Além das questões estruturais em salas e laboratórios, o curso sofre com falta de equipamentos
O Departamento de Jornalismo (DeJor) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aguarda reformas desde setembro de 2021. As mudanças seriam de toda a estrutura, mas foi reduzida ao sistema de ventilação, pela falta de recursos. Os reparos estavam previstos para antes da pandemia mas, com o isolamento, foram incluídos novos itens. Contudo, nenhuma ação foi desenvolvida. Segundo a Pró-reitoria de Planejamentos, apenas o valor do sistema de ventilação e implantações nos forros e paredes será de aproximadamente R$50.000 reais.
Segundo informações, o projeto de ventilação contratado foi finalizado pela empresa responsável no dia 1 de julho de 2022. Com isso, da parte da elaboração da documentação técnica, falta a finalização do memorial descritivo com os detalhes da execução da obra, a planilha orçamentária e o edital licitatório, para iniciar o processo de reformas.
Além disso, ainda foram pedidos equipamentos para os laboratórios. De acordo com a professora e chefe do DeJor, Karina Janz Woitowicz, foi discutido um projeto de reestruturação do curso de acordo com exigências do governo estadual. “Já reunimos listas de equipamentos, mas é preciso amadurecer o projeto. Será uma tentativa, já que as condições que temos são limitadas”, afirma.
Atualmente, o curso de Jornalismo possui quatro turmas com aproximadamente 30 estudantes cada, que dividem os quatro laboratórios: áudio, audiovisual, texto e fotografia.
Salas do Departamento não passam por reformas ou modificações há mais de 15 anos | Foto: Tamires Limurci
Emenda parlamentar
Em novembro de 2021, o Centro Acadêmico João do Rio formalizou um protocolo de verba de emenda parlamentar destinada à Instituição para a compra de equipamentos. Entretanto, até o momento, não houve movimentações no processo.
Segundo acadêmicos do curso, existem melhorias que poderiam ser realizadas. Para Lívia Souza, estudante do segundo ano, os equipamentos não suprem as demandas e não cumprem as funções necessárias. “Em relação aos computadores, vários não funcionam e os que funcionam estão desatualizados, não permitindo a plataformas que para nós são fundamentais”. Ainda, a estudante aponta que a falta de um espaço de convívio e estudos interfere na rotina de produção.
A acadêmica do terceiro ano, Victória Sellares, aponta que a falta de tomadas na sala de aula prejudica os estudantes, uma vez que a maioria possui apenas uma ou duas tomadas funcionando e não atende todos os estudantes. Em nota, a Universidade Estadual de Ponta Grossa, afirma que “trabalha na atualização da planilha de custos do projeto, o que tornará a reforma do sistema de ventilação viável”. Comenta também que a aquisição de equipamentos depende das solicitações dos gestores, desde que haja previsão orçamentária e recursos.
Ficha Técnica:
Reportagem: Tamires Limurci
Edição e publicação: Victória Sellares
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen