A expectativa é que os jogos reúnam um público de 15 mil pessoas entre atletas e espectadores 

 

Novembro de 2011. Nove atléticas em busca de campeonatos esportivos. Pleno período eleitoral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Neste contexto surgem os Jogos Inter Atléticas de Ponta Grossa (JOIA). 10 anos depois a competição é considerada uma das maiores de Ponta Grossa. Em 2022, os jogos serão realizados entre os dias 12 e 20 de Novembro. A Arena Joia vai acontecer no Clube Verde, já as competições esportivas vão ocorrer nos ginásios, Oscar Pereira, Zucão, Arena Multiuso, nas quadras e pista do Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e nos espaços do Clube Verde.

Em sua última edição realizada em 2019, o evento contou com a participação de aproximadamente 14 mil pessoas entre atletas, participantes e espectadores em todos os seus cinco dias de competição. Este ano a expectativa é que o evento movimente 15 mil pessoas. 

JOIA Gustavo Santos Arquivo Lente Quente

Foto: Gustavo Santos

Durante todo o ano, as atléticas, cheers e baterias, realizam treinamentos visando a competição. “A gente foca muito no desenvolvimento, tem que treinar, ir atrás de quadras externas. Estamos participando de campeonatos como forma de treinamento”, destacou o presidente  da atlética Caóticos (Saúde - Unicesumar),  Carlos Miguel de Oliveira Júnior. 

O JOIA conta com a participação de 20 atléticas de universidades públicas e privadas do município, que competem na primeira e segunda divisão. Os jogos contam com 12 modalidades, sendo elas individuais e coletivas. Os esportes são atletismo, basquete, futebol de campo, futsal, handebol, natação, judô, vôlei de quadra, vôlei de praia, tênis de quadra, tênis de mesa e xadrez. Sendo o futebol de campo a única modalidade que conta apenas com a competição masculina, enquanto, o xadrez é o único esporte misto, as demais modalidades contam com competições femininas e masculinas. 

 

Importância 

O presidente da comissão organizadora do evento, Matheus Milléo, comenta que hoje em Ponta Grossa não existe nenhum campeonato como o JOIA. O atual gestor ainda explica que a organização tenta deixar o evento cada vez mais profissional, com o intuito de incentivar as atléticas a participarem da competição e que assim as mesmas acabam se profissionalizando mais. 

Quem sua a camisa na disputa também reconhece a importância do evento. Francisco da Assunção Ferreira Junior, presidente da atual campeã XV de Outubro (Engenharias - UTFPR), comenta que o campeonato é importante tanto para o meio acadêmico quanto para o meio universitário. “JOIA PG é o maior Jogos inter atléticas do estado, com nível esportivo altíssimo, proporciona não só a oportunidade de integração por meio do esporte, mas também uma experiência pessoal para todos que participam”. 

As atléticas que compõem as universidades privadas da cidade também reconhecem a importância da competição no município. O presidente da Associação Atlética Império Jurídico (Direito - Cescage), Eduardo Lirman, comenta que o evento é bastante relevante para a integração entre os estudantes. “A competição ajuda no crescimento dos participantes, mudando totalmente a visão que as pessoas têm das atléticas universitárias”. Lirman ressalta que o evento atualmente conta com um grande público que vem de fora da cidade apenas para prestigiar a competição.  

O JOIA também influencia na economia da cidade, porque ele movimenta o comércio, sejam eles as grandes redes ou autônomos, podendo influenciar também a rede de hotéis. É o que comenta o vereador Geraldo Stocco, que propôs dentro da câmara municipal, que uma linha de ônibus atue ligando os espaços da competição. O projeto prevê a locomoção durante todo o dia para os universitários cobrando o valor de uma passagem normal, a ideia é ajudar na viabilidade entre os ginásios e a Arena JOIA.

 

Investimento 

Em suas 10 edições o evento esportivo não contou com nenhum incentivo financeiro por parte do município, todos os gastos são arcados pela Liga e pelas atléticas. “Fazemos a cotação de árbitro, de ginásio, tentamos o máximo não gastar, utilizando ginásios públicos e a UEPG, o Clube Verde é um grande custo que temos”, comenta Milléo. As atléticas também investem na competição, pois precisam pagar a inscrição de cada esporte, no entanto, geralmente esse valor que é investido acaba sendo revertido para as atléticas. O presidente ainda explica que esse dinheiro não é pago pela CO, mas adquirido através da venda de pulseiras e produtos. 

Uma iniciativa pretende conceder o título de entidade pública às Atléticas, possibilitando assim que elas recebam recursos públicos. “Tornando entidades públicas elas podem receber uma verba para comprar materiais esportivos, uniformes, reformar tabelas. Enfim elas têm a possibilidade de trabalhar e ter um preparo maior para os jogos” explicou o vereador Geraldo Stocco, um dos responsáveis pelo projeto de lei proposto.

 

Ficha técnica:

Reportagem:  Emelli Schneider e Vanessa Galvão

Edição e publicação: Janaina Cassol

Supervisão de produção: Ricardo Tesseroli e Marcelo Bronoski 

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Ricardo Tesseroli 

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