Comportamento permite liberdade na pele de um personagem, além de diversão
Quem nunca sonhou em ser um super-herói ou aquele personagem de um jogo que faz sucesso? É desse desejo que surge a arte de fazer cosplay, que cada vez mais desperta a atenção de pessoas de diversas faixas etárias em várias localidades como, por exemplo, Ponta Grossa. Entretanto, se transformar em um personagem vai muito além de apenas utilizar um figurino e a maquiagem, é também uma busca pela sua própria identidade.
A artista plástica e cosplayer G4briellev, (grafado assim mesmo), começou a se vestir como seus personagens favoritos aos 12 anos e hoje, aos 19 anos, ela expõe suas produções em eventos da cidade. Por ser uma pessoa introvertida, se transformar em outra pessoa, mesmo que por alguns momentos, a faz vivenciar uma outra personalidade, com a qual se sente à vontade.
“Eu comecei com os videogames, porque eles funcionavam como um refúgio da realidade. Eu chegava da escola e esquecia dos problemas da vida”. Além de se transformar, a artista também é ‘Cosmaker’, ou seja, produz e costura roupas para outras pessoas que também querem fazer parte desse universo. G4briellev aponta que o cenário em Ponta Grossa está se modificando, pois muitas pessoas estão perdendo o preconceito com os Cosplays e participando de eventos e outras interações.
Cosplayers durante o evento Cat-con. Foto: Luiz da Luz
Já Gabriela Catarin, estudante de Arquitetura e Urbanismo, viu no Cosplay uma forma de unir duas paixões ao mesmo tempo: maquiagem e Scooby-doo. Para ela, se vestir como a personagem da Daphne, vai além de gostar do desenho. “Quando eu me transformo na Daphne, eu me sinto mais confiante e feminina. Afinal, quem não gostaria de resolver crimes usando a maquiagem?”.
Além disso, ela sente que as pessoas que não estão envolvidas com o cosplay não estranham tanto quando vêem, como acontecia anteriormente. “Antes, quando eu andava na rua vestida, recebia olhares feios e percebia que achavam piada. Mas hoje, sinto que são bem mais abertos e, em alguns casos, até pedem fotos”.
Em Ponta Grossa, o cenário cosplay apresenta um aumento, principalmente na quantidade de eventos. Só no primeiro final de semana de junho, ocorreram três eventos distintos, sendo um deles o Cat-con, uma feira cultural com música, concurso de cosplay, flash-tattoo, jogos e a presença de comércios como a Piticas e a Livraria Curitiba. O evento ocorreu na MiPadres, um restaurante mexicano em Uvaranas, e reuniu pessoas de diversas faixas etárias.
Ficha Técnica
Reportagem: Tamires Limurci
Edição e publicação: Maria Luiza Pontaldi
Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral
Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen