Os trajes caracterizam a festa; costureiros seguem tradição e contam detalhes da produção

 

Eles são volumosos, coloridos com muitos bordados e rendas e, na disputa para ver quem será a rainha da München Fest, são uma atração à parte. Bordados e pedrarias enfeitam os vestidos que, usados pelas candidatas, remetem a trajes típicos de camponesas alemãs. Na competição, as aspirantes à rainha ou à princesa se apresentam com essas peças e os jurados avaliam desde traje até conhecimento e carisma. Do universo das candidatas, são selecionadas uma rainha, duas princesas e uma miss simpatia. 

Anderson Pedroso é um dos responsáveis pela confecção desses vestidos. Ele conta que está no ramo desde a infância, quando acompanhava a mãe e a avó na costura das peças. “Comecei a trabalhar um pouco com costura aos 14 anos e confeccionei meu primeiro traje típico para as candidatas do concurso em 1995”, relata. Anderson sempre acompanhou a München Fest e, além de ver suas produções nas passarelas, ele acompanha os camarins da produção e os bastidores da festa. Com a suspensão do evento durante a pandemia, Anderson e sua equipe também tiveram de parar a confecção dos trajes, mas, neste ano, a produção com linhas e tecidos voltou a todo vapor. 

Entre os cortes e medidas, Edivir Terezinha Medeiros, mais conhecida como Eidi, também já passou pela experiência de confeccionar um traje típico digno de majestade. Já aposentada, dona Eidi costurou por 40 anos de sua vida e conta com nostalgia sobre a experiência de vestir a rainha da 26° edição da München Fest, Paula Mick. “Este tipo de traje tem alguns detalhes próprios. Até o comprimento dele tem uma medida certa. O avental que o acompanha é um dos segredos para o traje”, comenta a costureira aposentada.

MUNCHEN VESTIMENTAS TIPICAS

Foto: Acervo Lente Quente

Paula Mick relata que utilizou um traje típico pela primeira vez quando se candidatou à rainha da München Fest. “Fiquei muito ansiosa durante a produção. Na época até tive de fazer algumas modificações, pois faltava volume de acordo com as regras da vestimenta”, afirma. A produção do seu traje durou cerca de dois meses, contando com muitos encontros com a costureira e provas do vestido.

Os costureiros se animaram com a volta da festividade e com a confecção de novos vestidos para o concurso de majestades. “É uma tradição que vale muito a pena manter e aprimorar”, afirma Anderson. 

 

Ficha técnica

Reportagem: Maria Luiza Pontaldi 

Edição e publicação: Vinicius Sampaio Rodrigues

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira, Ricardo Tesseroli e Marcelo Bronoski

Adicionar comentário

Registre-se no site, para que seus comentários sejam publicados imediatamente. Sem o registro, seus comentários precisarão ser aprovados pela administração do Periódico.