O Ciclo Comemorativo 50 anos de maio de 68 realiza, na noite desta terça-feira, 26/06, a palestra “Fotografia de Resistência: imagens em defesa dos direitos humanos” com o fotógrafo João Roberto Ripper antes do encerramento do evento (27). A palestra acontece às 19h na sala A17 do Campus Central da UEPG. Ripper faz uma fala sobre seu trabalho e comenta as fotografias. O trabalho tem inspiração e referência no fotojornalismo de direitos humanos, dialogando com relações dos movimentos que marcaram o maio de 1968. O projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da UEPG, realiza o evento com apoio da Fundação Municipal de Cultura, do Mestrado em Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UEPG.

 


João Roberto Ripper é uma das referências nacionais na luta pela profissionalização do fotojornalista e direito de créditos nas imagens. O fotógrafo começou a carreira nos anos 1970 e, desde o início, utiliza a fotografia para denunciar as injustiças sociais registradas no país. Ripper teve o trabalho reconhecido nos anos 1980, a partir da cobertura do movimento ‘Diretas Já’, com foco em expressões dos direitos humanos, fotografando para mostrar situações de desigualdade onde se destaca a denúncia da violência sofrida pela população rural do Brasil.

 


Organizador do evento, Rafael Schoenherr, explica que o fotojornalista preza pela aproximação da realidade e valoriza a sensibilidade da luz no trabalho profissional. O trabalho que o fotojornalista apresenta em Ponta Grossa foca em trabalhadores urbanos e ribeirinhos. “É fácil precarizar uma população que já é vista como precária. Fazer o inverso, valorizá-los, requer grande habilidade”, avalia Schoenherr sobre as fotos da apresentação da noite. O organizador destaca a importância de retratar a realidade da população. “A proximidade do fotógrafo em relação a uma população tão vasta no país, mas com pouquíssima visibilidade, revela a essência de um trabalho profissional”, diz.

 


Membro da equipe de organização, o estudante Gabriel Miguel fala da importância de Ripper estar presente em um evento sobre os movimentos que marcaram o maio de 68. “Ele registra as lutas sociais, denuncia as injustiças da Ditadura Militar, seu trabalho é fortemente ligado com isto”, diz. As redes sociais do projeto Lente Quente fazem uma transmissão ao vivo da palestra, pelo canal do Youtube (https://www.youtube.com/projetolentequente) e pela página do Facebook (https://pt-br.facebook.com/lentequente/).