Memorial desenvolveu pesquisa histórica sobre a seleção e confeccionou produtos comemorativos 

A Seleção Brasileira de Basquete comemora 100 anos em 2022. Sua criação ocorreu durante os Jogos Latino-Americanos de 1922, no Rio de Janeiro. O time brasileiro nasceu vitorioso, pois venceu a competição, no primeiro ano em que participou. Aquele foi o primeiro título do basquete masculino brasileiro. Desde então inúmeras conquistas foram obtidas: Olimpíadas, Mundiais, Copa América e Sul-americanos englobam a história da Amarelinha. Para celebrar a trajetória, o Memorial do Basquete de Ponta Grossa (MBPG) elaborou uma pesquisa sobre a história da seleção brasileira no esporte.

Um dos profissionais que encabeçou a iniciativa foi o pesquisador e amante da modalidade André Luiz Vilela Costa. Ele contou com a participação de pesquisadores de outras cidades brasileiras. “Um historiador de Brasília (Rubens Cavalcante Junior), outro historiador de Franca (Rodolfo César Pino)  e eu, de Ponta Grossa, fizemos um grupo para estudar a seleção brasileira”. Uma das descobertas foi justamente o centenário da seleção. “Nós três descobrimos os jogos, nomes de jogadores, fotos, placares e detalhes dos jogos. O campeonato foi conhecido como Os Jogos do Centenário, em razão dos 100 anos da Independência do Brasil”, conta o pesquisador.

Ao contar uma das motivações para a pesquisa, André lembrou da experiência de jogar basquete no Canadá. Ele relata que se deparou com uma realidade diferente da que via em Ponta Grossa: há a preservação histórica do esporte em universidades canadenses, enquanto aqui, a história local estava se perdendo. “Vendo esse problema sério, a gente conversou com alguns amigos para formar uma associação e recuperar a história do basquete que se encontrava perdida”. 

A vivência no Canadá também foi o que levou André, junto de um grupo de colegas, a idealizar o Memorial do Basquete, em 2018. A partir daí, o projeto se expandiu nesses quatro anos. “Começou com um grupo de 12 a 15 pessoas, de repente subiu para 30 e continuou subindo. Hoje nós temos cerca de 120 engajados no Memorial”. Por se tratar de uma iniciativa sem fins lucrativos, as pessoas atuam de maneira voluntária, de acordo com o tempo disponível.

Desde sua fundação, o MBPG é uma associação sem fins lucrativos com o objetivo de preservar a história do basquete local, estadual e nacional, ao disponibilizar acervos de medalhas, troféus, uniformes e outros artefatos. O Memorial é localizado na Balduíno Taques, nº 480, uma das avenidas mais conhecidas de Ponta Grossa.

Medalha Comemorativa 

medalha comemorativa basquete

Foto: Divulgação

Além da pesquisa, foi desenvolvida uma medalha em homenagem ao centenário. O designer pontagrossense Marcel Moro foi o responsável pela confecção do produto, convidado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Ele conta que buscou unir basquete, vitórias, história e as cores do Brasil na medalha comemorativa. "Optei pelo dourado como base de fundo para representar as conquistas, o azul para contrastar com o dourado do texto principal e no estojo da peça, deixando o verde e amarelo inseridos no número 100", afirma. 

Atualmente, a medalha Nº 01 está exposta no Museu da Federação Internacional de Basquete Amador (FIBA), em Genebra, na Suíça, enquanto a medalha Nº 02 foi enviada ao atual presidente da República brasileira.

Após desenvolver a medalha, Marcel ficou responsável por elaborar um selo comemorativo, também chamado de patch, para estampar a camisa da Seleção Brasileira. "Foi solicitado que criasse um selo para a mesma data, o qual seria usado nos uniformes em todos os jogos que as seleções masculina e feminina fossem participar no ano de 2022". A estreia com o símbolo na seleção masculina foi contra o Uruguai, nas Eliminatórias para o Mundial das Américas. A seleção feminina conquistou em agosto o primeiro título com a camisa comemorativa: o Sul Americano, realizado na Argentina.

 

Ficha técnica

Reportagem: Vinicius Sampaio

Edição e publicação: Maria Luiza Pontaldi

Supervisão de produção: Muriel E. P. Amaral

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira, Ricardo Tesseroli e Marcelo Bronoski 

 

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