A chapa terá mandato de um ano após decisão do Conselho Universitário 

 “A construção do DCE não depende somente da coordenação, mas de todos os acadêmicos”. Essa é a afirmação da acadêmica de Jornalismo e membro da gestão Todas as Vozes, Maria Eduarda Leme. Após quatro anos, a única chapa participante das eleições vai reabrir o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ao todo, 293 discentes participaram do pleito, sendo 228 votos contabilizados para a nova gestão e 65 nulos ou brancos. 

Maria Eduarda conta que a estrutura física do diretório está abandonada, sem fiação, com banheiros em situação deplorável, apostilas e materiais antigos deixados no prédio. “Hoje, o movimento estudantil está morto, a chama das pessoas está apagada”, explica. A representação do abandono também se faz presente na falta de interesse para a votação. Na instituição, são mais de 9.000 estudantes matriculados, entretanto somente cerca de 3% participaram do pleito.

DCE

Foram quatro anos sem representação estudantil na UEPG | Foto: Ana Beatriz de Paiva

O ex-presidente do DCE entre os anos de 1990 a 1992, Mauro Marcolino Carneiro, ressalta a importância das reivindicações dos estudantes. “A nossa gestão reestruturou o movimento estudantil na UEPG”, enfatiza. No período, houve a estruturação de diversos centros acadêmicos, a recuperação da entidade do domínio da extrema-direita que atuava por meio da União Democrática Ruralista (UDR), a confecção de um estatuto, o retorno da participação em congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), e até mesmo o estabelecimento de uma ligação entre o DCE e os estudantes dos colégios de ensino médio de Ponta Grossa.

Até o final do próximo ano, de acordo com Maria Eduarda, a gestão Todas as Vozes pretende retomar o entusiasmo na organização das lutas pelos direitos estudantis. “É um lugar democrático para sermos ouvidos e é preciso apostar no senso crítico dos acadêmicos”, defende. Entre as propostas, estão a busca por transporte para integrar estudantes do campus Centro – Uvaranas, cobrar a universidade sobre a oferta do café da manhã e a melhoria na qualidade do restaurante universitário. A estudante também reforça o compromisso com a cobrança por garantia de condições de segurança nos espaços de circulação da universidade.

 

Ficha Técnica

Produção: Giulia Neves Santos

Edição e publicação: Laura Urbano e Maria Vitória Carollo

Supervisão de produção: Sérgio Luiz Gadini

Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar 

O livro indicado ao prêmio registra descobertas feitas por pesquisadores  que estudam as cavernas e grutas localizadas em Piraí da Serra

Mais de 20 estudiosos de diversas áreas estiveram envolvidos na preparação do livro “EspeleoPiraí: em defesa do patrimônio natural de Piraí da Serra. O livro  catalogou e descreveu achados arqueológicos realizados nas cavernas da região de Piraí da Serra, no Paraná, entre 2021 e 2023. A obra, escrita por pesquisadores em Geografia, Geologia, Arqueologia, Jornalismo, Biologia e Turismo, foi finalista da primeira edição do Jabuti Acadêmico, na categoria Geografia e Geociências. O prêmio foi criado em reconhecimento a produções científicas.

Foto Henrique Simão Pontes1

Livro finalista do Jabuti Acadêmico | Foto: Henrique Simão Pontes

Idealizado em 2021 pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas (GUPE), do bacharelado em Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o projeto EspeleoPiraí estuda a formação e as características das cavernas e grutas localizadas em Piraí da Serra. Essa área de preservação ambiental abrange os municípios de Piraí do Sul, Castro e Tibagi, nos Campos Gerais. Entre as descobertas que deram origem ao livro se destacam as pinturas rupestres de araucárias em Piraí da Serra, no norte dos Campos Gerais,  algo nunca visto em nenhuma outra área de preservação ambiental. O Núcleo de Produção Audiovisual (NPA), projeto de extensão da UEPG voltado à produção de conteúdo jornalístico em vídeo, registrou este e outros achados em quatro mini documentários. O grupo também realizou a   assessoria  do projeto e  ajudou na elaboração de dois guias infantis sobre o assunto.

