O Festival Universitário da Canção através dos depoimentos de Cláudio Chaves e Vivian Bueno
O Festival Universitário da Canção (FUC) realiza sua 32º edição em 2019. Conversamos com o vencedor da 3ª e 8ª edição do FUC, Cláudio Chaves, e com a vencedora da 27ª edição do FUC Nacional, Vivian Bueno, para entender o Festival através de seus relatos. Chaves ganhou o Festival em 1982 e 1996; já Bueno em 2016, mas a paixão pelo evento vive nos dois apesar da diferença nas datas da vitória. Na edição de 2019, ambos estão competindo na etapa regional do FUC.
Foto: Renata Szafransk
Cláudio Chaves é músico e começou a tocar profissionalmente a partir de sua participação no FUC de 1982. Chaves conta que prestou vestibular para o curso de Letras somente para poder participar do evento, e já na primeira tentativa se saiu vencedor. Em 1996 o músico ganhou novamente a premiação, e sua participação no evento não é pequena. Ele já perdeu as contas de quantos Festival participou, seja como competidor ou jurado e nos conta os momentos que mais o marcaram no evento:
“Nossa, tantas cenas me marcaram no FUC. Mas eu acho que a cena mais marcante do FUC, aquela que está na minha retina é de 96 quando eu ganhei o festival pela segunda vez. A minha filha tinha quatro anos e ela usava trancinha, vestidinho comprido, e estava todo mundo cantando a música na final quando eu fiz a reapresentação e ela estava dançando no palco comigo. Eu lembro dessa cena, estava tocando violão, olhando ela e estava muito emocionado, acho que foi a essa [a cena que mais me marcou]. Homenagens que eu fiz à amigos queridos que eu perdi, que morreram na trajetória da música. Fiz músicas para alguns deles, apresentei no Festival, gente que se apresentou comigo... foram momentos marcantes”.
Vivian Bueno é musicista, canta desde criança, e é a única pontagrossense a ganhar o FUC Nacional. A vitória do FUC Nacional aconteceu em 2014 para Bueno, mas a cantora acompanha o Festival desde criança já que seu pai, Álvaro Bueno, ganhou a etapa regional mais de uma vez. A edição de 2019 será a primeira vez que pai e filha irão se apresentar juntos no evento. Bueno nos conta a experiência de crescer nesse ambiente e o momento que mais a marcou no evento:
“De um FUC apenas eu acho que eu não tenho um momento preferido. Mas de todas as edições que eu participei a coisa mais gostosa é a interação com os outros artistas no camarim. É muito gostoso, é uma energia muito boa, não existe uma energia de competição lá atrás sabe. É uma coisa de entrega, de doação e de muito amor, é muito gostoso. No camarim é a experiência mais gostosa que tem, sabe? Nem a experiência de ganhar é melhor do que estar lá, interagir, conhecer, trocar experiência, desejar boa sorte e entender que aquilo é genuíno, é muito legal”.
Ficha Técnica
Reportagem: Amanda Gongra
Supervisão: Angela Aguiar, Fernanda Cavassana, Rafael Kondlastsch, Ben-Hur Demeneck, Hebe Gonçalves
Fotos: Renata Szafranski, Matheus Gastaldon e Arquivo Pessoal
Edição: Alunos do 2° ano de Jornalismo e Ane Rebelato