Projeto 'Nadando com Daniel Dias' perminte treinamento de paranatação para crianças e adolescentes
Adaptado para cadeirantes, o Golf 7 é uma das modalidades praticadas. Foto: Nicolle Brustolim
A prática de esportes permite bem estar físico e mental. Para pessoas com deficiência, a escolha por atividades esportivas acessíveis também possibilita integração e melhor qualidade de vida. As aulas e treinos proporcionam desenvolvimento social, físico e mental. Em Ponta Grossa, o Departamento de Paradesporto oferece atualmente 12 modalidades para PcDs, além de ballet, yoga e dança, todas ofertadas gratuitamente. Além dos treinos e aulas semanais, há a participação em competições e campeonatos.
Entre os campeonatos estão os Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (PARAJAPS), o maior evento paradesportivo do estado. Participam estudantes de todos os municípios em diversas modalidades, tanto individuais quanto coletivas, nas fases regional, macrorregional e final. O evento, que ocorre anualmente, ofereceu nova modalidade em 2023. O Dragon Boat, uma modalidade de remo milenar, é um esporte referência para tratamento de câncer de mama.
Este ano as competições acontecem nos períodos de 30 de maio a 2 de junho, em Londrina. Os organizadores esperam que o número de participantes supere o registrado em 2023, quando os Jogos contaram com mais de 2 mil paratletas.
“A prática de esportes oferece qualidade de vida para nós, pessoas com deficiência”, afirma Rafael José Schwab. O paratleta tem 40 anos e pratica esportes há 17. Diz ter como carro chefe o atletismo apesar de praticar outras modalidades. Ele já teve a oportunidade de participar de diversas competições, inclusive conquistando medalhas no PARAJAPS.
Fabiano Gioppo, diretor do Departamento de Paradesporto, explica que participam de algumas modalidades alunos a partir de 4 anos. Gioppo ressalta que cada modalidade está direcionada para determinada deficiência. “Assim temos o Golf para cadeirante e Judô para deficientes visuais”, afirma.
O paratleta Gustavo Machado, portador de síndrome de Down, pratica ping pong, dança, basquetebol entre outros esportes, além de atuar como estagiário do departamento. Diz ter começado a praticar esporte há seis meses e ter notado um bem estar melhor em sua rotina.
Outra modalidade oferecida à comunidade é a paranatação que, além das aulas, deu início este ano ao projeto ‘Nadando com Daniel Dias’, em parceria com o Instituto fundado pelo esportista. O objetivo do projeto é oferecer treinamentos preparatórios para o esporte competitivo de forma gratuita para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, portadores de deficiências, tanto físicas como intelectuais.
Além do desenvolvimento dos alunos, o projeto permitirá com que mais profissionais se especializem em esportes para PcDs. Foto: Nicolle Brustolim
Para a coordenadora de paranatação, Solange Fernandes Corrêa, “quando a gente não tem conhecimento, a gente tem um pré-conceito; preconceito com o que a gente não conhece. Acabamos julgando pessoas com deficiência como indivíduos que não tem capacidade e, dentro desse projeto, o intuito é mostrar que não. As pessoas que têm deficiência também conseguem nadar”, observa. Atualmente, “Nadando com Daniel Dias” beneficia 40 crianças e adolescentes, que são divididas em 5 tipos de deficiências para permitir treinamentos específicos que desenvolvam as habilidades de cada uma delas.
Ficha Técnica:
Produção: Nicolle Dallabona
Edição e publicação: Ana Beatriz de Paiva, Elena Silva e Laura Urbano
Supervisão de produção: Carlos Alberto de Souza
Supervisão de publicação: Luiza Carolina dos Santos e Cândida de Oliveira