Estão expostas cerca de duas mil peças de bio e geodiversidade

 

Foi inaugurado no último dia 28, o Museu de Ciências Naturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com três anos de atraso. O espaço fica no campus de Uvaranas da instituição e conta com aproximadamente duas mil peças para exposição, tanto de geodiversidade quanto de biodiversidade. 

A ideia de organização de um local de estudos desta área partiu dos professores Antonio Liccardo e Denilton Vidolin. Ambos comandavam projetos distintos e tinham a ideia de unificá-los em um museu. Juntos conseguiram financiamento para bolsas que auxiliaram na instalação do estabelecimento. “Na prática levamos um ano catalogando, montando as vitrines e fotografando”, afirma Liccardo.

Um dos fatores que contribuiu para essa demora foi a pandemia, mas, segundo Liccardo, o trabalho de montagem do museu se mostrou mais complexo do que imaginavam. “Não é uma simples disposição de acervo, a gente acabou se aprofundando nas questões museológicas. Todos nós do grupo de instalação fizemos os cursos online do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)”, explica o professor.

Algumas peças do complexo foram coletadas por alunos da universidade. É o que diz Mateus Alexandre, estudante de Biologia na UEPG. “Tem alunos que utilizaram suas coletas nos seus projetos, tanto de graduação quanto de extensão”. Mateus explica que apesar do museu não estar incluído em seu projeto, ele cedeu uma espécie de planta para ilustrar o stand da Floresta Ombrófila Mista. “Eu emprestei o exemplar pra lá até ela aguentar, depois que ela começar a murchar etc, será feita uma exsicata dela e tombada no herbário da UEPG”.  

 

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Atualmente estão expostas cerca de duas mil peças, que vão de rochas a jacarés empalhados. Foto: Levi de Brito

 

Para Liccardo, o Museu de Ciências Naturais é fundamental para a comunidade pontagrossense. “Eu tenho certeza que esse museu tem um impacto grande na qualidade de vida do pontagrossense e na comunidade de Ponta-Grossa”. Não por acaso, Liccardo atualmente está orientando um trabalho de mestrado que defende o potencial deste museu no desenvolvimento sustentável da cidade.

Na educação tal efeito já pode ser percebido. Para Patrícia Camera, professora do curso de Artes Visuais da UEPG, o Museu de Ciências Naturais é um espaço importante para todas as áreas do conhecimento. Patrícia realizou com seus alunos do segundo ano uma atividade de desenho de observação no museu. “A ideia é que eles tomem contato com esse acervo maravilhoso de objetos, animais e rochas”.

 

Serviço

A entrada no museu é gratuita. Quem visita o estabelecimento pode conferir cerca de duas mil peças em exposição, que vão desde rochas e minerais a penguins empalhados. Existem também os stands temáticos, que são confeccionados a partir de um determinado tema, como por exemplo o stand “Mineração em Ponta Grossa”. O Museu conta com um acervo de ciências da terra com amostras de minerais, rochas, fósseis e meteoritos, além de mapas, maquetes e instrumentos de uso na mineração e nas geociências.

 

Reportagem: Levi de Brito

Edição e publicação: Maria Eduarda Ribeiro

Supervisão de produção: Muriel Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

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