O coordenador do Grupo de Pesquisas Espeleológicas, professor Henrique Pontes, explica que o EspeleoPiraí envolveu 15 instituições e estudiosos de áreas como Geologia, Comunicação e Microbiologia. “Todo o acervo presente no livro faz parte dessa construção coletiva dos integrantes do EspeleoPiraí ao longo de quase três anos, um projeto que também era um sonho dos integrantes do GUPE”, relembra o professor. Os pesquisadores que participaram da elaboração do livro se dividiram em equipes temáticas e cada uma escreveu um capítulo da obra. 

Um dos capítulos do livro  aborda a função da comunicação em iniciativas dessa natureza. Segundo o professor Felipe Simão Pontes, do curso de Jornalismo da UEPG, o jornalismo pode ajudar a contar histórias sobre essas regiões. “As pessoas que moram perto ou já entraram em uma caverna têm histórias para contar. Das lendas que circulam até a dimensão de um ambiente não controlado e escuro, tudo isso desperta o imaginário”. Pontes também destaca a importância da promoção do saber científico. “O jornalismo acaba trabalhando com a popularização da ciência e um olhar sob outro ângulo, . Uma caverna não é só um espaço escuro ou um lugar onde se guardavam tesouros antigos, mas pode ter a cura para uma doença ou [guardar] pinturas rupestres, que acabam se tornando tesouros contemporâneos”, conclui.

Para o coordenador do GUPE, a chegada à fase final do prêmio representa uma grande conquista. “Não fomos vencedores, mas ser finalista foi uma vitória porque o livro aborda uma pequena área localizada no interior do Paraná e nós concorremos com [obras] que tinham área de abrangência muito maior. Isso mostra que nosso trabalho teve qualidade”, avalia o professor. 

A indicação  surpreendeu os pesquisadores, que escreveram o livro pensando apenas no registro do trabalho realizado. “No âmbito acadêmico, ter um livro indicado ao Jabuti é um prestígio muito grande. [Além disso], foi distribuído gratuitamente em escolas, então não tem só o sentido da publicação em si, mas também uma questão pedagógica”, acrescenta Felipe Pontes. O professor já havia sido indicado ao Jabuti em 2015, por sua tese de doutorado, mas considera que o diferencial deste ano é a valorização de um projeto de extensão. “Nós não esperamos que um projeto de extensão tenha um impacto literário, então acho que esse é o principal sentimento: a valorização da extensão e pensar que um trabalho voltado para a divulgação do patrimônio ambiental da nossa região tem validade nacional”, comemora Pontes.

Ficha Técnica

Produção: Carolina Olegário

Edição: Gabriel Ribeiro, Lucas Veloso e Radmila Baranoski

Publicação: Lucas Veloso e Radmila Baranoski 

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Furtado 

Escritório de Relações Internacionais visa ampliar os conhecimentos e as perspectivas acadêmicas dos alunos

Com 65 convênios internacionais, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) oferece aos estudantes a chance de vivenciar culturas diferentes e expandir suas experiências acadêmicas e profissionais. A UEPG tem se destacado como uma instituição comprometida com a internacionalização e proporciona inúmeras oportunidades de intercâmbio por meio do Escritório de Relações Internacionais (ERI).

UEPG CENTRAL Vera Marina Viglus

    Universidade Estadual de Ponta Grossa possibilita internacionalização acadêmica | Foto: Vera Marina Viglus

Desde a sua criação, o ERI já possibilitou que 799 alunos participassem de programas de intercâmbio. Os cursos de Direito e Agronomia são os que mais oferecem oportunidades. Um dos primeiros e mais importantes convênios da UEPG foi com a Ohio State University, através do The Ohio Program (TOP), que permite a alunos de Agronomia e Zootecnia realizarem estágios nos Estados Unidos.

