Sociedade. O GT apresentou 9 artigos que analisaram diversas problemáticas sob perspectivas de diferentes áreas, como Direito, Geografia e História. O trabalho da mulher do campo e as relações neste ambiente tradicional foram pautados por Virginia de Souza, enquanto Diego Osni Fernandes apresentou o cenário das drag queens em Ponta Grossa: “a drag é um instrumento de quebra de paradigmas, ela é uma expressão artística e momentânea”.
No segundo bloco, Maria Cristina Baluta refletiu sobre a maternidade e paternidade perante a lei. Para isso, levou em conta a alteração do artigo 318 do Código de Processo Penal, pelo qual a mulher pode ter prisão preventiva transformada em domiciliar caso tenha filhos de até 12 anos, enquanto isto só é válido para o homem caso ele seja o único responsável – o que dá a entender que a criação dos filhos é uma responsabilidade única da mulher. Murilo Henrique da Lima Costa e Susana Maria Bartmeye analisaram a história das leis brasileiras que tratam da violência contra as mulheres e seus direitos civis. Jéssica Emanueli Moreschi Bedin debateu sobre adolescentes em conflito com a lei na cidade, expondo a necessidade de mudança de tratamento e representação das jovens infratoras.
A desigualdade do Jornalismo também foi retratada por quatro trabalhos, de Kethlyn Lemes, Nicolas Ribeiro, Graziela Soares Bianchi e Mariana Braga da Fonseca. As conclusões foram similares: embora as mulheres sejam maioria no mercado, seus salários são menores e suas áreas de atuação são vistas pouco sérias ou sem muito prestígio. Além disso, percebe-se uma maior propagação de estudos de gênero no ambiente acadêmico, mas estes acabam não interferindo nos produtos jornalísticos, de acordo com a pesquisa de Fonseca.