Crescimento é relativo à comparação com os números de 2019

 

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Desconto ou isenção total do pagamento pelas refeições é um direito do estudante. Foto: Leriany Barbosa

 

O número de estudantes que se alimentam gratuitamente nos restaurantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) cresceu quatro vezes desde 2019. Isso significa que 385 alunas e alunos não pagam pelas refeições.

Os dados são do edital divulgado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), em 2019, quando 66 estudantes foram contemplados com a isenção, multiplicando por quatro as isenções. Em relação ao pagamento de metade do valor, eram somente oito universitários, subindo para 21.

De acordo com a Política de Assistência Estudantil praticada pela UEPG, é direito do acadêmico a gratuidade ou desconto no valor das refeições fornecidas pelos Restaurantes Universitários da UEPG para quem faz parte do Cadastro Único (CadÚnico). 

Para solicitar o benefício, o universitário precisa comprovar renda familiar mensal de até três salários mínimos para a isenção, ou ter renda familiar de até cinco salários mínimos para conseguir o desconto de 50%.

Holiver Hilan Rosa, estudante de Serviço Social, utiliza o benefício desde que ingressou na UEPG. “Optei por solicitar a isenção do RU, pois eu tinha todos os requisitos necessários e é um direito meu como acadêmico”. 

O mesmo acontece com a estudante do sétimo período de Enfermagem, Jéssica Cardozo. Em 2019, a universitária tinha o desconto de 50% no RU, mas como, atualmente, ela reside com a mãe e com o irmão pequeno, percebeu que possuía os requisitos para solicitar a isenção. 

“Eu até conseguiria frequentar o RU se não tivesse a isenção, porém esses R$ 3,80 me fariam falta no final do mês, ainda mais considerando que eu almoço na UEPG, em média, três vezes por semana”. 

 

Descobrindo o direito

Diferente de Jéssica e de Holiver, o acadêmico do quinto período de Geografia, Felipe Eduardo Melo dos Santos, não chegou a solicitar o benefício logo que ingressou na UEPG. “Em 2020, eu morei somente um mês em Ponta Grossa e até desconhecia a existência do RU, mas com a retomada das aulas presenciais, passei a ficar mais tempo na universidade e comecei a frequentar o restaurante”, diz. 

Felipe até faz cálculos para mostrar o quanto gastaria por mês se pagasse o valor total das refeições. “Como eu almoço e janto durante os cinco dias da semana na UEPG, no final do mês eu teria que pagar R$ 152,00, sendo que a minha principal fonte de renda é a bolsa de pesquisa”, calcula o universitário.

Já a estudante do primeiro período de Pedagogia, Lucia Helena Schiller, possui 50% de desconto no RU. Ela paga R$ 1,90 por refeição. Além da alimentação, ela precisa pagar o transporte. “Como no início da graduação eu estava desempregada, optar por pagar a metade do restaurante me ajudou com as despesas no final do mês”, complementa Lucia.

 

Ficha Técnica

Reportagem: Leriany Barbosa 

Edição e publicação: Cassiana Tozati 

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen  

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