Para expandir e valorizar os museus no País, diversas ações afirmativas acontecem de forma remota
Com a pandemia da Covid-19, cerca de 176 milhões de pessoas deixaram de visitar museus e galerias no ano de 2020, de acordo com a pesquisa do Art Newspaper. No Brasil, o cenário é o mesmo: o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo, registra queda de 66% com relação ao ano de 2019.
Para expandir e valorizar os museus no País, diversas ações afirmativas acontecem de forma remota. A 19° Semana Nacional de Museus “O futuro dos museus: recuperar e reimaginar”, realizada entre os dias 17 e 23 de maio de 2021, em todo o Brasil, integra eventos que aproximam a população da arte. Outra forma de divulgar os museus na pandemia é a visitação virtual dos espaços. No Brasil, dentre os museus com agenda disponível, estão a Pinacoteca de São Paulo, o Museu Oscar Niemeyer, o Museu Nacional, o Museu da República, a Casa Portinari e a Casa Guignard.
De acordo com a mediadora de uma live realizada no Museu Campos Gerais (MCG) de Ponta Grossa em 12/05, Tamires Limurci, as lives motivam a população a frequentar os espaços e ajudam a reconsiderar a cultura, que já enfrentava dificuldades antes da pandemia. “Os painéis buscam abrir um espaço tradicional e aproximar as pessoas para apoiar museus e galerias”, explica a estudante.
A falta de incentivo às artes e cultura no Brasil, aliado à desigualdade social, são fatores decisivos ao baixo índice de interesse da população em espaços de exposição artística e histórica. Segundo pesquisa do instituto Oi Futuro, 52% dos brasileiros listam museus como locais monótonos. Para a estudante de Jornalismo da UEPG, Catharina Iavorski, o uso da internet pode ser um incentivo ao público desinteressado em museus. “Acessar o conteúdo de forma dinâmica é uma estratégia para despertar curiosidade na população que não frequenta os espaços culturais", avalia.
O uso das redes sociais tornou-se o principal instrumento para divulgar os acervos disponíveis nos museus de forma digital, de acordo com Tamires Limurci, que também administra as redes sociais do Museu Campos Gerais. “Pessoas de outros museus enviam mensagens, elogiando o acervo e as obras existentes no Museu”, relata. Conforme a convidada dos painéis promovidos pelo Museu Campos Gerais (em painel transmitido pelo Google meet, em 20/05/2021), Nina Bufferli Barbosa, os acervos esquecidos precisam ser mostrados e mantidos vivos. “Não apenas para pessoas que se interessam por história, mas para toda a população”, defende.
Ficha técnica
Repórter: Valéria Laroca
Foto: Veridiane Parize/Arquivo
Supervisão: Sérgio Luiz Gadini
Publicação: Robson Soares