Evento cultural é uma oportunidade para bandas locais conquistarem espaço com música em Ponta Grossa e região

 

Após dois anos de paralisação por conta da pandemia de Coronavírus, o Sexta às Seis voltou a movimentar o Parque Ambiental. As apresentações iniciaram em julho, dia 8, com a participação da banda convidada Destroyer Kiss Cover e dia 22 de julho com os shows das bandas selecionadas que irão prosseguir até final de 2022. O projeto acontecerá às sextas-feiras, às dezoito horas, no Parque Ambiental em Ponta Grossa, e possui a duração de uma hora de apresentação por banda, podendo incluir músicas autorais e/ou covers. 

Segundo o Secretário de Cultura, Alberto Portugal, 55 bandas se inscreveram, e destas, 18 foram selecionadas; separadas por duas categorias, a disputa divide as bandas com mais de cinco anos de carreira, das que possuem menos de cinco anos. O projeto busca fomentar e oportunizar a cena da música alternativa underground e do rock na cidade. Além disso, cada banda selecionada pelos editais recebe 3.500,00 reais como forma de cachê pela apresentação.

Fabiane Ferreira, 42 anos, é fã de rock e acompanha o projeto do Sexta às Seis desde 1994. Para ela, a paralisação do evento deixou um vazio cultural, já que os adeptos do gênero não têm muitas opções na cidade. A volta do Sexta às Seis reassegura um evento que já é tradição em Ponta Grossa: “para esse Sexta eu estou muito empolgada, porque eu comecei a frequentar o evento com 14 anos, e hoje poder trazer minha filha de 10 anos para escutar algo que ela gosta é surreal”, conta Fabiane. 

A participação no projeto Sexta às Seis 2022 é exclusiva para os músicos de Ponta Grossa e foi aberto a grupos, conjuntos e bandas de diferentes estilos musicais, contanto que possuíssem ao menos uma música autoral e que tivesse o mínimo de três integrantes. Além das bandas selecionadas, segundo o edital lançado pela Secretaria Municipal de Cultura, a coordenação do projeto pode convidar artistas, grupos, conjuntos e bandas, que já possuem uma trajetória musical para apresentações especiais ao longo do ano. 

 

20220708194948__MG_5843
20220708194948__MG_5843
20220708194134__MG_5818
20220708194134__MG_5818
20220708192800__MG_5742
20220708192800__MG_5742
20220708193632__MG_5797
20220708193632__MG_5797
20220708192511__MG_5721
20220708192511__MG_5721
20220708192436__MG_5714
20220708192436__MG_5714
20220708192413__MG_5707
20220708192413__MG_5707
20220708192343__MG_5704
20220708192343__MG_5704
20220708192323__MG_5699
20220708192323__MG_5699
20220708192307__MG_5688
20220708192307__MG_5688
20220708192154__MG_5671
20220708192154__MG_5671
Previous Next Play Pause
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

 

Bandas

A banda Jamp é uma das que irão se apresentar. Composta atualmente por seis integrantes: Pedro Marcello (vocalista/compositor), Luiz Henrique (guitarra/violão), Luan Teixeira (guitarrista), Itto Eleutério (baixista), Limão (percussão) e André Santos (baterista), a banda tem seu gênero musical focado no nacional, e incluem Rock, Pop/Pop Rock e Reggae em seus shows. A formação da banda se deu no Colégio Estadual Presidente Kennedy, em 2009, e o que os uniu foi a paixão pela música e inspirações que carregavam como Charlie Brown, Detonautas e CPM 22. Na trajetória de experiências que a banda traz em sua história, os integrantes já abriram shows como do artista Jota Quest e da banda Onze 20.

O vocalista Pedro Marcello conta que eles já participaram de 5 edições do Sexta, e segundo ele, o projeto foi uma grande experiência desde suas primeiras participações, que na época, era algo considerado grande para a banda. “Com a visibilidade que dá, eu acredito que seja um dos maiores festivais de música de Ponta Grossa”, expressa o vocalista sobre as grandes oportunidades que o evento gera a cidade, que possui tantos talentos musicais.

A banda Hoovaranas também se inscreveu para as seletivas do evento. Com músicas instrumentais autorais focadas no gênero psicodélico e do jazz, a banda integra três artistas: Rehael Martins (guitarrista), Eric Santana (baterista) e Jorge Balls (baixista). A união dos artistas foi acontecendo aos poucos, a partir da amizade que sempre acompanhou a vida dos três, assim, com o aperfeiçoamento que tiveram com os instrumentos, e consequentemente, o gosto pela música que adquiriram, eles começaram a realizar encontros para tocar juntos, e em 2018 a banda se firmou.  

Apesar de poucos anos de formação, a banda faz apresentações aos finais de semana em bares e pubs de Ponta Grossa, e também já realizou shows fora do estado. Sobre o Sexta às Seis, o guitarrista Rehael Martins conta sobre as expectativas em passar pela seleção e possível apresentação para esta edição: “queremos mostrar que têm sons autorais e outros estilos diferentes em Ponta Grossa também”.

História

O evento de música de Ponta Grossa, nomeado Sexta às Seis, é um projeto cultural criado no ano de 1990 pelo secretário da Cultura que ocupava o cargo na época, Fernando Durante. A ideia surgiu com o intuito de oferecer atrações culturais locais às pessoas presentes no ponto de ônibus localizado na Praça Barão do Rio Branco, o principal ponto da cidade na época. 

A nomeação do projeto e o horário foram idealizados em função da saída dos trabalhadores de suas atividades, com o início dos finais de semana, o que resultou nas sextas-feiras, às 18h. No início do projeto, as apresentações aconteciam na Concha Acústica e, apesar da primeira apresentação ter sido uma banda musical, a Lyra dos Campos, o Sexta às Seis passou por diversas fases, onde obteve de atrações culturais, como grupos folclóricos, grupos de dança e duplas musicais.

Em 2014, o evento teve a primeira edição de uma forma diferente, acompanhando uma nova fase, que iria tornar a partir daí, o projeto mais profissional, se preocupando mais com a estrutura dos shows, além de passarem a ser realizados no Parque Ambiental. Em 2019, o evento teve sua última edição, seguindo o padrão atual, com apenas bandas e grupos musicais ocupando seu itinerário. No próximo ano o evento não chegou a acontecer, os editais chegaram a ser abertos mas em motivo da pandemia o resultado foi suspenso.

 

Este texto é parte do conteúdo da edição recém-publicada do jornal-laboratório Foca Livre, produzido pelo 2º ano de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Clique aqui e confira a edição completa. 

 

Ficha técnica:

Reportagem: Sara Dalzotto

Edição e Publicação: Maria Helena Denck

Supervisão de produção: Cândida de Oliveira, Maurício Liesen e Ricardo Tesseroli

Supervisão de publicação: Marcos Zibordi e Maurício Liesen

Adicionar comentário

Registre-se no site, para que seus comentários sejam publicados imediatamente. Sem o registro, seus comentários precisarão ser aprovados pela administração do Periódico.