Foto: Nicolas Ribeiro

O caso do pesquisador de pós-graduação em Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Eric Navarro, que foi baleado em um assalto dentro do campus de Uvaranas (24/05), levantou mais uma vez a discussão do movimento estudantil, de sindicatos e comunidade sobre a segurança do campus.

Segundo a assessoria da UEPG e os próprios vigias, a universidade tem 57 profissionais destinados para a segurança patrimonial. Desse total, cinco estão em período de férias e um está de licença especial. São distribuídos dez vigilantes por escala, incluindo os servidores que atuam no serviço móvel que roda 24 horas.

Os vigias atuam no Campus Central, Campus Uvaranas, Pró-reitoria de Extensão (PROEX), Museu Campos Gerais, Cine Teatro Pax, Fazenda Escola, entre outros espaços da universidade. No campus Uvaranas, existem 12 postos de serviço. No Campus Central, são dois postos, um na entrada que dá acesso ao Restaurante Universitário (RU) e outro no estacionamento.

Só o Campus Uvaranas tem 1.161.192,26 m² o que equilave a aproximadamente 107 campos de futebol. A metragem também equivale a área 100 Campus Central da UEPG. A população das comunidades vizinhas atravessam a área do campus para se deslocar de um lado ao outro do bairro. Por isso a existência de vários pontos de passagem no campus, alguns abertos pela própria comunidade.

Em visita a Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) em Ponta Grossa (25), o líder do governo na Assembléia Legislativa (ALEP), Depultado Estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), afirmou que não há recursos para a contratação de servidores vigias.

As versões sobre o lugar do assalto ainda estão distoantes. No mapa do Campus Uvaranas produzido pela reportagem do Periódico, é possível conferir os locais citados pela testemunha, Polícia Civíl e pela Polícia Militar. Segundo a testemunha não identificada e a Polícia Civil, o assalto ocorreu no ponto de ônibus em frente ao Bloco F, como indicado no mapa. Para a Polícia Militar, entrevistada antes do meio-dia (25), Eric foi assaltado na Avenida Carlos Cavalcanti fora do campus, ponto também indicado no mapa. A versão foi reforçada pelo governador do estado, Beto Richa, em entrevistas aos telejornais do dia 25.