Atividade foi conduzida pela companhia Pequeno Teatro do Mundo
Público teve acesso à diferentes materiais e moldes para a produção das marionetes durante a oficina | Foto: Iolanda Lima.
A companhia Pequeno Teatro do Mundo realizou um tour pelo estado do Paraná, durante todo o mês de outubro, realizando oficinas de montagem de marionetes. Ponta Grossa foi a penúltima cidade contemplada. A oficina, ministrada no final do mês, mostrou como os bonecos podem ser produzidos manualmente e ensinou, também, técnicas de cada elemento do teatro de bonecos. O público teve contato com diferentes materiais e os moldes utilizados para a produção.
A companhia, formada pelos bonequeiros Fabiana Vasconcelos, Fábio Retti e seus filhos, naturais de Bragança (SP), rompeu fronteiras e já se apresentou em diferentes cidades do Brasil e da América Latina, assim como em comunidades nativas na fronteira com a Venezuela, e em uma cidade fronteira com o Peru. Outro marco da companhia foi a parceria com o Festival Amazonas de Ópera. “A ópera é para todos os públicos. A música transpõe a barreira da linguagem e da cultura. A gente parou para conversar e percebeu que tem um encontro com as culturas indígenas”.
Fabiana e Fábio começaram a trabalhar com o teatro de marionetes como hobby, em 2016. A ideia, no início, foi inspirada em teatros europeus, que mesclam os marionetes com ópera. O desejo é levar os espetáculos para vários lugares para contribuir com o repertório cultural do estilo musical para as crianças. “Em termos de formação de público, é uma ferramenta bem interessante, porque ela gera um encanto nas pessoas. A ideia que a gente começou fazendo ópera com marionete é justamente apresentar esse universo da ópera que parece distante de uma maneira que abraça as pessoas”, afirma Fabiana. Ela conta que a arte da produção é passada oralmente e por oficinas. Para aprender sobre o processo da produção dos bonecos, o casal participou de uma imersão com a companhia Pigmalião Escultura que Mexe.
Ana Paula Carvalho, de 35 anos, participou da oficina para aprender sobre a arte e repassar para seus alunos. Ela trabalha na Associação Artesanal do Excepcional de Ponta Grossa e conduz oficinas de teatro para os alunos com deficiência. “Queremos levar o teatro em marionetes para nossos alunos, ou que eles mesmos façam”. Ela relata também que a atividade contribui para a melhora da coordenação motora dos estudantes.
Ficha técnica
Produção: Iolanda Lima
Edição e publicação: Luísa de Andrade e Mariana Real
Supervisão de produção: Muriel Amaral
Supervisão de publicação: Aline Rosso e Kevin Kossar Furtado