Produção dos tapetes para celebração reúne fiéis que trabalham durante meses nos bastidores

Os grãos coloridos de areia se juntam às porções de serragem coloridas para compor símbolos nos tapetes que são produzidos em celebração ao dia de Corpus Christi. Em Ponta Grossa são 46 paróquias que produzem os tapetes para realizar as procissões. O que nem todos sabem é que para materializá-los em frente às igrejas demanda muito tempo e planejamento que consomem até três meses de dedicação.

A coordenadora da capela Santa Cruz, no bairro Nova Rússia, Silvia Regina Jurasrek, explica que a organização e preparo são feitos com antecedência. Em alguns tapetes são colocadas caixinhas de leite longa vida recortadas para delinear o desenho que é completado com serragem colorida. “Começamos a nos organizar três meses antes porque precisamos reunir o pessoal, quase sempre uma equipe de 20 pessoas, arrecadar os materiais, pintar as serragens e fazer os moldes para montarmos no dia”. Para além do tempo de planejamento, ela afirma que utiliza de duas a seis horas no dia de Corpus Christi para compor os desenhos dos tapetes na rua.

 

Corpus Christi

 Imagem: Kathleen Schenberger

Emanuele Mendes está na confecção dos tapetes há 13 anos, representando a Paróquia Nossa Senhora do Pilar, no bairro de Boa Vista. Ela explica que para definir os desenhos e os materiais usados é realizada uma votação entre os organizadores. “Normalmente, fazemos tapetes seguindo temas e assuntos discutidos na igreja naquele ano”. Conforme Emanuele, a campanha da fraternidade é sempre representada por um assunto principal, neste ano, tem como tema Fraternidade e Educação.

Além da importância do trabalho minucioso dos fiéis para a igreja, o ato de elaborar tapetes se torna marcante na vida de alguns católicos. Como é o caso de Vanda Pianowski, coordenadora dos ministros da eucaristia, que está há seis anos neste trabalho. Segundo Vanda, a evangelização através da arte unifica o sentimento da espiritualidade. “A minha motivação para realizar o tapete todo ano é a união entre os fiéis de todas as paróquias e a vontade de levar a palavra de cristo até para quem não é tão religioso. Acredito que ao percorrer o tapete as pessoas conseguem ler as mensagens e entender esse trabalho tão gratificante”, afirma.

Ficha técnica:

Repórter: Kathleen Schenberger

Edição e publicação: Valéria Laroca

Supervisão de produção: Marcos Zibordi

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

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