“A experiência de intercâmbio é, sem dúvida, transformadora", relata Letícia Becher Niedvieski, estudante de 23 anos que participou do MITACS Globalink no Canadá. "Desde pequena, eu falo em morar no exterior e experimentar um estilo de vida diferente. Assim, quando soube da oportunidade do MITACS Globalink através de um amigo que havia sido selecionado, imediatamente comecei a providenciar cartas de referência e a documentação necessária para a aplicação.". Niedvieski também menciona que o maior desafio foi ter encontrado foi ter independência para morar sozinha e conciliar afazeres domésticos, com a vida pessoal e profissional.

Felipe Gaioski participou de um intercâmbio de duas semanas na Universidade da Louisiana em Lafayette, Estados Unidos, "Um intercâmbio sempre é uma experiência muito enriquecedora tanto para a carreira quanto para si próprio. Quando recebi a oportunidade, não pensei duas vezes", comenta Gaioski. Ele menciona que a experiência contribuiu para sua carreira e desenvolvimento pessoal, e destacou a oportunidade de explorar New Orleans e conhecer pessoas de diversos países, o que enriqueceu sua vivência. "Conheci também outro brasileiro, Eurico, violinista e estudante de Música. Uma pessoa extraordinária," relembra.

Amanda Voorsluys, por sua vez, participou de um mestrado sanduíche em Tecnologia Ambiental no Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal. Ela destaca como a experiência ampliou seus horizontes pessoais, acadêmicos e profissionais, e proporcionou interações valiosas com pesquisadores de várias partes do mundo. "Minha primeira vez fora do país foi incrível. Conheci pessoas de várias partes do mundo e de culturas diferentes. Participei de aulas, visitas de estudos, eventos universitários, bem como atividades na cidade" relata.

Além de oferecer suporte aos alunos para questões como moradia e documentação, o ERI garante aos estrangeiros que vêm para Ponta Grossa o acesso gratuito ao Restaurante Universitário através de uma parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). A atuação da UEPG na Rede Zicosur Universitária, grupo de universidades públicas de seis países da América do Sul, reforça o compromisso da instituição com a integração regional acadêmica e o intercâmbio nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.

A UEPG, por meio do ERI, continua a investir na internacionalização, oferece aos seus estudantes a chance de crescerem em ambientes multiculturais e se prepararem para um mercado de trabalho globalizado. “As experiências de intercâmbio relatadas pelos alunos comprovam que essas oportunidades são essenciais para o desenvolvimento completo, enriquecendo tanto a vida acadêmica quanto pessoal dos participantes” comenta Sulany Silveira, diretora do Escritório de Relações Internacionais. "Todo aluno deveria ter a oportunidade de participar de um intercâmbio e viver intensamente uma nova cultura e novos aprendizados," salienta Niedvieski.

 

Ficha Técnica

Produção: Radmila Baranoski

Edição e publicação: Vitória Schrederhof

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Kevin Furtado

 

 

 

 

 

 

 

Os trabalhos beneficiam  mais de 1 milhão de pessoas segundo dados da Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais

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 A UEPG possui atualmente 20 programas e 158 projetos extensionistas | Foto: Nicolle Brustolim

Os departamentos de graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) desenvolvem projetos e programas de extensão com o intuito de promover o aprendizado e maior contato dos acadêmicos com a realidade. As ações desenvolvidas pelos cursos da instituição costumam acontecer com a orientação de professores e funcionam a partir da atuação dos alunos em contato com a comunidade interna e externa, por meio do aprendizado obtido em sala de aula. 

O Projeto de extensão  “Nós na Rede”, criado em 2009, gerenciado pelo Departamento de Odontologia, possibilita a prática de pesquisas e ações organizadas para prestar informações sobre saúde bucal e tratamentos odontológicos. Tem por objetivo suprir a carência de políticas de apoio voltadas à população. “É super gratificante levar informações sobre a Odontologia para as pessoas e ver o retorno de quem precisa e tem interesse nos atendimentos”, afirma Larissa Inácio, estudante do terceiro ano de Odontologia que participa há 7 meses do projeto. Para a acadêmica, o trabalho permite tornar a saúde bucal mais próxima da realidade de algumas pessoas sem acesso a esse tipo de conteúdo. Outro Projeto que tem dedicado atenção aos moradores da cidade é a  Incubadora de Empreendimento Solidários (IESol). A entidade atua desde 2005 na universidade e sua organização conta com o apoio do curso de Serviço Social. O objetivo do projeto é  fomentar, organizar e consolidar empreendimentos econômicos solidários  no município. Esses perpetuam princípios importantes para a vida em sociedade, para além da geração de renda. “A economia solidária propõe que se trabalhe na perspectiva de autogestão, princípios de sustentabilidade e democracia, participação social, defesa do meio ambiente e minorias”, explica Reidy Rolim de Moura, coordenadora da IESol. Atualmente o programa atende mais de 300 pessoas e, consequentemente, beneficia indiretamente suas famílias, afirma a coordenadora.

 A IESol, trabalha com grupos em situação de vulnerabilidade social, como dependentes químicos e pessoas atendidas pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD). A acadêmica Rafaela Bueno, de serviço social, atua há 1 ano no projeto. Para a jovem, a participação em projetos desse tipo auxilia na formação de profissionais conscientes. “Para mim estar inserida  nesse âmbito é de extrema importância, visto que dá sentido ao tripé da universidade: ensino, pesquisa e extensão, em que estudantes podem compreender de forma crítica a realidade de cada indivíduo, proporcionando a preparação de um profissional humanizado,”. Segundo a estudante, a economia solidária se contrapõe ao sistema vigente atual e mobiliza alguns princípios que favorecem oportunidades de geração de renda às pessoas.

De acordo com a Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (PROEX)  da UEPG, a Universidade tem atualmente 20 programas e 158 projetos extensionistas. A maior parte deles se localiza no setor de Ciências Biológicas e da Saúde, seguido pelo setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. Ao todo, por meio das atividades desenvolvidas, eles atingem em torno de 1,5 milhão de pessoas na região dos Campos Gerais.

 

Ficha Técnica

Produção: Nicolle Brustolim

Edição e publicação: Luísa de Andrade e Vitória Schrederhof

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Luiza Carolina dos Santos 

Docentes lutam pela recomposição salarial, revogação da LGU e concurso público 

De acordo com Volney Campos o sindicato está sempre aberto e receptivo para professores que queiram se filiar. Foto Mariana BorbaSindicatos das sete universidades estaduais se reúnem no dia 12 de abril para discutir a continuidade da luta a favor da revogação da LGU. Foto: Mariana Borba

Após as paralisações de 2023, os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) continuam na luta por reivindicações da categoria. As mobilizações grevistas se encerraram em dezembro do ano passado e resultaram no aumento do Adicional de Titulação (ATT) dos docentes. Professores especialistas passaram a receber adicional de 30%, ao invés de 25%. O adicional de mestres passou de 50% para 60% e o de doutores de 80% a 105%. No entanto, segundo Volney Campos, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEPG (Sinduepg), participante das movimentações do ano passado, o aumento do ATT, apesar de ser a principal demanda, não era a única reivindicação dos docentes estaduais. O Sindicato também luta pela alteração do Plano de Carreira (PCC), recomposição salarial e revogação da Lei Geral das Universidades (LGU). 

De acordo com Campos, o aumento do ATT ameniza o problema, mas não resolve completamente. “O governo do estado, sem qualquer tipo de diálogo, de uma forma bastante impositiva para o movimento sindical, só reconheceu o aumento no auxílio titulação, os chamados ATTs, que trouxe um ganho real de salário, mas muito aquém daquele que a gente pretendia para zerar as perdas inflacionárias”. 

O dirigente diz que, na data-base do ano passado, quando os salários foram reajustados em 5,79%, e com os aumentos de ATTs, a defasagem salarial foi reduzida, mas ainda permanece na casa dos 34%. “Houve um avanço, mas foi um avanço modesto, se a gente considerar o que estava em discussão. Mas foi o que o movimento conseguiu lutar e adquirir naquele período”, diz. O presidente do Sinduepg conclui que a greve foi exitosa e deu mais força para continuar a luta pela recomposição salarial, pela alteração do Plano de Carreira, revogação da LGU e realização de concursos públicos para professores efetivos. Ele explica que o movimento será retomado em abril e maio deste ano, quando volta à pauta do sindicato as reivindicações da categoria. 

