Feminista afirma que auxílio psicológico é essencial durante o aborto
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Domingo, 24 Setembro 2017 17:25
- Produção: Ana Istschuk, Barbara Popadiuk e Verônica Scheifer
Nesta edição do Ponto da Notícia Entrevista, convidamos o psicanalista e professor Daniel Frances para explicar os transtornos mentais comuns na adolescência. Frances é formado em Psicanálise pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Integrada do Estado de São Paulo e especialista em Psicologia Oncológica e Terapia de Florais. Confira!
Maio é o mês de conscientização da doença celíaca, porém preconceito persiste
“As pessoas não conseguem entender que não é frescura, que realmente não posso comer. [...] A avó do meu marido sempre fala ‘come só o recheio, raspa a parte de cima.’”, relata Júlia Souza, nutricionista que convive com a doença celíaca (DC) há quinze anos. Apesar do aumento de produtos ofertados e das discussões na mídia, a desinformação sobre doenças alimentares ainda está presente no imaginário popular. “A moda do glúten free é péssima, as pessoas olham e pensam que você quer emagrecer”, completa a nutricionista. O relato é comum entre pessoas que compartilham as principais sensibilidades alimentares: doença celíaca e intolerância à proteína do leite.
No mês das mães, fala-se sobre presentes e homenagens. Mas as dificuldades enfrentadas pelas mulheres durante o parto ainda são pouco debatidas.
No ano de 2016, 879 mortes maternas (com causa obstétrica declarada) foram registradas no Brasil, de acordo com o DATASUS. Destas, 43 foram no Paraná. Conforme pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2010), uma em cada quadro mulheres sofreu algum tipo de violência durante o parto no país. Violência obstétrica é caracterizada por qualquer ato contra a mulher durante o parto, no âmbito sexual, reprodutivo, psicológico e físico, através de tratamento desumano, abuso de medicação e negação da decisão sobre o próprio corpo.
A violência obstétrica foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jaqueline Guerreiro e Leonardo Mordhost, defendido no início de 2017, pelo curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). " O objetivo principal é dar voz às mulheres que são silenciadas pela mídia e instituições hospitalares, conscientizar o público de tais procedimentos e, com isso, denunciar as práticas e cenário abusivos", afirma Jaqueline Guerreiro. Confira o documentário, com depoimentos sobre o tema em Ponta Grossa:
Existem quatro pŕaticas mais comus de violência obstétrica: episiotomia, incisão que aumenta a abertura vaginal durante o parto; aplicação de ocitocina sintética, que acelera o trabalho de parto, mas aumenta a dor; manobra de Kristeller, ato de pressionar a barriga da mulher no momento em que ela faz força para o bebê nascer; e litotomia, posição em que a mulher é obrigada a permanecer durante o parto.
Em entrevista ao Periódico, a enfermeira obstétrica Ana Paula Robert aponta a cesariana fora do trabalho de parto como uma forma de violência obstétrica. A enfermeira é fundadora do grupo Ventre & Luz, pioneiro em Ponta Grossa na realização do parto domiciliar planejado. Ouça um trecho da entrevista:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de cesárias não deve ultrapassar 15% do total de partos. No sistema de saúde brasileiro privado, o índice é quase cinco vezes maior que o indicado; no Sistema Único de Saúde (SUS), o número equivale a três vezes a recomendação da OMS.
Na sexta-feira (05), a Associação em prol da Maternidade Ativa e Segura (AMAS) exibe o documentário na sala A17 do bloco A, no campus central da UEPG. A apresentação começa às 19h, seguida de um debate com os autores.
A programação da campanha de prevenção ao suicídio tem término de suas atividades nesta sexta-feira, 30. A Secretaria Estadual de Saúde desenvolveu a exibição de vídeos educativos em todo o estado para discutir a importância da temática. A iniciativa teve ainda a estratégia de divulgação através de redes sociais. Ouça reportagem com especialistas sobre a importância do diagnóstico e tratamento de desordens mentais no período da adolescência.
Em março de 2016 foi inaugurado um projeto que beneficia pessoas com doença celíaca em Ponta Grossa. As pessoas que possuem alergia ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, recebem um kit de alimentos da Unidade de Produção de Alimentos (UPA). O kit, com pão, bolo, biscoitos e macarrão, é entregue uma vez na semana. No entanto, faz duas semanas que os kits não são produzidos por falta de fornecimento dos ingredientes.