 

UEPG está há oito anos sem concurso para professores efetivos

Desde 2016, a universidade só realiza processos seletivos para professores temporários, chamados de colaboradores. Com a LGU, a UEPG tem direito a apenas 838 docentes efetivos. Antes, a Lei n° 16.555/2010 permitia 1018 vagas. No entanto, a instituição emprega atualmente apenas 642 docentes. O restante dos professores da UEPG são colaboradores, com direitos restritos, o que impacta diretamente no ensino dos estudantes e no bem-estar dos docentes.

Suelen Campiolo é professora colaboradora no Departamento de Estudos da Linguagem da UEPG. De acordo com ela, trabalhar nessas condições a impede de ter um planejamento financeiro, acadêmico e familiar. “Outra dificuldade, decorrente do medo de ficar desocupada após o fim do contrato, é estar constantemente prestando provas em outros processos seletivos. Isso gera uma sobrecarga de trabalho e me adoece física e mentalmente, pois, além das 40 horas do meu contrato na UEPG, dedico meu tempo livre a estudar para outros concursos. É um ciclo vicioso: por estar cansada das aulas, meu desempenho nas provas cai, assim tenho de continuar prestando concursos e sigo sempre cansada”, salienta. 

Giuliano Lellis Ito Santos também é docente colaborador no Departamento de Estudos da Linguagem. O professor relata que o contrato de professor temporário impacta na criação de vínculos na universidade. Além disso, professores colaboradores ministram grande parte das disciplinas: “Os professores efetivos acabam dedicando-se à pós-graduação, quando não estão em cargos de chefia, já que os temporários não estão autorizados a isso, o que reduz o tempo deles na graduação, forçando a contratação de temporários. Esse cenário serve de exemplo de como a universidade, que sofreu muitos cortes nos últimos anos, teve que lidar com suas obrigações: ensino, pesquisa e extensão.”

Tanto Suelen como Giuliano apontam que, caso a UEPG abrisse concurso para professores efetivos, eles teriam interesse em concorrer. Segundo Suelen, existe uma urgência nessa mudança de cenário. “Muitos professores se aposentaram nos últimos anos no nosso departamento e essas vagas simplesmente desapareceram. Também passamos a ofertar uma nova linha de formação desde 2023, então aumentou o número de alunos, mas não o de docentes. Os colaboradores deveriam ser usados apenas em situações excepcionais, substituição de afastamentos temporários, e não para preencher essas lacunas das aposentadorias e da expansão de cursos”.

Aumento do Adicional de Titulação não recompõe as perdas salariais. Infográfico Mariana BorbaAumento do Adicional de Titulação não recompõe as perdas salariais. Infográfico: Mariana Borba.

 

A luta continua

Diante deste cenário, Volney Campos aponta que o SINDUEPG permanece em negociação com o Governo pela recomposição salarial e alteração do Plano de Carreira. Os docentes das sete universidades estaduais do Paraná continuam na luta pela revogação da LGU, que disponibiliza pouco orçamento para instituições em constante crescimento e demandam mais investimentos. Os pŕoximos movimentos da categoria estão sendo discutidos em reuniões desde o dia 12 de abril.

Sindicatos das sete universidades estaduais se reúnem no dia 12 de abril para discutir a continuidade da luta a favor da revogação da LGU. Foto Mariana BorbaVolney Campos reforça a importância do SINDUEPG e afirma que nenhuma luta se sustenta individualmente. Foto: Mariana Borba .

 

Ficha Técnica:

Produção: Mariana Borba

Edição: Ana Beatriz de Paiva e Laura Urbano

Publicação: Eduarda Macedo e Karen Stinsky

Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza

Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Cândida de Oliveira